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CONTRIBUIÇÃO DA MATEMÁTICA PARA A MELHORIA DO ENSINO NA ESCOLA DO CAMPO “PEDRO MARCONDES RIBAS”

Por:   •  31/3/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.810 Palavras (12 Páginas)  •  347 Visualizações

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  1. PEDRO HENRIQUE SOLEK – (RA 8029466)
  2. Licenciatura em Matemática

CONTRIBUIÇÃO DA MATEMÁTICA PARA A MELORIA DO ENSINO NA ESCOLA DO CAMPO “PEDRO MARCONDES RIBAS”

Orientador: Prof. Ms.Antônio César Geron

Claretiano - Centro Universitário

CURITIBA-PARANÁ

2017

RESUMO

Para se obter uma educação de qualidade no campo, é necessário que todos os envolvidos contribuam para que isso ocorra. Em relação à disciplina de matemática, é necessário que o professor, de fato, busque uma educação de qualidade, voltado às práticas diárias do aluno do campo e de seus objetivos em sala de aula. Devem estar preparados com as reais necessidades de seus educandos, levando-os a buscar respostas para seus anseios e questionamentos, não se esquecendo do contexto em que o aluno está inserido. O presente trabalho baseado em uma revisão bibliográfica, com foco nos alunos do 7º ano do fundamental, procura descrever como o ensino da matemática pode ser facilitado através da relação entre as práticas no campo e os conceitos matemáticos envolvidos nessas práticas.

Palavras-chave:  Educação do Campo, Matemática, Coditiano.

INTRODUÇÃO

A abordagem sobre o ensino da matemática nas escolas do campo é rara ou inexistente. Cientes do papel e compromisso com a Matemática na Educação do Campo, alguns professores trabalham para serem reconhecidos. Mas quais são as questões que impedem a formação de excelentes professores para o campo?

Percebe-se que a qualidade, acadêmica do ensino está em crise, e este fato é uma construção histórica devido a uma crise de identidade dos modelos econômicos, sociais e políticos.

É dever de todos os educadores buscar alternativas, metodologias e soluções para os problemas e situações do ensino da matemática. Mas o que resta aos professores, além do empenho e a vontade de ensinar?

Neste contexto de dificuldade de ensino pretende-se descrever como o ensino da matemática pode tornar-se atraente, para alunos do 7º sétimo ano do ensino fundamental, com a aplicação de conteúdos práticos que são comuns ao dia-a-dia do aluno no campo, como por exemplo, o planejamento de áreas de terrenos rurais, o planejamento e a organização de uma horta, o controle financeiro dos bens e produtos produzidos e outras atividades que são inerentes de quem mora no campo. A geometria sem dúvida está presente em nosso cotidiano e podemos trabalhá-la de diversas maneiras por caminhos diferentes, tanto a geometria plana como a espacial, porém que nós leve a um resultado correto (CARRAHER, 1989 p. 13)

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Por muito tempo a educação para os povos do campo foi trabalhada a partir de um currículo essencialmente urbano e, quase sempre, deslocada das necessidades e da realidade das pessoas que vivem neste meio. Apesar de terem ocorrido alguns avanços pontuais na legislação educacional nacional nos últimos anos, foi somente após o final da década de 1980 e decorrer da década de 1990 que ocorreu reais sinais de mudanças, mediante a ação dos movimentos e organizações sociais voltados à Educação do Campo.

De acordo com a professora Nilda Guimarães Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped – 2005) “Há uma campanha difamatória dizendo que o professor não quer nada, mas o que eu me pergunto é por que, diante dessas provações, ele simplesmente não pega o boné e vai embora” (Alves, 2005, p.1).

        A construção das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação do Campo no Paraná em 2006 foi mais um passo importante na afirmação da educação como um direito universal. Contudo, não é dizendo que existe um movimento em torno da Educação do Campo que as escolas no campo mudam suas práticas e as tornam coerentes com a concepção de educação do Campo. É preciso muita formação para que as pessoas do campo sejam capazes de refletir sobre si e sobre sua realidade educacional.

        Percebe-se que realmente é isso que acontece. Professores da Educação do Campo se deparam todos os dias com diferentes provações, como a falta de estrutura, de material didático, transporte, de participação dos pais, entre outras.

FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES DO CAMPO

Sabe-se que a formação do professor e a qualidade de ensino se configuram numa luta de forças sociais e das contradições impostas pela minoria dos profissionais, que tentam estudar, analisar e solucionar os problemas numa compreensão mais apurada do grau em que se encontra o problema.

Procurando uma educação de qualidade para o campo que garanta a apropriação dos conhecimentos, chega-se à conclusão que ainda não se tem claramente o que é o conhecimento escolar dentro da perspectiva campo e como sistematizar os saberes para chegar até a sala de aula. Para encontrar o verdadeiro sentido da qualidade de ensino, o profissional da educação do campo deve entender as dimensões históricas, sociais, políticas e econômicas na busca de suportes concretos.

Deve-se tomar consciência de todo o ambiente que o cerca, não adotar posturas conformistas que se adéquam somente a uma visão de aluno e sociedade, pois é na escola que o aluno formará opiniões e buscará respostas para seus questionamentos.

Então, um dos papéis fundamentais da formação dos professores, além da formação teórica-prática, é torná-los capazes de identificar a sua função dentro da escola, não deixando que ela se transforme em algo sem sentido e desmotivador para seus alunos, mas que possa se transformar em um ambiente que atenda as necessidades do aluno, a sua realidade, seus anseios, e não do sistema em que se está inserido:

“[...] Esta seria uma das marcas de especificidade da formação: entender a força que o território, a terra, o lugar tem na formação social, política, cultural, dos povos do campo. Sem as matrizes que se formam sem entender a terra, o território e o lugar como matrizes formadoras, não seremos capazes de tornar a escola um lugar de formação. [...] A compreensão da especificidade desses vínculos entre território, terra, lugar, escola é um dos componentes da especificidade da formação de educadoras e educadores do campo [...].” (ARROYO, 2007, p.163).

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