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Vaso De Alabastro

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Por:   •  30/9/2013  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  482 Visualizações

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E, estando Ele [Jesus] em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, Lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-los aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-Me boa obra.” (Marcos 14.3-6)

Uma mulher despejava um valiosíssimo perfume sobVaso De Alabastro

re Jesus, e depois quebrava, diante do Senhor, o vaso de alabastro que guardava o perfume. Muitas são as lições que podemos retirar desse ato de adoração.

Muitas vezes queremos encontrar Jesus e O procuramos em locais distantes, isto é, nas outras pessoas, nos objetos, nos grandes eventos, nas notícias... no mundo. Cremos mesmo que Jesus Se faça presente no meio dos grandes, dos poderosos, dos evidentes. Outras vezes, pensamos que Jesus deva estar somente com as pessoas que aparentemente vivem “sem pecados”, que estão salvas e que não se envolvem com o mundo.

Mas Ele mesmo nos lembra que “os sãos não necessitam de médicos, e sim os que estão doentes.” (Marcos 2.17)

Ao contrário do que imaginamos mais habitualmente, Jesus está bem próximo... no meio de nós. Este geralmente é o último lugar onde buscamos Cristo: ao nosso redor. Cremos que Ele seja alguém tão afastado e difícil de acessar, mas não atentamos para o fato de que Jesus está somente a uma oração de nós.

E uma oração sincera, na vida de quem precisa de Cristo e O reconhece como seu Senhor e Salvador Eterno e Suficiente, pode fazer a completa diferença.

Aquela mulher se aproximou de Jesus. Ela fez isso espontaneamente e sem interesses materiais. Ela viu Jesus pobre, trabalhador, de mãos calejadas, anunciando-Se ser o Filho de Deus e proclamando um Reino Sobrenatural. Ela não observou se Jesus Lhe prometia fazendas, riquezas, oportunidades de bons empregos ou viagens para outros países. Ela não intentou esperar dEle um nome em evidência, sucesso, fama, dinheiro, até porque não via nEle condições materiais para tal. Não. Ela simplesmente reconheceu Jesus como o Senhor que Ele mesmo anunciava e demonstrava ser. E ela O adorou por isso.

E essa é outra atitude dos verdadeiros adoradores do Senhor: eles se achegam a Deus, antes de serem chamados por Ele. Eles também se achegam a Ele sem interesses, e O adoram pelo que Ele é, primeiramente. Buscam mais Sua face que Suas mãos. Verdadeiros adoradores reconhecem a necessidade que eles têm de estarem próximos de Deus. Eles reconhecem o merecimento de Deus em ser adorado e, por isso, se prontificam espontaneamente a estarem junto do Senhor, servindo-O, adorando-O e honrando-O.

Havia discípulos junto de Jesus naquele momento. Mas a mulher desconhecida achou de honrar Jesus entre todos os presentes. O verdadeiro adorador honra a Deus sobre tudo e sobre todos. E não se envergonha disso. Ao contrário: como aquela mulher se expôs (aparentemente ao ridículo, para os presentes), quem ama o Senhor também não se importa em se expor para honrar a Deus e dar-Lhe demonstrações de amor e reverência.

Infelizmente, existem muitas pessoas que se dizem cristãs, cantam dentro dos templos e se auto-intitulam “adoradoras” de Deus. Mas sentem vergonha até mesmo de andar nas ruas com suas Bíblias nas mãos ou de saudar um irmão com “A Paz do Senhor!”, como saúdam os santos.

O alabastro é um tipo de rocha muito branca e translúcida, isto é, que deixa passar a luz sem permitir que vejam os objetos em seu interior. Vemos que o alabastro não foi citado pela Bíblia por acaso, ou apenas para descrever uma cena de adoração, mas ele tem um grande significado para nosso crescimento espiritual.

A glória de Cristo, Sua adorável presença, Seu afeto natural e santo, Sua Luz, Sua Paz, penetravam na vida daquela mulher, como a luz penetra no vaso de alabastro. Para muitos aquela mulher continuava sendo uma pecadora, assim como um vaso de alabastro continua sendo um vaso num canto qualquer, por mais luz que ele receba. Mas o interior dela, o que realmente havia dentro dela, conseguiu impressionar Jesus e chamar a atenção das pessoas que se faziam presente.

A vida de um adorador muitas vezes passa desapercebida aos olhos dos homens. Ele não faz nada para se engrandecer nem chamar a atenção. Aquela mulher estava ali, provavelmente ajudando a servir os discípulos e Jesus assentados à mesa, mas tinha seu interior cada vez mais iluminado pela Luz do Salvador; era convencida cada vez mais que Ele era o Senhor... e num momento não pôde se conter e realizou uma atitude extravagante para demonstrar o que (ou quem) Jesus significava para ela. Ela não fez nada pensando em si, em ser honrada ou exaltada pelos homens. Ela se expôs sem medidas para demonstrar – com sua atitude – algo que sentia pelo Senhor.

Adoradores sinceros são assim: eles não precisam de holofotes,nem de palcos ou um nome em evidência, mas no anonimato eles conseguem ter atitudes que alcançam o coração de Deus e atraem Sua presença para si.

O nardo era o perfume mais caro que havia. Uma libra – 327g – de nardo custava cerca de 300 drenários – equivalente a 300 dias de trabalho de um operário. E Maria (citada por João 12.3) entregava o melhor que ela tinha.

Falta hoje essa atitude dos adoradores do Senhor. Por isso o Senhor diz estar procurando “verdadeiros adoradores” (João 4.23-24). Há adoradores e verdadeiros adoradores. Os primeiros geralmente reservam algo de si e para si. Geralmente escolhem o que será entregue para o Senhor, mas não com o intuito de dar-Lhe o melhor, porém, o que for mais prático, mais fácil, mais em conta. Verdadeiros adoradores, porém, não se contentam em oferecer ao Senhor coisas sem valor, sem um preço honroso, sem um custo, porque entendem que Deus merece o melhor – e que tudo o que façamos, por melhor que seja, ainda será pouco diante do que Deus realmente merece.

Davi era um exemplo de um verdadeiro adorador e honrava a Deus, proclamando que não ofereceria “ao Senhor holocaustos que não lhe custassem algo” (1Crônicas 21.24). E foi assim que ele conseguiu ser “um homem segundo o coração

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