Fé Nórdica: Mito E Religião Na Escandinávia Medieval
Por: Elen Rodrigues • 24/5/2023 • Artigo • 50.712 Palavras (203 Páginas) • 81 Visualizações
Fé Nórdica:
Mito E Religião Na Escandinávia Medieval
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Reitora Vice-Reitor Pró-Reitor PRPG | UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA MARGARETH DE FÁTIMA FORMIGA MELO DINIZ EDUARDO RAMALHO RABENHORST ISAAC ALMEIDA DE MEDEIROS |
[pic 2] Johnni Langer
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João Pessoa
2015
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Editora da UFPB Sâmella Arruda Catalogação na fonte: Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba | PREFÁCIO Os estudos medievais no Brasil de há trinta anos eram, senão um deserto, pelo menos um território em que poucos se aventuravam. Quem estudava a cultura medieval, fosse na História, na Filosofia, na Literatura ou nas Artes sabia que contava com poucos parceiros, bibliotecas limitadas geralmente em conventos e mosteiros, descrédito por parte de colegas de outras áreas, desinteresse das autoridades acadêmicas, e, é claro, ausência de financiadores de projetos. Os ousados (atrevidos...) e solitários pioneiros sabem que muitas vezes lhes faltou onde trabalhar e ganhar a vida. Parecia que os intelectuais brasileiros, que não negavam suas origens culturais greco-romanas, |
e mesmo judaicas, relutavam em se considerar ocidentais, ao
L276f Langer, Johnni. negligenciar esse cordão umbilical que é a Idade Média européia.
Fé nórdica: mito e religião na Escandinávia medieval / Johnni Langer.- João Pessoa-PB: Editora da UFPB, 2015.
168p. Este panorama começou a mudar quando outras idéias
ISBN: 978-85-237-1110-8
1. Cultura medieval. 2. Estudos medievais - Brasil. surgiram no Brasil porque alguns estudiosos fizeram cursos na
3. Mitologia escandinava.
CDU: 008:7.035.3 França, na Alemanha, na Itália onde tomaram conhecimento de pesquisas e publicações européias (e norte-americanas) com novas perspectivas sobre a Idade Média, vista mais como uma cultura do
que como um período distante. Alguns intelectuais perceberam que há muito de espírito medieval na cultura popular brasileira,
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João Pessoa – PB na literatura de cordel, nas festas religiosas, e, seguindo esse fio de CEP 58.051-970
Ariadne, encontraram uma cultura que vinha de longe, mas que era
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editora@ufpb.br nossa porque nosso povo se apropriou dela. Esses poucos brasileiros,
Fone: (83) 3216.7147 estudiosos e acadêmicos, criaram entidades que reuniram professores,
Livro aprovado para publicação através do Edital da Chamada Interna PRPG/UFPB Nº 10/2013, financiado pelo Programa de Apoio a Produção Científica - PRÓ-PUBLICAÇÃO DE LIVROS da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. | Filosofia Medieval, que evoluiu de um primeiro embrião em 1981, até realizar quinze congressos internacionais, a Associação Brasileiras de |
Editora filiada à: atraíram alunos, e abriram no Brasil os caminhos para entender como nos relacionamos com a Idade Média. Entre essas entidades podemos contar, como mais conhecidas, a Sociedade Brasileira de [pic 4]
Estudos Medievais (ABREM, criada em 1996 e sua revista Signum); destas entidades se foram ramificando outras, como o Grupo de Estudos de Celtas e Germânicos (1999), mais conhecido pela revista Brathair e seus simpósios internacionais, e o NEVE, Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos (2010 com a revista Notícias Asgardianas). Outras revistas e grupos já existiam, ou foram sendo criadas, que têm colaborado com os medievalistas, sobretudo as dedicadas a estudos da Antiguidade.
Esta revisão das atividades dos medievalistas no Brasil nos últimos trinta anos (aproximadamente) poderia ser completada com muitas outras indicações e lembranças, mas o que importa é que deste modo tais estudos em pouco tempo amadureceram, ao mostrar que quem se interessava pela Idade Média não era principiante, mas pessoas que abordavam a cultura medieval sabendo que ela não foi uniforme: as diferenças de época e de região são tão grandes que é impossível imaginar uma catedral gótica no século VII ou na Ibéria muçulmana, ou uma universidade na Rússia do século IX. A especialização em povos e grupos lingüísticos impôs-se como uma necessidade científica, que por sua vez trouxe para os estudos medievais as diferenças de época: certas regiões podem ser estudadas em períodos diferentes da Idade Média, e em muitos casos um divisor se impõe entre o período pré-cristão e o período posterior à conversão.
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