Arcadismo
Tese: Arcadismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/9/2014 • Tese • 711 Palavras (3 Páginas) • 782 Visualizações
Arcadismo
O arcadismo surgiu na Europa por volta do século XVIII, e atingiu seu ponto culminante (Mais elevado) em 1789, com a Revolução Francesa.
Iluminismo:
O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes, foi um movimento que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação.
Os iluministas defendiam a criação de escolas, para que o povo fosse educado, e a liberdade religiosa. O Iluminismo foi um movimento de reação contra as estruturas feudais, a influencia da igreja católica, o monopólio comercial e a censura das "ideias perigosas".
O pensamento iluminista elege a "Razão" como o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No entanto, o homem não tem sua liberdade garantida, a razão acaba sendo tolhida por entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o individuo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo Iluminismo.
Arcadismo:
O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, Também conhecida como Setecentismo ou Neoclassicismo. O nome “Arcadismo" é uma referencia à Arcádia, região da Grécia Antiga, tida como ideal de vida poética.
No Brasil, o movimento árcade toma forma a partir da segunda metade do século XVIII. A principal característica do arcadismo é a “exaltação da natureza" e de tudo que lhe diz respeito. Os árcades são poetas que exploram o máximo da natureza e do meio rural. Eles têm a tese de que as futilidades, as riquezas são passageiras e o importante mesmo é aproveitar a vida, se divertir muito, fazer vários poemas e ensinar o valor da simplicidade.
O arcadismo pode ser chamado de neoclassicismo, pois os modelos seguidos eram os clássicos greco-latinos exclusivos do classicismo principalmente poemas e sonetos são retomados. Tem uma influencia direta de Camões bucolismo, além da descrição de paisagens que completam as influencias que o arcadismo sofreu do classicismo.
A literatura neoclássica propõe uma produção artística mais simples e espontânea. Ela expressa uma visão mais sensualista da existência, propondo assim uma “volta à natureza” e um contato maior cm a vida simples do campo. Assim, em pleno período de efervescência cultural e social na Europa, os poetas árcades recriam paisagens de outras épocas, com pastores cantando e vivendo uma existência sadia e amorosa, substituindo a vida das cidades em desenvolvimento pela preocupação única de cuidar do seu rebanho.
Principais Características:
• Fugere Urbem: (Expressão em latim que significa “fugir da cidade") _ Foi adotada como lema pela literatura árcade para simbolizar o poeta literário que se deslocava da vida agitada e corrida da cidade e vai para a calma zona rural.
• Carpe Diem: (Frase em latim popularmente traduzida para “Colha o Dia” ou "Aproveite o Momento") _ Utilizado pra solicitar que se evite gastar tempo com coisas inúteis ou como justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
• Bucolismo ou Pastoralismo: É o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, características do arcadismo.
• Aurea Mediocritas: É uma designação latina que expressa à ideia de que só é feliz e vive tranquilamente que se contenta com pouco ou com aquilo que tem, sem aspirar mais...
• Uso da Mitologia: A mitologia pagã acabou servindo como elemento estético para os árcades.
• Pseudônimos pastoris: o fingimento poético (simulação de sentimentos fictícios) é marcado pela utilização dos pseudônimos pastoris. Como pastores, os poetas, em sua maioria burgueses que vivam nos centros urbanos, realizavam o ideal da mediocridade dourada (áurea mediocritas).
Principais autores
Brasileiros:
• CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
• TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
Portugueses:
• Manuel Maria Barbosa Du Bocage
• António Dinis da Cruz e Silva
Soneto
LXII
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes oiteiros;
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Côrte rico, e fino.
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia,
Que da cidade o lisonjeiro encanto;
Aqui descanse a louca fantasia;
E o que té agora se tornava em pranto,
Se converta em afetos de alegria.
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