Linhas Gerais e Novas Tendências da Crítica do Pentateuco
Por: Nicole Cristine França de Sena • 19/6/2019 • Trabalho acadêmico • 812 Palavras (4 Páginas) • 753 Visualizações
Faculdade Teológica Batista do Paraná
Resumo: Linhas Gerais e Novas Tendências da Crítica do Pentateuco
Autor: Antônio Renato Gusso
O presente artigo trata sobre o estudo crítico do Pentateuco e de suas fontes. O propósito do autor não é apresentar os prós e contras da abordagem crítica. A real intenção é de expor como o estudo crítico se desenvolveu até então e qual será a tendência de estudos para os próximos anos.
Por muito tempo, devido à tradição judaica, foi sustentada a autoria mosaica do Pentateuco, até o século XVII não se via razão para a abordagem crítica e foram poucos os estudiosos contrários à teoria mosaica.
Um dos pioneiros da crítica a autoria do Pentateuco, no final do século XI, concluiu que pelo menos um dos livros não poderia ter sido escrito por Moisés.
A partir da Idade Média percebeu-se a dificuldade de manter a tradição e vários estudiosos entenderam que o Pentateuco possuía autoria anônima. O que poderia parecer irrelevante levantou outras questões importantes, pois se a autoria do Pentateuco não é mosaica, quem escreveu? De acordo com Gusso, desde esses questionamentos, o desenvolvimento a pesquisa e a crítica do Pentateuco surgiu.
Embora houvesse um avanço nas pesquisas, faltava ainda estudar o Pentateuco sob uma ótica científica, o que só ocorreu a partir do século XVIII, com H.B. Witter e J. Astruc. Para Witter e Astruc o fato dos nomes Javé e Elohim aparecerem no texto eram provas de que havia mais de um autor para a formação do Pentateuco.
Atruc era um médico apaixonado pela Bíblia, mesmo assim decidiu publicar seus estudos, o que foi o início de um debate que atravessou mais de dois séculos.
Dentro da teoria de que não havia apenas um único autor do Pentateuco, de acordo com o autor, destacasse o trabalho de Sellin para as hipóteses das fontes do Pentateuco.
Alguns estudiosos defenderam que o Pentateuco foi formado a partir de diversas fontes e houve um redator final para a sua junção, outros defenderam que haviam três fontes básicas combinadas por um único redator, outro estudioso mais tarde defendeu que o livro de Deuteronômio era distinto dos demais.
Gusso conclui que “O relato do Pentateuco não é uniforme porque não foi escrito por um único autor, é resultado da compilação de algumas fontes.”.
O estudo crítico sobre o Pentateuco demorou a engrenar devido a tradição, porém agora não demonstra sinais de que irá parar de progredir em algum momento breve.
As formas básicas da crítica aplicada ao pentateuco podem se dividir da seguinte forma: crítica textual, crítica literária, crítica da forma e crítica das tradições.
A crítica textual se estende por toda a Bílbia e o seu objetivo é arrumar o texto na sua forma original, com base em cópias e versões antigas, já que não existe nenhum autógrafo. Essa crítica é de suma importância, visto que os outros estudos são dispensados se o texto está longe da seu significado de origem.
De acordo com o autor a crítica literária depende, em grande proporção, da crítica textual. Segundo citado no artigo, Schreiner entende que a função da crítica literária é “descobrir e destacar as fontes, a reconhecer e separar as elaborações, a classificar os estratos pela sua antiguidade e sucessão.”. Ainda de acordo com Schreiner o objetivo, da crítica em questão, é identificar e determinar a ordem correta de cada trecho do Antigo Testamento.
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