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Desafio na Educação de Surdos - Redação para ENEM 2017

Por:   •  9/7/2018  •  Resenha  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  156 Visualizações

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Marcelo Maciel Moreira  - Novembro, 6 de 2017

Minha Redação para o ENEM 2017

Desafio na Educação dos Surdos

Num país de surdos quem tem uma orelha usa brinco

Sem sombra de dúvidas a educação é o maior desafio no desenvolvimento de qualquer nação. No Brasil em especial essa questão ganha contornos especiais quando as leis de diretrizes da educação são elaboradas num congresso formado por pessoas com muito pouca educação ou quase nenhum apreço por ela. Imagine-se então o que se pode esperar da educação de pessoas com necessidades especiais como no caso dos surdos.

Não há uma linha muito bem definida que possa dar contorno ao entendimento de necessidades especiais e estabelecer critérios para definir a normalidade. Basta notar a diversidade do gênero humano na sua aparência física e inferir uma pluralidade ainda maior  a respeito da subjetividade. Um critério funcional para os parâmetros de uma audição normal e níveis surdez atravessa um problema da mesma ordem. Se estabelecermos que uma audição normal seja a capacidade de compreender enunciados orais e responder de modo coerente a ponto de estabelecer um diálogo racional, teremos que supor que os membros do congresso brasileiro, em sua grande maioria sofre um um nível severo de surdez. Talvez essa incapacidade de atender as reivindicação daqueles que supostamente deveriam representar não se trate de insensibilidade com a coisa pública; talvez seja meramente surdez funcional. Por conseguinte, um congresso surdo para com os clamores populares teria mais dificuldade ainda em estabelecer leis de diretrizes para a educação, e em especial para educação de surdos. Outro agravante é que os surdos funcionais do congresso provavelmente não se reconheçam como tais. Em parte essa falta de auto reconhecimento como surdos pode supor-se ser efeito de um mecanismo de defesa do ego bem primário, a negação - que em geral é o mecanismo de defesa mais usual no meio politico - e em outra parcela porque esses congressistas são acometidos  também de uma cegueira funcional. Essa falsa concepção de si mesmos como sujeitos normais e o equívoco do pensamento de que saibam melhor que o povo o que seja melhor à nação, criam o impasse colossal para implantar planos educacionais em geral.

Talvez a única saída seja berrar bem alto nas urnas no ano que vem e deixar todos os nossos parlamentares fora do congresso. Talvez a perda do estatuto de político ajude essas pessoas a recuperar sua audição e contribua para a educação deles. Afinal políticos sem educação não tem como valorizar a educação. Aos congressistas surdos, sem capacidade de dialogar com a vontade popular resta somente usar orelhas para pendurar brincos.

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