RESENHA: DOCUMENTÁRIO HUMAN

O documentário HUMAN (vol1, 2, 3) retrata as grandes diferenças e grandes semelhanças existentes entre os seres humanos. Em um mundo repleto de caos, violência e ódio, porém, um lugar aonde o amor pode também ser encontrado. O documentário trás em forma de reflexão questões como por exemplo, o que é o amor, o que é família, se a pessoa tem medo da morte, se essa pessoa esta cansada da vida que leva, sobre o ódio existente no mundo, e etc. HUMAN mantém o telespectador pensativo a todo momento, permitindo até mesmo reflexão daqueles que estão assistindo, nos momentos em que são mostradas paisagens e músicas ao fundo, que nos fazem a todo momento refletir sobre o que está sendo falado. Amor parece ser a principal mensagem do documentário, a todo momento vemos guerras  que simplesmente acontecem pelo simples fato de discordância entre dois povos sobre qual Deus está correto, vemos pais expulsando filhos de casa simples por não concordarem com usa orientação sexual, maridos que dizem ser apaixonados pela esposa e ao mesmo tempo serem verdadeiros carrascos dentro de casa. O documentário mostra sempre os dois lados da moeda, como por exemplo o homem no qual diz que tudo tem que ser feito a sua maneira, e o homem que respeita os limites de sua mulher, e abre mão de sua masculinidade para cozinhar enquanto ela descansa. Temos o homem que se diz apaixonado por 3, e o outro que se diz apaixonado por sua única esposa, na qual ele cuidou durante dois anos ate o dia de sua morte. Ao menino que diz não ter medo de morrer pelo seu país, e ao mesmo tempo outro diz ter medo da morte e clamar por amor entre as nações. A capacidade do documentário de nos tocar é incrível, nos mantemos ligados a todo momento com pessoas de outra parte do mundo devido a um sentimento unicamente humano, a compaixão. Sentimos na nossa pele as lagrimas da criança que perdeu o pai, a dor daqueles que perderam entes queridos simplesmente por não terem condição financeira para trata-los. O documentário clama por pedido de amor entre os povos, porque apesar de todas as diferenças, sociais, religiosas, étnicas, somos todos um só espécie, somos seres humanos. Momentos de demonstrações de amor quando um pai abraça o filho e aceita sua opção sexual, um nazista que acolhe uma judia dentro de sua farda e a acolhe em sua família em um simples gesto de amor sem ao menos conhecê-la. [pic 1]

O apego ao material é algo bastante relatado, a ganancia de homens que viram as costas ao próprio povo, enquanto alguns trabalham para comer em um dia e no outro não, outros simplesmente fingem não ver a situação de seu país. Um pai que apenas pensa no bem material, se alimenta de tudo que tem uma função, utilidade. Porém, esquece que seu filho, diferente de seus materiais, não pode ser comprado. Os empresários exploradores, que tratam toda mão de obra a seu serviço como descartáveis, proibindo seus funcionários até mesmo de utilizar o banheiro, o lucro sempre visto acima do bem estar dos seres humanos. Os políticos que estão no poder servindo apenas de enfeite, uma senhora indiana clama por apoio, devido a miséria que vive todos os dias.

A família tem grande influência, desde crianças que perdem os pais, aos que são vendidos. Pais que estupram, agridem os filhos. Toda essa ação tem uma consequência, não somente para os os que sofreram desses abusos, mas também para o resto de toda a sociedade, que sofre toda injustiça sofrida por essas crianças, que por não saberem seu lugar no mundo, acabam se perdendo dele.

O documentário é uma reflexão do futuro, o que será da humanidade se continuarmos a não aceitar nossas diferenças, a pensarmos apenas naquilo que é lucro e tem valor financeiro, toda ajuda ter que vir de troca de interesses, e não apenas por pura compaixão e vontade de ajudar.

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