SÍNTESE DO TEXTO DE SÃO CRISÓSTOMO “COMENTÁRIO ÀS CARTAS DE SÃO PAULO”

SÍNTESE DO TEXTO DE SÃO CRISÓSTOMO “COMENTÁRIO ÀS CARTAS DE SÃO PAULO”

O texto escrito por Crisóstomo fala sobre o apego que seus conterrâneos sentiam pelo dinheiro que possuíam. Em toda a construção do texto pode-se ver que este é um tema recorrente. O autor faz menção de diversos textos bíblicos para explicar e fundamentar a necessidade de sofrer injustiças, a exemplo dos santos e do próprio Senhor Jesus, que diante do escárnio e humilhação a qual foi submetido injustamente, retribuiu os seus ofensores, com a oferta de riquezas infindáveis alcançadas simplesmente por meio da fé – Mesmo saqueado, nosso Deus não se negou a compartilhar das suas riquezas com todos os que o buscassem, nem mesmo com aqueles que o desprezaram durante seu sofrimento.

A mensagem de Crisóstomo pode também ser traduzida como um convite aos homens para que sejam imitadores de Cristo, o exemplo maior e padrão de conduta cristã. Ele fala sobre o abrir mão de bens e riquezas para se alcançar uma glória maior, já que os bens deste século em nada se comparam com as riquezas celestiais. Faz menção ainda dos tribunais humanos, os quais os crentes estavam recorrendo como forma de não sofrerem danos; a esse respeito o autor comenta que não convém ao cristão seguir os costumes dos ímpios, que correm atrás de seus direitos apelando a juízes humanos. Sua carta é concluída incentivando os crentes no Senhor a depositar sua confiança em Deus que é benigno e fiel para prover todas as suas necessidades oferecendo o necessário para o presente.

Em suma, pode-se entender através de sua explanação que o dever moral de todo justo é seguir o conselho de Jesus que diz que é necessário tomar uma cruz pessoal e intransferível para segui-lo, e isso não somente em períodos isolados, mas dia após dia. A cruz é o coração do Evangelho e fala sobre renuncia de direitos legítimos, fala sobre morte para as razões e para tudo o que possa afastar o cristão de seu Deus, portanto, melhor é buscar a paz sempre que possível e a comunhão com o Espírito Santo do que se envolver em litígios, correndo atrás da justiça dos homens e de bens temporais, bens estes, que os ladrões roubam e que as traças corroem.

Denis de Siqueira Gonçalves / matrícula 237405