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A Origem Da Fala E Escrita

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Por:   •  5/9/2014  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  552 Visualizações

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Resenha Crítica: Psicologia e Saúde Mental do Trabalho

Os autores Heloani e Capitão (2003) discutem no artigo “Saúde mental e psicologia do trabalho” sobre a forma em que o trabalho se organizou até os dias atuais em nossa sociedade com o foco nas repercussões psíquicas sob o prisma da análise sociopsicológica sobre o sentido e a jornada de trabalho e seu impacto na saúde física e, em especial, a saúde mental do trabalhador.

Atual área da saúde mental está tentando buscar subsídios que proporcionem melhores condições para a saúde da população, além do que a psicopatologia tradicional. Como proposto no artigo, à discussão está voltada para as pessoas vulneráveis. Os autores argumentam que os transtornos mentais mais graves não são causados pelo trabalho, mas, dependem da “pré-disposição” da estrutura psíquica do sujeito e de condições ambientais, podendo manifestar-se antes da inserção do sujeito no mercado de trabalho. Entretanto, quando o contexto do trabalho não oferece condições adequadas ao bom desenvolvimento do trabalhador, as psicopatologias pré-existentes em estado “latente” ou menos severas, podem tornar-se crônicas e o trabalho passa a ser encarado como “causador de sofrimento”. E, essa questão torna-se sensível quando pensada sobre o ponto de vista do trabalhador que é cada vez mais exigido em qualificação pelo mercado de trabalho, mesmo quando se trata de funções simples e mecânicas.

Os autores explicam sobre os determinantes históricos que contribuirão para atual formatação do mundo do trabalho. Para a compreensão desses determinantes históricos sobre o “homem x trabalho na modernidade” (pg.104) é preciso lembrar a analogia da máquina, esta figura é usada em várias ocasiões para explicar sobre os meios de produção e a relação consumo e produtor. Então, o trabalho configura-se como o representante da força de impulsos que o homem emprega para executá-lo, para poder ou não consumir o que foi por ele produzido, abrindo possibilidade de constituição de subjetividades, correspondentes a cada época histórica, que tem, por seu domínio, uma forma de produção. (pg.104)

O homem passa a produzir cada vez mais e sem refletir sobre a sua ação; uma conseqüência dramática da herança taylorista-fordista, que por sua vez, entra em crise surgindo novos paradigmas com propostas voltadas mais para o homem como colaborador, diferente da visão até então do homem como máquina.

Nesse enquadre surgem timidamente discussões sobre a Qualidade de Vida do Trabalhador sem uma delineação consistente, no entanto, serviram para impulsionar as reflexões e buscas de melhorias das condições de trabalho, porém, os resultados foram mais políticos no discurso, do que práticos.

Contudo, a qualidade de vida do trabalhador foi negligenciada ao longo do tempo em nome do controle e conseqüentemente das condições laborais, o que gerou e gera, direta ou indiretamente, impacto também nas relações inter e intrapessoais trabalhistas.

Como os meios de produção e o consumo estão intimamente também relacionados ao processo de subjetivação do homem, em especial, ao homem no contexto do trabalho e de sua saúde, o sofrimento pode ser uma variável interveniente freqüente.

Essa condição faz com que o trabalhador evite, consciente ou inconscientemente, o trabalho por este ser percebido como fonte de sofrimento sem uma válvula de escape adequada ou existente. Nesse enquadre o psicólogo atuante nas organizações, atualmente, estão se posicionando como staff, funcionando como consultores para os responsáveis pela linha de produção a fim de contribuir para a melhoria dessa problemática. Entretanto, os autores argumentam e alertam criticando sobre a “maquiagem” que as organizações fazem sob o controle do trabalhador/produtividade, exigindo esse controle aos psicólogos. Uma saída encontrada para essa situação é a divisão e inclusão do trabalhador no processo de controle com sua participação no processo de avaliação de desempenho, entretanto, esse procedimento, em algumas instituições, também são usados como placebo ao trabalhador. Porém, a inclusão do trabalhador/colaborador nas avaliações de desempenho são uma tentativa de construção de subjetividades mais saudáveis devendo propor efetivamente melhorias para o trabalhador e organização.

Saúde mental não restringe apenas à cura de doenças ou sua prevenção, mas busca como resultados melhores condições de saúde para a população.

A psicopatologia tradicional está alicerçada no modelo clássico da fisiopatologia das doenças que afetam o corpo (diagnóstico das doenças mentais, dos transtornos mentais orgânicos, da esquizofrenia, dos transtornos do humor e dos inúmeros transtornos de personalidade). Na realidade, ao contrário do que muitos possam supor, a organização do trabalho não cria doenças mentais específicas. Os surtos psicóticos e a formação das neuroses de pendem da estrutura da personalidade que a pessoa desenvolve desde o início da sua vida.

Atualmente, a “pressão” constante existente em quase todo mundo é uma ameaça certeira sobre milhares de pessoas sintam-se sobressaltadas, pois sua grande ferramenta, que é a força do trabalho, pode ser dispensada a qualquer momento. Assim, o mundo do trabalho torna-se, de forma rápida e surpreendente, um complexo monstruoso, que se por um lado poderia ajudar auxiliar o homem em sua qualidade de vida, por outro lado-patrocinado pelos que mantêm o controle do capital, da ferramenta diária que movimenta a escolha de prioridades, avassala o homem em todos os seus aspectos.

A situação que hoje vivemos nada mais é do que o reflexo do capitalismo e das inovações tecnológicas que, para melhor rendimento e maior produção desenvolveu métodos eficientes e muitas vezes esses métodos deixaram de fora a mão-de-obra humana.

Com toda a concorrência humana o trabalhador vai ficando cada vez mais estressado,

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