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A Alfabetização e Letramento: A importância da língua escrita na alfabetização

Por:   •  26/4/2023  •  Artigo  •  3.096 Palavras (13 Páginas)  •  107 Visualizações

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Alfabetização e Letramento: A importância da língua escrita na alfabetização

Montes Claros – MG

2021

Alfabetização e Letramento: A importância da língua escrita na alfabetização

No início da década de 1980, pesquisas sobre as causas psicológicas da linguagem escrita fizeram os educadores perceberem que a alfabetização não se limita ao uso de códigos, mas também envolve processos complexos para formular hipóteses sobre as representações da linguagem. Nos anos seguintes, o surgimento da pesquisa sobre alfabetização também enriqueceu a compreensão do impacto social e cultural da linguagem escrita e da aprendizagem. Esses movimentos estão intimamente coordenados teórica e conceitualmente e, por fim, quebraram a dicotomia entre o objeto de aprendizagem e o professor. Romperam também com a simplificação da sala de aula como único espaço de aprendizagem.

Para reforçar os princípios previamente comunicados por Vygotsky e o Conde, a aprendizagem se dá na relação interativa entre o sujeito e a cultura em que vive. Isso significa que além do processo cognitivo que é absolutamente estabelecido pelos indivíduos (ninguém pode aprender uns com os outros), existe também um contexto que pode não só fornecer aos alunos informações específicas, mas também inspirar, dar-lhes sentido e "especialidade ", e especifica a possibilidade de aplicação e uso efetivos na situação encontrada. Entre as pessoas e os saberes adequados à sua cultura, é necessário valorizar os inúmeros meios de mediação da aprendizagem (não só os professores, mas também as escolas, embora sejam o sistema de planejamento do ensino, metas) e privilégios presuntivos. ) Este artigo tem como objetivo apresentar o impacto da pesquisa sobre alfabetização na prática da alfabetização.

Dimensões de aprender a ler e escrever: Por muito tempo, a alfabetização só foi entendida como a sistematização de "B + A = BA", ou seja, aquisição de código a partir da relação entre fonemas e caracteres. Em uma sociedade predominantemente analfabeta, os hábitos de leitura e escrita diminuíram. A consciência fonológica simples permite que os sujeitos combinem sons e letras para produzir / interpretar palavras (ou frases curtas), o que parece ser suficiente para conectar pessoas alfabetizadas com alfabetização.

Com o tempo, a superação do analfabetismo e dos problemas cada vez mais complexos de nossa sociedade levou ao uso cada vez mais difundido da linguagem escrita. Uma atração tão poderosa torna o mundo cultural tão atraente para as pessoas que elas não podem mais escrever cartas ou decifrar códigos. Ao longo da trajetória de desenvolvimento dos países desenvolvidos, no final do século XX, quase todos exigiam o uso da linguagem escrita, que não é mais a meta do desejo das pessoas de adquirir conhecimentos, mas a verdadeira condição de sobrevivência e realização dos cidadãos. É no contexto de grandes transformações culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que surge o termo “alfabetização”, ampliando a consciência tradicional da alfabetização (Soares, 2003).

Hoje, é essencial entender o princípio de funcionamento do sistema de escrita para poder participar da prática social da alfabetização e, assim, responder ao chamado inevitável de uma cultura centrada no grafite.

Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade (Tfouni, 1995, p. 20).

Levando em consideração o impacto social de distinguir a língua de ensino nas escolas e o impacto social de várias expressões escritas em cada comunidade, Kleiman, apoiado pela pesquisa de Scribner e Cole, define alfabetização como

.. um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos. As práticas específicas da escola, que forneciam o parâmetro de  prática social segundo a qual o letramento era definido, e segundo a qual os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia alfabetizado ou não-alfabetizado, passam a ser, em função dessa definição, apenas um tipo de prática – de fato, dominante – que desenvolve alguns tipos de habilidades mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita. (1995, p. 19)

Soares não apenas expõe a contradição entre os conceitos de alfabetização e letramento, mas também valoriza a influência qualitativa desse conjunto de práticas sociais sobre o assunto, e infere que ele é dominante na tecnologia e nas ferramentas do sistema de escrita:

Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos (In Ribeiro, 2003, p. 91).

Ao permitir que o sujeito explique, entretenha, atraia, sistematize, confronte, induza, registre, informe, oriente, afirme e garanta sua memória, o uso efetivo da escrita pode garantir que ele tenha diferentes condições. Aqueles que apenas dominam o código não necessariamente ganharão sua ajuda (Soares, 1998). Portanto, aprender a ler e escrever não significa apenas conhecer as letras e como decodificá-las (ou associá-las), mas também significa que é possível utilizar esse conhecimento para obter formas de expressão e comunicação possíveis e reconhecidas. Devido à formação cultural específica, isso é necessário e legal,

Talvez a diretriz pedagógica mais importante no trabalho (...dos professores), tanto na pré-escola quanto no ensino médio, seja a utilização da escrita verdadeira [iii] nas diversas atividades pedagógicas, isto é, a utilização da escrita, em sala, correspondendo às formas pelas quais ela é utilizada verdadeiramente nas práticas sociais. Nesta perspectiva, assume-se que o ponto de partida e de chegada do processo de alfabetização escolar é o texto: trecho falado ou escrito, caracterizado pela unidade de sentido que se estabelece numa determinada situação discursiva. (Leite, p. 25)

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