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Violência do Mediterrâneo e do Reino

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Por:   •  8/1/2014  •  Tese  •  810 Palavras (4 Páginas)  •  262 Visualizações

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Texto 3 – Malina, Bruce J. “A violência do mediterrâneo e o Reino”. In: O evangelho social de Jesus. São Paulo: Paulus, 2004. Fichamento: 05/09/2011

“Os romanos – como os mediterrâneos em geral, incluindo Israel - eram agonísticos (propensos à luta), consequentemente desejando se empenhar em conflito físico ao mínimo sinal de provocação”. (...) “E assim que Roma agia a respeito da oikoumene bem como os hierosolimitas agiam a respeito de sua própria esfera de influência”. (p.45)

“Para abrir com uma descrição, a violência diz respeito a coagir outros de um modo não endossado pelas normas sociais. Coerção socialmente desautorizada empregada com vistas a manter, defender ou restaurar o status quo é uma forma de comportamento chamado violência instituída ou vigilantismo”. (p.46)

“A narrativa de Jesus é repleta de exemplos de pessoas, visíveis e invisíveis, fazendo ou planejando violência contra outros, em nome do status quo. Estas pessoas, ostensivamente, pretendem manter os valores estabelecidos”. (p.46)

“Do ponto de vista do que a sociedade considera valioso, a violência pode ser direcionada à redistribuição de recursos valiosos ou para manter esses recursos. Quando a violência é direcionada à redistribuição de valores, ela é uma violência revolucionária ou reacionária. Mas, quando a violência é direcionada para a manutenção do que a sociedade considera valioso, ou, a manutenção do status quo, ela é vigilantismo ou violência instituída”. (p.50)

“Qualquer discussão sobre violência estabelecida na defesa de uma ordem social deve, nas condições imperiais do mediterrâneo, distinguir entre dois conjuntos de valores – o dos romanos e dos povos que os romanos procuravam assimilar. Em Israel, por exemplo, os valores romano-helenistico eram frágeis, valores importados, operando dentro de uma situação de relativo desequilíbrio político, enquanto os costumes israelitas formavam valores tradicionais nativos ainda exercendo profunda influência no comportamento étnico local”. (p. 52)

“Nas escrituras de Israel, o próprio Deus comanda o pronto uso da violência para manter, defender ou restaurar o status quo – vigilantismo ou violência instituída era um dado cultural”. (...) “Porem de modo mais freqüente o status quo é mais identificado com a posição social dos agentes do vigilantismo”. (p.57)

“Dependendo de nossa perspectiva teórica, podemos ver a violência instituída como direcionada contra: 1) criminosos e pecadores; ou 2) desviados e subversivos; ou 3) dissidentes e heréticos”. (p.58)

“Apesar de seu aspecto distinto, as controvérsias nas narrativas do Novo Testamento têm em geral muitos paralelos: os conflitos entre pequenos grupos”. (...) A questão é se a liderança dos grupos existentes identificava seus interesses, em oposição a tipos particulares de valores e valores de grupo, especialmente favorecendo as demandas imprecisas do reino de Deus, sobre a precisa observância da Torá, do vago estar “em Cristo” sobre o preciso comportamento requerido do estar “em Israel” (p.59)

“Era quase compreensível que os grandes conflitos de valores devessem acontecer em Jerusalém, especialmente durante as festas que estavam ligadas à peregrinação”. (p.60)

“Tempo de peregrinação é um tempo ideal para o conflito de valores porque peregrinos de todas as partes chegam como praticamente estranhos

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