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A Diferença entre a escola da ponte e a escola pública brasileira

Por:   •  25/2/2018  •  Dissertação  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  385 Visualizações

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A “Escola da ponte” e a Escola Pública Brasileira

Fazendo uma análise crítica comparativa entre a “Escola da Ponte” e a escola pública brasileira, podemos observar que existe uma distância muito grande a percorrer, para que a escola pública brasileira consiga obter resultados como os da “Escola da ponte”.

Vemos que a Escola da Ponte procura observar e tratar as dificuldades e incentivar os pontos fortes, provendo ferramentas ( educadores, informações, materiais, etc..) para que cada aluno consiga reconhecer e melhorar suas aptidões pessoais, bem como incentivar um senso de responsabilidade e solidariedade, contribuindo assim para um melhor desenvolvimento da comunidade como um todo.

Na Escola da ponte cada aluno é “único”, ou seja, cada aluno tem seu próprio planejamento e trajetória dentro da escola, cabendo aos educadores a tarefa de auxiliá-los nessa trajetória, estimulando atitudes de autonomia, assim como, contribuindo na elaboração , criação e aplicabilidade de projetos. Existe uma troca de conhecimentos e experiências entre alunos e professores criando laços que auxiliam o processo ensino-aprendizagem, possibilitando que o mesmo seja dinâmico e criativo.

A escola pública brasileira, embora tenha tido alguns avanços nessa direção nas últimas décadas, continua seguindo um modelo arcaico onde os educadores, em sua grande maioria, têm uma postura de transmissores de conhecimento e os alunos vão descontruindo suas experiências e referências, assumindo o papel de receptores de conteúdos, desassociados de contextos relevantes para a vida em sociedade. Sem contar que as escolas públicas brasileiras têm sido vítimas do descaso por parte de nossos governantes, pois é bastante recorrente denúncias de espaços fsicos sem o mínimo de conservação. A aquisição de materiais didáticos muitas vezes não são adquiridos tendo em vista as prioridades, tornando os ambientes de aprendizagem desmotivadores e sem nenhum recurso atrativo para o aluno.

Temos que levar em conta que para chegar onde chegou, a Escola da ponte passou por um processo de “não aceitação” e “repúdio”, tanto por parte da sociedade como do poder público, que não conseguiram se desvencilhar de anos e anos de um modelo considerado por eles “satisfatório”. É possível observar através da entrevista com o educador José Pacheco que os alunos da Escola da ponte obtem ótimos resultados nos exames para o ingresso tanto nas universidades, como também, nos exames seletivos para o nono ano. Mesmo com esses dados relevantes, ainda existe uma parte da sociedade que prefere "se fechar em uma concha", quer por uma resistência ao novo, quer por uma escolha ao padrão já estabelecido, onde sente-se acomodado e confortável a uma prática de reprodução sistemática e reprodutora.

Num país onde o ensino público é visto, sobretudo, como uma obrigação do Estado para com os menos favorecidas, dificilmente chegaremos a obter um ensino que priorize um saber inovador, questionador e acima de tudo comprometido não só com o ingresso, mas principalmente, com a permanência de nossos alunos na escola. Para que a escola supere os paradigmas conservadores faz-se necessário a inquietude permanente de educadores dispostos a romper com a prática de modelos conservadores e se disponham a enfrentar as adversidades

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