As Superbactérias
Por: Maria Lúcia Eggers • 16/10/2019 • Trabalho acadêmico • 578 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
COLÉGIO SESI
CIÊNCIAS APLICADAS
PROF.ª PRISCILA
SALA 02
SUPERBACTÉRIAS
MARIA LÚCIA EGGERS
EQUIPE 07
FOZ DO IGUAÇU, 2018
Introdução
É comum, quando estamos com um resfriado ou uma leve dor de cabeça, tomarmos remédios sem prescrição, afinal, é apenas uma dorzinha não? Não deve ser tão grave nos automedicarmos, certo?
Errado. Além de o indivíduo correr o risco de se viciar no medicamento, depois de um tempo o remédio já pode não causar mais o efeito que causava antes, e esta situação pode criar um problema ainda maior: as Superbactérias, que provocam doenças resistentes a remédios e matam cerca de 700 mil pessoas por ano e estima-se que serão 10 milhões de mortes após 2050, sendo um grande problema da saúde mundial.
Objetivos
Metodologia
Superbactérias
Também conhecidas tecnicamente por bactérias multirresistentes, esses seres microscópicos são resultado da evolução de bactérias sobreviventes a alguns medicamentos, e se tornam capazes de resistir até mesmo aos antibióticos mais fortes. Das infecções registradas no Brasil, as causadas por este tipo de organismos são 25% do total.
Dentre as principais causas dessa resistência estão: o uso desnecessário de antibióticos (mais comumente os de gripe e inflamações na garganta de acordo com a ANVISA), falta de higiene, prescrição incorreta de medicamentos feitas por profissionais não qualificados, falhas no controle e na prevenção de infecções hospitalares em clínicas e hospitais (a questão da higiene também se encaixa nesta situação), a falta de tratamentos novos na área de farmácia e o uso excessivo de antibióticos em animais que servirão para a alimentação.
De acordo com a ANVISA algumas das bactérias mais comuns em infecções hospitalares tem enormes chances de serem resistentes a medicamentos, como a Acinobacter spp. (resistente ao carbapenems) que tem 77.4% de chance de ser resistente, ou a K. Pneumoniae (resitente as cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações e a carbapenems) e a P. Aeruginosa (resistente ao carbapenems), com 43.3% e 39.1% de chances se serem multirresistentes.
A bactéria E. Coli, mesmo sendo a com o menor percentual de ser resistente as drogas (9.7%) dentre as mais comuns, é a que mais causa preocupação pois, além de serem resistentes as polimixinas (que se tornaram a última escolha dos médicos diante da situação de superbactérias) elas conseguem trocar seu material genético com outras espécies de bactéria que não sejam a sua própria prole, e assim trocar o gene resitente a última chance dos médicos contra elas.
Os tratamentos desses organismos são demorados, levando semanas ou meses em isolamento, e por vezes combinando dezenas de antibióticos para controlar a situação e evitar a aparição de infecções novas. Criar um antibiótico eficiente leva anos, enquanto para uma superbactéria se multiplicar, passam apenas cerca de 20 minutos. São 20 minutos que as fazem se mutar e se tornarem imunes aos remédios.
Resultados Esperados
Cientistas podem ter descoberto várias alternativas para a cura para a superbactéria: a Kielmeyera aureovinosa (recém descoberta na flora do Brasil) por p possuir Aureociclina; medicamentos à base de inibidores da enzima LpxC; os malacidins (componentes naturais que vêm da “poeira”); antibióticos à base de ceftolozana-tazobactam; entre outros.
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