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Por:   •  27/4/2015  •  Artigo  •  5.847 Palavras (24 Páginas)  •  319 Visualizações

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IOLANDA NONANTO

TEMA:  Diversidade cultural – Relação Étnico Racial 
SUB -TEMA:  A arte africana no ensino Fundamental

Salvador

2014

IOLANDA NONATO

TEMA:  Diversidade cultural – Relação Étnico Racial 
SUB -TEMA:  A arte africana no ensino Fundamental

                           

                                                       

   

 

Anti-Projeto apresentada ao Curso de Especialização em História  Social e Culta Afro Brasileira e Indígena em Convênio com ACEB/FETRAB e a Faculdade da Cidade para fins de obtenção do título de Especialista.  

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Cientifica

Orientadora : Virginia Nogueira Farias

        

                                                           

Salvador

2014

1. JUSTIFICATIVA: 

A História da Arte pode perceber que geralmente a arte negra africana não aparece nos livros de História da Arte e quando aparece não é contextualizada, o que favorece sua “folclorização”. Não raramente, ela é definida como: “fetichista, primitiva, exótica”. A única exceção a essa regra diz respeito à arte egípcia. Isso ocorre porque, apesar do Egito ser um país do continente africano, os ocidentais durante muito tempo o trataram como “não - África”, ou então como uma civilização tida como “superior” aos demais povos africanos.

Por meio deste trabalho é possível compreender a importância e a necessidade vigentes de prestarmos atenção às variadas formas artística desenvolvidas na África, de forma a trabalhar o potencial criativo, simbólico e social da arte africana com os alunos do Ensino Fundamental. Em um momento em que vivenciamos a valorização da arte não euro americana no mercado mundial de arte, é importante tomar essa produção de cultura material e trabalhá-la de forma crítica, fazendo conexões com a história e a cultura nas quais essas imagens foram (e ainda são) gestadas. 

A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento onde serão trabalhados no ensino fundamental, sendo possível que seja explorada por todos os componentes curriculares. Mesmo assim, a História e a Geografia são concebidas como as áreas mais propícias para o desenvolvimento de uma educação pautada na diversidade.

No entanto, para isso é preciso romper com uma estrutura pedagógica que privilegia as conquistas e a visão eurocêntrica do mundo.
Geralmente, o ensino da História do Brasil privilegia a contribuição européia, sobretudo a portuguesa, na constituição da nação brasileira. Na maioria das vezes, as contribuições ameríndias e africanas para a constituição da cultura nacional são relegadas a um segundo plano, sendo lembradas apenas em datas comemorativas (como o dia do índio, o feriado de 13 de maio e o dia da consciência negra) de forma folclorizada.

Dessa forma, perpetua-se o ideal de que a cultura brasileira é fundamentalmente constituída por elementos da tradição portuguesa.      
A proposta desta monografia, no entanto, toma como área do conhecimento a educação artística, de forma a refletir como ela pode desconstruir esse ideal eurocêntrico de História e de cultura perpetuado pela educação tradicional. Levando em consideração que a cultura africana oferece elementos que podem ser explorados por todas as áreas do conhecimento, optamos por trabalhar com o ensino de artes, nossa área de atuação, com as crianças do ensino Fundamental.

O entendimento que os sistemas educacionais devem atentar às contribuições africanas e afro-americanas para a humanidade é fruto de uma luta dos próprios movimentos negros, que começaram a ganhar muita força a partir dos anos 1970, com a descolonização da África. Rachel Rua Baptista Bakke relata em sua tese de Doutorado “Na escola com os orixás: o ensino das religiões afro-brasileiras na aplicação da Lei 10.639”, que:

“Os anos de 1970 compõem um período de ebulição no processo de rediscussão de uma identidade negra. Inspirados nos movimentos de descolonização de países africanos, na renascença cultural caribenha, na luta contra o apartheid na África do Sul e nos movimentos de luta pelos direitos civis nos EUA começa a se articular, na sociedade civil, um movimento político de conscientização da identidade negra que culminará na fundação do MNU (Movimento Negro Unificado) no ano de 1978.” (BAKKE, 2011, p. 87)

Concordamos que foi em 1970 que há o início de uma mudança de perspectiva sobre opertencimento ao grupo negro não apenas no Brasil como no exterior. É nesse momento histórico, repleto de acontecimentos, que a cultura negra passa a ser concebida como sendo importante e rica, e consequentemente, digna de um estudo sistematizado e de uma valorização social.

É a partir desta perspectiva que relato, nos capítulos seguintes, minha experiência com o ensino de arte africana para crianças do Ensino Fundamental da rede estadual e municipal de Salvador/BA, de forma a discutir novas possibilidades pedagógicas, capazes de construir relações étnico-raciais que sejam menos desiguais.

2. OBJETIVO GERAL: 

Refletir sobre a prática docente no Ensino Fundamental e arte-educadora, sobretudo no que diz respeito às experiências adquiridas com o ensino de história da arte africana para crianças do 4º. ano do Ensino Fundamental.

2.1OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 

• Abordar á arte Africana; 

• Propor métodos de ser trabalhar com á arte africana na Educação; 

 Estabelecer uma visão positiva da cultura africana

3.PROBLEMA/QUESTÃO: 

Qual é a importância da Arte Africana e suas contribuições no Ensino Fundamental.

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