Angola Financia Trabalhos Do Vocabulário Comum Da Língua Portuguesa
Trabalho Escolar: Angola Financia Trabalhos Do Vocabulário Comum Da Língua Portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nessinha0 • 6/8/2013 • 927 Palavras (4 Páginas) • 499 Visualizações
Uma primeira parcela, num total de 70 mil euros, dos quais 35 mil foram já entregues, é o contributo do Governo de Luanda para os trabalhos que decorrem sob supervisão do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) para elaboração do Vocabulário Comum da Língua Portuguesa (VOC). A informação foi divulgada pela agência de notícias portuguesa Lusa [21/07/2013] e transcreve-se de seguida com as indispensáveis adaptações para um melhor enquadramento do assunto.
Considerado de importância estratégica para a língua portuguesa nos oito países lusófonos – só o Brasil e Portugal estão neste momento dotados de vocabulários nacionais –, o VOC passará a ser o instrumento que veiculará uma interpretação do Acordo Ortográfico comum a todos os países da CPLP. Em elaboração desde 2011, o VOC incluirá os vocabulários ortográficos nacionais de cada país, reunindo o maior acervo lexical já feito para o português e sendo representativo das variedades nacionais dos oito países de língua oficial portuguesa, como acentuou o diretor executivo do IILP, Gilvan Müller de Oliveira, em audição recente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República Portuguesa.
Apesar de com o Acordo Ortográfico se estabelecerem pela primeira vez num documento legal único regras de escrita comuns a todos os países, o texto legal foi objeto de leituras ligeiramente divergentes. Existe também a necessidade de construir dicionários e outros recursos lexicográficos de raiz nos países que ainda deles não dispõem, como Angola e Moçambique, em que são usadas formas que não se encontram registadas nas obras de referência. O VOC, instrumento previsto no texto do Acordo Ortográfico firmado por todos os países em 1990, é o fórum multilateral que permitirá resolver essas dissensões e lacunas.
O projeto prevê ainda a fusão dos recursos oficiais de âmbito nacional adotados em Portugal e no Brasil e a criação de novos recursos lexicográficos nos restantes países da CPLP, assegurando a representatividade de todos os Estados-membros no produto final, de que será apresentada uma primeira versão na II Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, a ter lugar em Lisboa em novembro. Os primeiros resultados definitivos deverão estar prontos a tempo da cimeira de chefes de Estado de Díli, a ter lugar na capital timorense em julho de 2014.
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Lisboa, 21 jul. (Lusa) – Angola vai financiar os trabalhos do Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, tratando-se «da primeira vez que um PALOP (país africano de língua oficial portuguesa) contribui para um instrumento central» do Acordo Ortográfico, disse à Lusa o diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, Gilvan Müller de Oliveira.
«É a primeira vez que um PALOP financia um grande instrumento da língua portuguesa, central, como é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOC), para a finalização do Acordo Ortográfico», disse à Lusa o linguista brasileiro, responsável por aquela instituição, acrescentando que a verba é de 35 mil euros [primeira parcela de um total de 70 mil euros atribuído pelo Governo de Luanda].
«O Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, ao mesmo tempo que incorpora o vocabulário dos oito países [lusófonos] – seguindo a mesma metodologia e os mesmos critérios de aplicação das bases do Acordo –, mantém a possibilidade de individualizar os vocabulários de cada país, mas não apaga a variante do léxico nacional», explicou Gilvan Müller, sublinhando que Portugal, Brasil e Moçambique são os três países [com os vocabulários nacionais mais adiantados].
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