Como Falar Em Público

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

COMO FALAR EM PÚBLICO E A VIDA PROFISSIONAL

1. Superando o medo de falar em público

Não importa sua experiência ou o quanto a vontade você fique em um palco, todos tem, se não medo, pelo menos uma certa apreensão ou nervosismo antes de alguma apresentação, palestra, reunião, workshop, negociação ou qualquer outro momento que exija que se fale para um público, seja ele pequeno ou grande.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Globo Repórter (2009), o medo de falar em público se encontra em primeiro lugar dentre os medos da população brasileira, com 15,30%, vindo, em segundo lugar, as doenças (13,27%) e somente em terceiro, a morte (12,17%). Visto que esse problema atinge tantas pessoas, como lidar com isso?

Primeiro, é importante saber o que causa esse medo. Entre alguns dos motivos se encontram o perfeccionismo, nervosismo, autoimagem negativa, excesso de autocrítica, barreiras verbais e não-verbais, sensação de ridículo, instabilidade emocional e desmotivação para superar desafios.

Compreendendo os motivos, é necessário saber porque lidar com esse medo. Falar em público é imprescindível para qualquer um que deseje se tornar um líder. Um bom orador ganha visibilidade onde se encontra, e líderes tendem a serem pessoas que sabem como se comunicar bem. Aquele que fala melhor tem maior facilidade a expor suas ideias e ganhar destaque no ambiente em que atua.

Para se reduzir o medo antes de uma apresentação, se é recomendado que tudo tenha sido preparado com antecedência para dar segurança e, nada melhor para diminuir o nervosismo, do que exercícios de respiração. Apesar de muitos não darem importância para como se respira, ela é responsável por levar o oxigênio ao cérebro e, sendo usada da forma correta, ajuda a diminuir a ansiedade e até evitar esquecimento de palavras. A maioria dos exercícios compreendem em misturar respirações curtas com compridas em séries de repetições e soltar ou inspirar o ar de formas variadas – pelo nariz, boca, lábios entreabertos, entre outras.

2. Cuidados com a voz

A voz é o instrumento do orador e, assim como qualquer outro instrumento, deve ser bem cuidada. Cordas vocais inflamadas, voz rouca ou mesmo a perca dela, atrapalha qualquer apresentação, por melhor que esta pudesse ser.

Cuidar da voz significa saber como esta funciona e da melhor maneira de usá-la ao seu favor, respeitando o seu limite e evitando excessos que podem ter repercussões no futuro, algumas irreparáveis.

No meio profissional é a voz que transmite confiança, liderança, credibilidade e assertividade, fortalecendo a autoimagem positiva ou negativa, essa última em casos de dificuldades associadas a problemas vocais.

Para uma boa voz devem ser evitados o fumo, bebidas alcoólicas, ar condicionado – causa ressecamento, exigindo mais esforço das cordas vocais –, líquidos ou alimentos muito frios ou quentes, pigarros ou tosses, café, mate ou refrigerantes gasosos, roupas apertadas, falar ao telefone prendendo-o ao ombro, falar em locais barulhentos, forçar a voz, ansiedade e tensões, locais poluídos, falar muito, gritar constantemente e excessos noturnos.

Algumas atitudes ajudam a preservar a saúde vocal, entre elas se encontram comer alimentos ricos em fibras – como salmão, cenoura, maçã e pera -, espreguiçar-se soltando som, respirar ampla e profundamente, uma boa postura corporal, hidratar-se e, principalmente, cuidar da saúde física e mental porque a voz é o resultado do estado geral do seu organismo.

3. Os recursos de uma apresentação

Ao se apresentar em público, além da voz, vários recursos podem se fazer úteis para facilitar a explanação e, inclusive, aumentar seu “poder de convencimento” sobre o público alvo, podendo ser usados vídeos, imagens, gráficos, músicas...

Ao se fazer um slide/transparência para uma explicação, é recomendado que as imagens sejam altamente exploradas: São elas que iram ajudar o público assimilar melhor o assunto e a compreender assuntos importantes de forma mais simples.

Os slides devem ser claros e com sem poluição visual, mantendo textos pequenos e fontes padronizadas, assim, facilitando o entendimento da plateia. Textos grandes, cores muito gritantes, letras pequenas, muitos efeitos... Devem ser evitados ao máximo, ao contrário, podem causar desconforto e perca de foco da platéia.

Além de slides, podem ser utilizados durante a explanação aparelhos como retroprojetores, quadro branco, TV, aparelho de som, microfone, indicadores a lazer, DVD, entre outros. Desde que estes ajudem na explicação, em vez de tirar o foco do conteúdo.

No meio profissional, ao se negociar, durante uma reunião ou apresentação, o bom uso dos recursos multimídias pode fortalecer sua ideia, assim como atrapalhá-la, passando uma imagem negativa. Nem todos os recursos funcionam bem para todas as audiências, conhece-la vai ajudar a ver o que melhor se encaixará.

Em caso de uso de tecnologias como retroprojetores, som, filmes, entre outros, é indispensável ficar atento se o ambiente tem tais aparelhos e se estes estão em bom funcionamento, além de que se o local comporta o que está sendo planejado. Se o espaço for muito grande, por exemplo, e não tiver um bom sistema de áudio, pode não ser adequado usar músicas, pois nem todos irão conseguir ouvir.

4. Planeje sua apresentação

Existem coisas que são imprescindíveis para qualquer orador, por mais experiente ou iniciante que ele seja. Antes de qualquer apresentação, seja uma grande palestra ou simplesmente uma reunião com poucas pessoas, preparar o que e como irá ser explanado o tema escolhido, é imprescindível, podendo assim evitar erros e problemas que poderiam ter sido facilmente resolvidos.

Inicialmente, deve-se ter em mente o que é uma apresentação, que é, simplesmente uma exposição de ideias e conteúdos em públicos. Após isso, existem cinco perguntas que devem ser respondidas de forma a servir de guia para o esqueleto da apresentação.

A primeira pergunta é “O quê?”. Para respondê-la, deve-se refletir qual é o tema e o foco da apresentação, separando o que é mais importante para ser dito, colocando os assuntos em ordem de prioridade e relacionando o foco do tema com o perfil do público, recursos e tempo disponível. É importante levar em consideração que o tema deve ser direto, objetivo, provocar curiosidade e motivar o público para atingir alguma meta específica.

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