Resumo Homem na Idade Antiga

Para se obter uma visão clara do homem na idade antiga, é necessário analisar o homem antigo, pela maneira como eles pensavam sobre si. Tendo isso em mente, temos como o inicio da analise a observação da evolução do pensamento sobre a natureza do homem, que pode ser vista com Heráclito, Sócrates, Platão e Aristóteles.

No período cosmogônico da filosofia grega já havia uma busca da origem do universo entrelaçada com a origem do homem. Dos filósofos deste período podemos destacar Heráclito, pois para este era impossível descobrir o segredo natureza física sem antes descobrir os segredos do homem. Sua filosofia pode ser resumida pela sua célebre frase " procurei por mim mesmo".

O período de Sócrates foi onde houve um amadurecimento deste pensamento introspectivo de descoberta do homem. Sócrates analisou as qualidades e virtudes do homem e tentou determina-las e definir-las, mas nunca se arriscou a definir o homem. Pois pra ele não se pode descobrir a natureza do homem da mesma forma que se descobre a natureza física, porque o homem só pode ser definido e descrito em sua consciência.

Platão discípulo de Sócrates, acreditava que o conhecimento e a verdade pertenciam a uma ordem transcendental, e que a vida dos sentidos e do intelecto estavam separados por um abismo intransponível. Platão explica seu ponto de vista no famoso mito da caverna, e defende que o mundo dos sentidos não pode nos levar a um conhecimento verdadeiro.

Fazendo um contraponto a Platão, Aristóteles acreditava que o conhecimento não poderia ser adquirido apenas pela percepção, ou seja nega a separação platônica de mundo das ideias e mundo dos sentidos. Para ele o homem por natureza deseja saber, e esta natureza estava manifestada nas ações e reações básicas dos seres humanos.

Não houveram muitas convergências entre os pensadores da antiguidade, mas em uma coisa todos convergiram, todos em algum momento pensaram sobre o homem e enxergaram e explicaram o homem através de algum viés filosófico. Os pensamentos da antiguidade mostram que apesar do ser humano muitas vezes não apresentar uma identidade única, ele sempre vai ter algo em comum com o próximo que é a tentativa de conhecer o homem.

fonte: Antropologia filosófica, Ernest Cassirer