Autores Modernos

MURILO MENDES

Murilo Mendes (1901-1975) nasceu em juiz de Fora (MG) , foi um poeta e prosador brasileiro, expoente do surrealismo brasileiro. Telegrafista, notário e inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de família do Distrito Federal, em 1943. De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira. Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel ás imagens mineiras, mesclando-as ás da Silícia e Espanha, carregadas de história.

Principais Obras:

*Poemas, 1930

*História do Brasil, 1932

*Tempo e Eternidade, 1935

*As metamorfoses, 1944

Poemas, 1930

Demonstra a fé num futuro de libertação e harmonia. Apresenta novas formas de expressão, versos vivíssimos e livre associação de imagens e conceitos, características presentes em toda a sua poética. Os poemas desse livro aparecem casos típicos de antropofagia, como por exemplo, o da Família Russa no Brasil, vitimado pelo caráter antropófago da nossa civilização.

Tempo e Eternidade

Marca a conversão de Murilo Mendes ao catolicismo. Nesse livro os elementos humorísticos diminuem e os valores visuais do texto são acentuados. Foi escrito em colaboração com o poeta Jorge de Lima.

CECÍLIA MEIRELES

Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901, (1901-1964) foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina, de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estréia na literatura com o livro “Espectros”. Participou do grupo literário da revista Festa, grupo católico, conservador e anti-modernista. Dessa vinculação herdou a tendência espiritualista que percorre seus trabalhos com frequência.

A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, predominando os sentimentos de perda amorosa e solidão. Uma das marcos de lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos.

Principais Obras:

*Espectros, 1919 *Giroflê-Giroflá, 1956

*Baladas para El-Rei, 1925 *Nunca mais... , 1923

*Viagem, 1925 *Canções, 1956

*Mar absoluto, 1942 *Obra poética, 1958

Espectros, 1919

Foi o primeiro livro de poesias de Cecília Meireles, publicado em 1919. A obra é formada por um conjunto de 17 sonetos históricos rimados, em decassílabos ou alexandrinos, e que, em sua maioria, evocam celebridades da história universal e da religião católica.

Viagem, 1925

Viagem é composta de 99 poemas, dentre os quais 13 são epigramas, que é um tipo de poema curto, nascido na Antiguidade Clássica, mordaz, picante ou satírico. Com eles, Meireles trata da felicidade, da poesia, do amor, e até da morte, aproveitando menos a sátira e mais a mordacidade.

VINICIUS DE MORAES

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de outubro de 1913, (1913-1980), foi um poeta e compositor brasileiro. “Garota de Ipanema” foi um de seus trabalhos feito em parceria com Antônio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também um diplomata e dramaturgo. A produção de suas poesias foram carregadas de misticismo e muito cristã, vai encontro ao cotidiano e nela se ressalta a figura feminina e o amor e também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo.

Principais Obras:

*O caminho para a distância, 1933 *Livro de sonetos, 1956

*Poemas, sonetos e baladas, 1943 *Forma e Exegese, 1935

*Pátria minha, 1949 *Cinco elegias, 1943

*Ariana, a mulher , 1936 *O mergulhador, 1965

O caminho para a Distância, 1933

O caminho para a distância, publicado no Rio de Janeiro em 1933 (por Schmidt Editora), foi o título de estréia para Vinicius de Moraes. O livro é marcado pela intensidade dos temas, dos sentimentos e da linguagem. Surpreendeu a crítica com seus dramas místicos e existenciais. Além da rigorosa fixação dos textos, um alentado caderno de imagens situa o livro em sua época e ilustra a biografia de Vinicius de Moraes

Ariana, a mulher, 1936

Ariana, a mulher é um único e longo poema que põe em cena, como um transbordamento, o mundo emotivo e existencial de um sujeito. É nesse mundo estagnado, morto, que o poeta clama por Ariana. Mas ela não é só uma mulher, como o título sugere, ela é a mulher e é também a morte, a vida, a natureza. O texto se inicia com o relógio “batendo soturnamente a Meia Noite” e termina com o mesmo relógio “parado sobre a Meia Noite”.

RACHEL QUEIROZ

Rachel de Queiroz (1910-2003), nasceu , em Fortaleza, capital do Ceará, em 17 de novembro de 1910. Foi escritora brasileira, a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras para a cadeira nº05. Foi também jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance “O quinze” , ganhou o prêmio da fundação Graça Aranha.

Principais Obras:

*O quinze, 1930 *Dora Doralina, 1975

*Caminho das pedras, 1932 *Historinhas, 1980

*As três Marias, 1937 *A beata Maria do Egito, 1958

*Lampião, 1953 *O menino mágico, 1969

O quinze, 1930

Possui episódios e cenas características da região Nordeste. A autora exprime intensa preocupação social, apoiada contudo, na análise psicológica dos personagens, especialmente o homem nordestino, sob pressão de forças atávicas que