A Semiótica

A concepção de texto entendida pela semiótica discursiva passa a abordagem linguística do estudo isolado de frases para uma análise mais abrangente e contextualizada dos textos, fundamental para entender como ela define o texto não apenas como um conjunto de palavras, mas como uma unidade de significado que se insere em um contexto social e histórico amplo.

Na semiótica, o texto é visto como um objeto de comunicação além da estrutura gramatical, e é considerado uma construção complexa com significados, intenções e contextos, o que mostra que o texto deve ser analisado tanto em sua organização interna quanto nas suas determinações contextuais. Assim, ele é entendido como um produto semiótico que resulta da interação entre o plano de conteúdo (o que é dito) e o plano de expressão (como é dito). Essa relação é importante para a geração de sentido, pois o significado não é fixo, mas sim construído a partir da interação entre o texto e seu contexto.

A semiótica discursiva também considera a multimodalidade dos textos, reconhecendo que a comunicação não se limita ao verbal. Em um mundo onde diferentes modos semióticos se relacionam, a análise do texto deve levar em conta essa diversidade. Essa abordagem, chamada de multimodal, amplia a compreensão do que constitui um texto e como ele opera na comunicação.

A coerência e a coesão, conceitos fundamentais na análise textual, também são abordados na semiótica discursiva. A coerência refere-se à lógica interna do texto e a forma como os significados se conectam, enquanto a coesão diz respeito aos mecanismos linguísticos que ligam as partes do texto. Ambas são essenciais para a compreensão do texto como uma unidade significativa. A semiótica discursiva, ao considerar esses elementos, traz um significado em como os textos são estruturados para criar sentido e como os leitores ou ouvintes interpretam esse sentido em contextos variados.