Como fazer um fichamento
Por: André Vitor Benedito • 25/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.086 Palavras (5 Páginas) • 300 Visualizações
Indicação bibliográfica:
SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Desenvolvimento da pesquisa teórica: revisão da literatura e construção do marco teórico. In: SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. Tradução: Daisy Vaz de Moraes; revisão técnica: Ana Gracinda Queluz Garcia, Dirceu da Silva, Marcos Júlio. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.
Resumo:
O capítulo aborda e ensina, através de métodos organizados e eficientes, a desenvolver a perspectiva teórica, que consiste em expor e analisar as teorias, e na revisão literária para a construção do marco teórico. O desenvolvimento da perspectiva teórica passa por várias funções e etapas, afim de evitar erros já cometidos em pesquisas anteriores, e cria novas formas de interpretar um mesma estudo. As funções nos orientam por onde começar uma pesquisa utilizando como base outras pesquisas: as formas de obter as informações sobre o tema proposto, quem participou das pesquisas, quais os desenhos foram utilizados e o local de realização dessas. Mesmo na situação de descarte de estudos prévios, estes irão nos dar assistência para descobrir o que queremos ou não na nossa pesquisa, além de ampliar o horizonte, documentar o que é preciso realizar no estudo, podendo levar a formação de hipóteses ou afirmações que, quando aquele estiver em estágio avançado, poderão ser postas à prova novas linhas de raciocínio e nos proporcionar uma referência que será chamado de marco teórico - o qual podemos não concordar em alguns casos, mas temos que utiliza-lo como nosso ponto de referência. A primeira das etapas a ser desenvolvida é a revisão literária, a qual visa a exploração de bibliografias que tenham informações necessárias e relevantes para o problema de pesquisa, por meio de livros ou internet, e quando feita por esta, deve-se tomar o cuidado de analisar fontes e datas, testes empíricos do conteúdo e sempre buscar por uma palavra-chave (Palavras que conseguem resumir o texto). Após feita a revisão literária teremos que analisar nossas referências: se e como está relacionada com o problema de estudo, em quais aspetos; se ajuda em alguma parte do projeto; como estou analisando, se é psicológica, sociológica, antropológica, legal, da comunicação médica ou economicamente. A perspectiva é a parte mais importante, porque determina o enfoque da pesquisa, mas isso não significa que não podemos nos apoiar em outros campos de conhecimento para deixar na nossa revisão. Por fim para analisar as referências devemos avaliar as semelhanças com nossa formulação e método, as datas de publicação, alta qualidade do estudo e pesquisas empíricas. Deve-se extrair pelo menos uma ideia, cifra, um ou vários resultados das referências, identificar as ideias úteis, se possível, desenhar um mapa de revisão que mostre como a indagação irá contribuir para o seu trabalho, e ainda, fazer um resumo dessas ideias que posteriormente serão incorporados em nosso marco teórico. Caso já exista uma teoria completamente desenvolvida, a melhor estratégia é utilizá-la como sua própria estrutura para construir o marco teórico e, não esquecendo que uma teoria é um conjunto de ideias relacionadas capazes de explicar o por que e como funciona um fenômeno, temos que tomar um cuidado extremo de não estudar o que já foi demasiadamente estudado. Caso obtenhamos novas hipóteses, o correto é passá-las por testes empíricos e adicioná-las ao marco teórico, já que o mesmo deve explica-la. Nosso marco teórico tem como base aquela teoria nos elementos: motivação intrínseca em relação ao trabalho[1], fatores organizacionais[2], fatores de desempenho[3] e recompensa extrínseca4.Com a existência de várias teorias aplicáveis ao nosso problema de pesquisa, podemos escolher uma das teorias para nos basearmos e esta tem que ser a melhor relacionada com o problema a ser tratado. Pode existir ‘partes e pedaços’ de teorias (generalizações empíricas), isto é, pesquisa que foram provadas em sua maioria, mas não em sua totalidade, e se tiver como desenvolver algo para completar essa generalização empírica, isso precisa ser feito, pois nosso trabalho deve ser inovador. Na pesquisa podemos trabalhar com descobertas interessantes, de forma parcial, que não se adaptam a uma teoria, e através de intensificações dos testes empíricos pode se aprofundar nessas descobertas parciais para tentar provar algo.
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