Comunicação e Turismo: Possibilidades de Conhecimento

1. REFERÊNCIAS

Conexão – Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v.6, n. 11, jan/jun 2007.

2. CREDENCIAIS DA AUTORA

Mary Sandra Guerra Ashton, Bacharel em Turismo – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Especialista em Produção e Gestão do Turismo – PUCRS, Mestre em Comunicação Social – PUCRS e Doutora em Comunicação Social – PUCRS. Professora Titular Nível A, atua no ensino, pesquisa e extensão na Universidade Feevale, Docente no Curso de Turismo e no Programa de Mestrado em Indústria Criativa. Tem experiência nas áreas de Indústrias Criativas, Cidades Criativas e Turismo Criativo – inovação, cultura, e pós-modernidade; produção e consumo turístico nas cidades criativas. Atua no conselho da Câmara de Turismo do Rio Grande do Sul, da SETURRS, do Fórum Regional de Turismo do Vale do Rio dos Sinos, do Conselho Municipal de Turismo de Novo Hamburgo e de Campo Bom/RS. Afiliada na ANPTUR – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação de Turismo. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP Feevale.

3. RESUMO DA OBRA

No artigo, intitulado Comunicação e turismo: possibilidades de conhecimento, Mary Sandra Guerra Ashton traz uma abordagem sobre o turismo com a visão de Maffesoli intercomunicada com a De La Torre sobre a atividade turística envolvendo o ato de compartilhar e comunicar-se. Onde o primeiro idealiza o ato da comunicação para explicar os valores comportamentais da sociedade e o segundo idealiza a importância das interações sociais dentro do turismo. Em uma abordagem sucinta, a autora traz a ideia de que o turismo não vem a ser apenas viagens e giro de capital financeiro em determinada localidade, mas o partilhar da emoção.

Para Ashton (2007) “o turismo é uma forma social que move milhões de pessoas que buscam por novas experiências que sejam diferentes daquelas vividas no cotidiano”. Nessa conjuntura, Maffesoli contribui para esse entendimento ao desenvolver a noção de comunicação intrinsecamente relacionada ao ato de compartilhar, o qual explica os novos valores comportamentais observados na sociedade. Já o turismo que é sustentado por De La Torre ressalta a importância das interações sociais, que contém ligação com pensamento de Maffesoli. Apesar da comunicação e do turismo terem suas próprias características, uma complementa a outra. Para (Maffesoli, 1995, p. 82) “comunicar é servir-se daquilo que se tem em comum.” e, ainda de acordo com o autor a comunicação é tida como uma interação e é constantemente recarregado pela necessidade de se estar junto. O turismo tem tudo a ver com essa abordagem, pois ele é muito mais que uma viagem e locais históricos, é compartilhar o “eu”, é uma relação harmoniosa entre turistas e guia de turismo, uma ferramenta de socialização e não apenas algo financeiro. Deste modo, a interação pode ser verbal ou não verbal, pois um simples gesto ou ato pode trazer interação entre determinado grupo de pessoas.

Comunicar e interagir-se dentro do ramo turístico estão atreladas as expectativas que idealizamos ao decorrer do nosso cotidiano, ora por rodas de conversas, ora por meios de comunicação. Construindo desta forma em nosso imaginário a idealização do que estamos prestes a conhecer, baseado em buscas na internet, livros e diversas outras ferramentas que nos tornam indivíduos comunicativos e instintivamente sociáveis.

Nessa perspectiva, Ashton aponta que a comunicação e a interação podem dar-se também pelas cores, cheiros, monumentos, lugares, paisagens e diversos outros fatores que desperte a imaginação ou subconsciente do indivíduo, pois assim haverá uma troca de experiências vividas. “Posto que o turismo é um fenômeno eminentemente social, por derivar de deslocamentos humanos, teve, desde o seu início, uma estreita interdependência nas relações de interação com outros fenômenos sociais.” (De La Torre, 1997, p. 101). Tal processo permite a vivência de novas culturas e dão continuidade ao processo de integração e evolução social, que é uma parte do desenvolvimento de um local e característica marcante do turismo.

Diante do exposto, nota-se que o artigo

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