Com o Aumento do Feminicídio Possibilidade de Segurança ao Público Feminino?

Com o aumento do feminicídio, há possibilidade de segurança ao público feminino?

Não, porque o aumento dos casos na atualidade são apenas uma representação de um problema histórico.

A concepção antiga de que a mulher é propriedade do homem e deve ceder a sua vontade e a falta de apoio estatal eficiente que proteja as mulheres ameaçadas.

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Insegurança histórica

Xingamentos. Perseguição. Ameaças. Essas são algumas das situações que muitas mulheres são submetidas antes de serem assassinadas. Entretanto, mesmo no século XXI, com os programas públicos disponíveis, como a Delegacia da Mulher, ainda há um crescente aumento no número de casos de feminicídio, evidenciando a falta de segurança do público feminino. Isso devido à, principalmente, fatores culturais históricos, como a objetificação desse grupo por parte da sociedade, e a ausência de proteção estatal eficiente.

Primeiramente, é indispensável destacar que, desde a antiguidade, a mulher era enxergada como propriedade do seu cônjuge. Isso porque ela não possuía poder de escolha, sendo obrigada, por exemplo, a satisfazer seu marido, de acordo com unicamente a vontade dele. Com o passar dos anos, os seres do sexo feminino conseguiram alcançar mais independência e, consequentemente, mais voz na comunidade, ganhando espaço para se imporem e decidirem por si. Entretanto, tal busca por liberdade não é aceita por todos os indivíduos da população, sobretudo os homens machistas. Dessa maneira, mulheres são mortas todos os dias, pelo simples fato de reivindicarem os direitos cabíveis a qualquer cidadão: a liberdade de decidir sobre sua própria vida.

Atrelado a isso, tem-se a carência de medidas governamentais para suporte ao público feminino, que é vítima de violência constantemente. Na série Maid, uma jovem mãe opta por fugir com sua filha, a fim de escapar de um relacionamento abusivo. Fora da ficção, o cenário não é muito destoante, tendo em vista que, mesmo atualmente, diversas mulheres são vítimas de envolvimentos amorosos hostis e, com isso, são assassinadas por seus parceiros. Tal condição é um reflexo da ineficiência do governo na execução de programas que protejam esse grupo. Isso devido às mártires não receberem apoio psicológico, protetivo e financeiro suficiente para saírem da situação a qual se encontram. Desse modo, as pessoas do sexo feminino ficam cada vez mais expostas a atentados a sua vida.

 Fica evidente, portanto, que o aumento dos casos no feminicídio representam uma impossibilidade de segurança do público feminino. Isso em razão desse grupo ser agredido historicamente de várias maneiras, apenas por lutar por seus direitos. Além disso, nota-se que a ineficiência no suporte estatal a tais vítimas colabora para o crescimento de tal índice. Assim, é necessário uma mudança cultural e governamental na cidade, com a finalidade de garantir segurança às mulheres.