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Proposto De Liturgia Fúnebre Para Casos De Suicídio

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Por:   •  26/4/2013  •  974 Palavras (4 Páginas)  •  753 Visualizações

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Tentem imaginar a seguinte situação:

Você, na qualidade de pastor/a é convidado/a a oficiar um serviço fúnebre.

Porém, não será um funeral comum...

Trata-se da morte de uma criança de 10 anos, membro de uma família que crê em Deus, porém não professa a fé cristã...

Sua morte não foi natural....

Ela foi vítima, por um longo período de tempo, de abusos sexuais...

Sua vitimização desencadeou um estágio depressivo agudo...

Que culminou no seu suicídio...

Como você lidaria com essa situação?

O que você responderia a essa família se fosse questionado quanto à salvação dessa criança?

Se a Palavra nos ensina: “em tudo daí graças” , como você pregaria sobre o Deus de amor e de misericórdia nesse momento?

TRADIÇÃO

A grande maioria interpreta o suicídio como um ato condenável diante de Deus

1º Grupo: Parte do pressuposto que o suicídio é um ato condenável. Não considera que deve haver distinção entre crianças e adultos. Ainda que a pessoa tenha aceitado Jesus Cristo como Salvador, perde a salvação ao cometer tal ato. Sugere o relato do dilúvio como fundamento para essa interpretação: “Deus não poupou as crianças porque são igualmente pecadoras!”

2º Grupo: Parte do pressuposto que o suicídio é um ato condenável, porém considera necessário fazer uma distinção entre crianças e adultos pelo fato da criança ainda não ser uma pessoa totalmente corrompida pelo pecado. Crê que o suicida adulto (cristão ou não-cristão) é condenado à morte eterna, porém, quanto às crianças não possui uma opinião.

3º Grupo: Parte do pressuposto que a opção pelo suicídio é um direito de todos. A vida é um bem pessoal e todos têm o direito de decidir sobre viver ou morrer. Essa opinião foi expressa por ateus e também, por pessoas que crêem em Deus, porém não são cristãos.

4º Grupo: Parte do pressuposto que ninguém verdadeiramente deseja a morte. Se o suicídio ocorre é por motivos que transcendem a razão, por exemplo, distúrbios psiquiátricos ou problemas espirituais. Entende que os suicidas são vítimas, porém, ainda assim, perdem a salvação.

5º Grupo: Possui a mesma opinião anterior, entretanto, por serem vítimas “provavelmente” recebem o perdão de Deus, caso tenham aceitado Jesus como Salvador, garantindo, assim, a salvação. Porém, os não-cristãos não desfrutam desse privilégio.

6º Grupo: Parte do pressuposto que o juízo é uma prerrogativa divina, portanto, entende que a questão do suicídio entre crianças e adultos deve ser compreendida à luz da mensagem central das Escrituras e não a partir de passagens circunstanciais. Entretanto, acalenta a esperança de que os suicidas encontrem o perdão de Deus.

"a psiquiatria até o momento encarou o suicídio como um fenômeno individual. Entretanto, as intensas pressões que as condutas coletivas ou os fatos sociais exercem sobre nossa vida privada e profissional permitem demonstrar, sem esforço, a insuficiência teórica de vê-lo como uma patologia exclusivamente individual”.

Kalina & Kovadloff (1984)

"Se é certo que na atualidade a patologia suicida é uma patologia social, então a terapêutica não pode ser senão comunitária. [...] Com sua morte, o suicida não nos diz somente que já não se suportava mais. Também fala de nós. Demonstra por um lado que não podia continuar nos tolerando“

Kalina & Kovadloff (1984)

1ª Parte: Introdução

Propomos que o oficiante comece ressaltando que a morte é realidade da vida.

Por se tratar de uma morte súbita e trágica propomos que o oficiante prossiga proclamando palavras de consolo específicas para situações

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