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O Bode Na Maçonaria

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Por:   •  19/3/2014  •  6.165 Palavras (25 Páginas)  •  625 Visualizações

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O Bode na Maçonaria

Dentro da maçonaria, muitos desconhecem o apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monólogo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar a alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema. Mas por que bode? Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode nada fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas. Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior: - “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala, sabe guardar segredo.

Outro significado razoavelmente correlacionado com a história do bode acima descrita está na menção a história do Baphomet.

Desenvolvemos este tema em razão do símbolo do Baphomet ser vilipendiado por algumas organizações e também porque é vital se precisar que o simbolo do bode tem dois formatos, um positivo, o cabalístico, e o negativo conhecido pelo nome de “bode” de Mendes, ou Leonardo.

Todas as religiões possuem uma grande parcela de mitos, muitas a enaltecem e glorificam. Durante o período de perseguição houve a dissolução pública da Ordem dos Templários, quando ainda reinavam as sombras da inquisição sobre a Europa. Naquele período a inquisição havia perdido completamente os limites do bom senso e cada vez procurava extrair maiores detalhes das confissões dos acusados. Alguns dos condenados, evidentemente, conheciam as ciências ocultas, mas isto não significava que eles fossem criaturas malévolas. Outro ponto a salientar é que a maioria dos acusados nada tinha para contar, pois era constituída de criaturas que nada tinham a ver com demonismo ou coisas assim. Eram acusadas ante os tribunais da inquisição, muitas vezes, por um inimigo que apenas desejava se vingar por algum motivo particular ou, quando não, para que recebesse parte dos bens do condenado, pois era norma a distribuição dos bens condenado entre as autoridades inquisitórias e o acusador. Na maioria das vezes os acusados eram inocentes, e em grande número de vezes eram simplesmente doentes mentais, especialmente os epilépticos.

A confissão ante um tribunal de inquisição era sempre obrigatória e completa quer fosse verdadeira quer falsa a acusação. Mesmo que um acusado nada tivesse para ser contado mesmo assim, devido às cruéis torturas, não havia outro meio senão inventar uma série imensa de fantasias. Aquelas fantasias foram se avolumando a tal ponto que pessoas menos equilibradas começaram a praticar exatamente aquilo que era dito nos tribunais. Foi assim que nasceram algumas seitas demoníacas que continuam funcionando até hoje.

Havia uma Ordem muito respeitável, constituída dentro do seio da Igreja Católica, a Ordem dos Cavaleiros do Templo. Embora sendo de uma Ordem Católica os Cavaleiros do Templo não ficaram isentos da insânia da Inquisição, não se livraram das masmorras dessa malfadada organização. Até mesmo o Supremo Grão Mestre da ordem, Jacques de Molay, foi levado à fogueira por ordem do papa Clemente VI. Os Templários souberam honrar o juramento de silêncio até onde foi possível; mas as torturas imensas levaram alguns deles a "confessarem" coisas que não existia naquela Ordem. Graças a algumas daquelas pseudo-confissões a inquisição tomou ciência de símbolos que existiam na ordem e também de muitos outros que nunca existiram. Assim a inquisição ficou sabendo da existência de um símbolo representativo de um bode, figura estranha para eles. Aquela figura era o era um dos símbolos dos Templários, e que tinha o nome de Baphomet, cujo aspecto lembra um bode ornado com um grande número de símbolos e expressões.

Graças àquela figura simbólica, a inquisição massacrou com incrível crueldade os militantes da Ordem do Templo sob a acusação de serem os seus membros adoradores de uma figura representativa do demônio.

Dois pontos merecem consideração no momento:

A - Porque a Igreja trouxe a figura do bode aos tribunais;

B - Porque a Igreja associou o demônio à figura de um bode.

A figura do bode veio aos tribunais, talvez, pela origem de um mito procedente de três fontes diferentes.

1a. - No Antigo Egito e na Índia, haviam três animais simbólicos: O touro, o cachorro, e o bode. Este derradeiro simbolizando a geração.

2a - Do culto ao deus Pan. Pan era o deus dos caçadores da mitologia da Grécia. Era venerado pelos pastores e era costume das tribos primitivas associarem os seus animais a alguma deidade sem em tal ato houvesse qualquer sentimento demoníaco. Por isto, talvez, Pan tivesse a forma humana só da

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