A Resenha Alves e Cia

BIBLIOGRAFIA.

QUEIRÓZ, Eça de. Alves & Cia. Porto Alegre: L&PM, 1997.

BIOGRAFIA.

José Maria de Eça de Queirós nasceu em novembro de 1845, numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade. Iniciou os estudos em regime de internato no Colégio da Lapa na cidade de Porto, de onde saiu em 1861, com dezesseis anos, e seguiu seus estudos na Universidade de Coimbra no curso de Direito.

Em 1866, Eça de Queirós terminou a licenciatura em Direito e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Ingressou na carreira diplomática vindo a passar um período na Inglaterra, sendo este os anos mais produtivos de sua carreira literária, quando escreveu alguns trabalhos importantes, como A Capital, escrito numa prosa hábil, plena de realismo.

Manteve a sua atividade jornalística, publicando, esporadicamente, no Diário de Notícias, em Lisboa. Mais tarde, no ano de 1888, foi nomeado cônsul em Paris. Seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem.

Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly, perto de Paris. Está sepultado na freguesia de Santa Cruz do Douro em Portugal.

CONHECIMENTO DA OBRA

Godofredo da Conceição Alves, possuía uma firma em que ele e seu sócio, Sr. Machado, tratavam de negócios Ultramar. Godofredo conhecia seu sócio desde pequeno e ficava interessado nas aventuras amorosas deste, mas sem que ele contasse muitas coisas a Godofredo, deixando-o sempre com uma pergunta se esta falta de intimidade seria devido ao serviço ou ao fato dele ter conhecido o pai de Machado.

O Sr. Alves lembrou-se que naquele dia era o aniversário de casamento, sendo esta uma data especial, sempre comemorava com sua mulher realizando um belo jantar e dando-lhe um presente. Então ele resolveu, no meio da tarde, sair de seu escritório e comprar o presente de sua esposa, além dos ingredientes para a realização do jantar.

Ao chegar a casa, resolveu entrar vagarosamente para realizar uma surpresa, mas ele que acabou sendo surpreendido ao deparar-se com sua esposa aos abraços íntimos com seu sócio. O Sr. Machado saiu rapidamente da casa, e Godofredo, depois de recomposto do susto, foi tirar satisfação com sua mulher. Ao entrar no quarto, ele iniciou uma busca nos pertences dela, esta por sua vez jurava ter sido o primeiro e último encontro dos amantes, mas logo Godofredo encontrou um maço de cartas escritas por ela dizendo que amava Machado e queria ter um filho deste. Enfurecido o Sr. Alves ordenou que ela arrumasse seus pertences e fosse para a casa de seu pai.

Logo, Godofredo começou a escrever uma carta ao sogro dizendo, em poucas palavras, o que se sucedera, pedindo para ele vir buscar sua filha enquanto este se ausentava da residência. Caminhando pela rua, ele foi tomado por inúmeros sentimentos, pensando até em matar o traidor ou, simplesmente suicidar-se.

Um pouco mais calmo ele retornou a sua residência e verificou que seu sogro, sr. Neto, já havia levado sua filha Ludovina embora, então solicitou a cozinheira que servisse o jantar. No meio de seu jantar, Godofredo foi interrompido pela visita de seu sogro. Este pedia explicações do ocorrido dizendo ainda não possuir recursos financeiros para manter sua filha sob seu teto. Após a conversa Godofredo acordou com seu sogro que lhe enviaria uma mesada, enquanto Ludovina mostrasse decência, permanecendo junto de seu pai.

No dia seguinte, Godofredo seguiu para seu escritório pensando no encontro que teria com Machado e na proposta de morte que o faria. O sócio traidor adentrou na sala e ouvindo a proposta de Godofredo, consistindo em tirar a sorte para ver quem ia ter que se matar, sem ter o duelo entre os dois, pois Godofredo queria evitar