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Mal Para Santo Agostinho

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Por:   •  26/5/2014  •  439 Palavras (2 Páginas)  •  483 Visualizações

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1) Descreva a noção de Deus e de Mal em Agostinho

Agostinho sustenta que o mal não pode ser entendido como substância (ousia) pois pensar o “Ser” é pensar “inteligentemente” pensar “uno”, pensar “bem”. Então, o pensar filosófico exclui todo o fantasma do mal substâncial.

Ele constata que o mal não é um ser, não tem caráter ontológico, não tem nada de positivo, enfim ele é um não-ser. Ele diz: “O mal não tem natureza alguma, pois a perda do ser é que tomou o nome de mal”.

A solução de Agostinho para o problema do mal está relacionada à pergunta “o que é o mal?”Podemos então dizer que o mote principal de Agostinho para o mal e seus desdobramentos é a idéia de que o mal e si é necessário para que possamos apreciar melhor o bem.

Em Agostinho temos dois silogismos acerca da inautenticidade do mal:

- Todas as coisas que Deus criou são boas; O mal não é bomm, portanto, o mal não foi criado por Deus.

- Deus criou todas as coisas, Deus não criou o mal; portanto, o mal não é uma coisa.

Então ele questionava: Há alguma evidência convincente de que um Deus bom existe? Se alguma evidência nos leva a concluir que Deus existe e é bom, então ele seria incapaz de criar o mal. Então, sua fonte deve ser alguma outra coisa.

Para ele idéia de bem (e, consequentemente, de mal) era a noção do ser. Tudo o que tinha o ser era bom. Deus como a fonte do ser é perfeitamente bom, juntamente com tudo o que ele trouxe à existência. A bondade é uma propriedade que varia em diferentes níveis.

Conclui então que "O mal não possui uma natureza negativa, mas a perda do bem recebeu o nome de 'mal'".

A diminuição da propriedade do bem é o que é chamado mal. O bem tem um ser substancial, o mal não. Desde que todas as coisas foram feitas boas, o mal necessariamente deve ser uma privação do bem. "Tudo o que é corrompido é privado do bem".

Então Agostinho observou que o mal não poderia ser escolhido, pois ele não era uma coisa a ser escolhida. Alguém pode apenas afastar-se do bem, isso é, de um grau maior para um grau menor (na hierarquia de Agostinho) desde que todas as coisas são boas. Pois, segundo ele, quando a vontade abandona o que está acima de si e se vira para o que está abaixo, ela se torna má - não porque é má a coisa para a qual ela se vira, mas porque o virar em si é mau. O mal, então, é o próprio ato de escolher um bem menor.

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