Enquadramento Geodemográfico Coimbra
Por: Marcelle Antonio • 5/6/2016 • Relatório de pesquisa • 1.657 Palavras (7 Páginas) • 610 Visualizações
ENQUADRAMENTO GEODEMOGRÁFICO
Localização da Comunidade
Constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova.
Para a realização deste Estudo de Caso, a equipa de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu foi dividida em quatro subequipas, sendo estas distribuídas por várias zonas da comunidade. A nossa equipa ficou com a zona da Sé Nova que, em conjunto com a professora orientadora, Cidalina Abreu, cingirmos o nosso estudo à zona da Praça da República e da Avenida Sá da Bandeira.
Coimbra: Riquíssima no campo do património cultural edificado, justifica alguns destaques: a Sé Nova, atualmente sede episcopal, integrando-se no conjunto de edifícios também formado pelo antigo Colégio das Onze Mil Virgens e pelo Museu de História Natural, junto ao qual se encontra o Laboratório Químico. As igrejas de S. João de Almedina e de S. Salvador, sendo este último um dos mais antigos monumentos religiosos da cidade, datando a sua primitiva edificação da segunda metade do século XII. Para além destes, merecem igual destaque: o Penedo da Saudade, Jardim de Santa Cruz, vulgo da Sereia (feito pelos frades, séc. XVIII), Jardim dos Patos (Sá da Bandeira) e o Jardim do antigo Liceu D. João III, hoje Escola Secundária de José Falcão. (Barros, 2013)
Sé Nova: Área – 1,6 km² de área e 6741 habitantes (INE 2011).
Densidade: 4 213,1 hab/km².
Santa Cruz: Área - 5,56 km² de área e 5699 habitantes (INE 2011).
Densidade: 1 234,92 hab/km².
Almedina: Área - 1,01 km² de área e 904 habitantes (INE 2011).
Densidade: 1 544,43 hab/km².
Antigamente era chamada de Sé Velha.
S. Bartolomeu: Área 0,17 km² de área e 627 habitantes (INE 2011).
Densidade: 5117,24 hab/km².
Nota histórica
A cidade que é hoje Coimbra teve o seu primitivo núcleo de povoamento no cimo da colina da Alta. Este cabeço, com cerca de 160 metros de altitude, sobranceiro ao rio Mondego, para além das condições naturais de defesa que oferecia, era ponto de passagem quase obrigatório entre o Norte e o Sul. Esta zona da cidade caracteriza-se pelo traçado sinuoso de ruas estreitas, ligadas por uma teia de travessas e becos, certamente, uma herança da ocupação árabe. A antiga muralha marcou o traçado de algumas ruas, sendo a Torre de Almedina uma das defesas da antiga muralha e uma das portas da cidade.
A Universidade domina a colina, aí coexistindo edifícios de épocas diferentes, como o Paço das Escolas (séc. XVI) e os edifícios da Cidade Universitária dos anos 40, cuja arquitetura se assemelha à da Alemanha nazi ou à da Itália fascista. Esta é, sem sombra de dúvida, a zona mais monumental da cidade, localizando-se ali alguns dos edifícios mais imponentes dos primórdios da cidade.
A Baixa abrange, essencialmente, o arrabalde da Idade Média, isto é, a zona que ficava fora das muralhas, onde se aglomeravam o povo, os comerciantes e os artesãos. A Praça Velha era o centro de vida da cidade, e terá justamente começado por aí o desenvolvimento do arrabalde. A toponímia da Baixa quase que bastaria para a caracterizar, mostrando como os vários mesteres ou ofícios se agrupavam nas mesmas ruas. É também na baixa que encontramos um dos monumentos mais importantes de Coimbra, a Igreja de Santa Cruz - século XII. Nesta área estão situados os lugares de Almedina, Santa Cruz e S. Bartolomeu, antigas freguesias. (Barros, 2013)
Segundo Santos 2013,
“percebe-se um duplo movimento: do centro para a cidade exterior e da periferia do concelho para os subúrbios. Afirma-se o despovoamento do centro da cidade, coincidente com a cidade antiga, com o centro histórico (Freguesias de São Bartolomeu, de Almedina e de Santa Cruz) e com a sua extensão na parte alta em direção a Celas e São Jose (freguesia da Se Nova). Na realidade estas duas áreas apresentam uma vivência urbana com causalidades bastante díspares. A Baixa atrai uma população muito eclética (afastando contudo uma população com rendimentos superiores, que não encontra aí os produtos e serviços que procura ou porque confrontada com um ambiente pouco controlado e de alguma insegurança) já que e aqui que estão os grandes interfaces e pontos de saída de numero significativo de transporte públicos (rodoviários e ferroviários).”
Apesar de que, após dados recolhidos através das entrevistas a 10 moradores, estas referem que a zona onde residem é uma zona privilegiada de Coimbra pois têm acesso a todos os recursos, sendo que 90% consideram uma boa localização contra 10% que referem que podia ser melhor. Relativamente à disposição habitacional alguns entrevistados dizem ser mau (60%) pois, consideram que há muitas casas e muitos bares e não há organização entre ambas as partes. Questionamos também aos moradores qual a situação do seu agregado, os quais referiram, 10% com família (sem especificar); 20% com apenas 1 pessoa; 20% com duas pessoas; 20% com quatro pessoas; 30% vivem sozinhos. Quando questionados sobre a facilidade de mobilidade na freguesia 60% dos entrevistados respondem que sim contra 30% que acha que não ou que há a necessidade de melhorar (10%), fazem-no porque ou já caíram ou há muitas subidas e descidas ou ainda, devido ao uso de bengala.
Quanto à aproveitação e organização dos espaços questionamos aos moradores se se sentia beneficiados, ao que salientaram a existência de muitos bares para atividade noturna ou então, muitas zonas que poderiam ser mais dinamizadas. (ex: Jardim da Sereia), 50% Sim, Não 40%; A melhorar 10%.(Apêndice)
Administração
Em entrevista aos moradores da freguesia, numa amostra de 10 pessoas, quando questionadas se sabiam onde se situava a junta de freguesia, apenas 1 dos entrevistados (10%) respondeu negativamente. Denotamos, assim, que as pessoas, conhecem a localização da Junta da União de Freguesias e alguns conhecem, inclusive, o presidente da Junta. Estes factos são corroborados pelas entrevistas realizadas aos moradores desta freguesia em que, numa amostra de 10 pessoas, 5 entrevistados (50%) sabiam quem era o presidente da Junta e 5 entrevistados (50%) conheciam o seu trabalho, no entanto, alguns cidadãos consideram que o presidente da junta desenvolveu um bom trabalho e outros, pensam que está na altura de o presidente abandonar pois, a idade já é avançada. 6 dos entrevistados (60%) afirmaram ainda participar na escolha dos líderes da comunidade. Existem cidadãos que consideram o voto mais do que um direito, um dever e, por isso, votam. Por outro lado, há pessoas que não votam pela idade e falta de mobilidade como consequência da mesma ou falta de interesse/credibilidade na nossa política. Apesar disto 40% dos inquiridos recebe apoio da junta por necessidade económica e o resto apenas obtém sacos do lixo através da mesma, sendo de 6 dos entrevistados (60%) julgam que os recursos da Junta de freguesia são suficientes. (Apêndice)
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