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Diagnóstico de Observação Estágio

Por:   •  30/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.786 Palavras (24 Páginas)  •  172 Visualizações

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Relatório Analítico da Observação

Aula 01 e 02

O desenvolver da aula deu-se de forma tradicional, onde foi iniciada pela professora regente a correção de atividades que ela havia passado anteriormente, os alunos foram ao quadro resolver as atividades. Depois de feita a correção a professora passou mais algumas atividades e os alunos ficaram o restante da aula resolvendo.

Pude notar que alguns alunos por iniciativa própria foram ao quadro, enquanto os demais ficaram retraídos em sua carteira. Notei também que os alunos não estavam fazendo a correção. Antes iniciar a correção alguns alunos pegaram o caderno do colega e transcreveram as repostas das atividades para seu caderno.

Dentre as reflexões cabíveis a essa aula, vejo que os alunos sentem-se intimidados pela matemática, não conseguem operar com ela e também não tentam. Como professora em formação, esse primeiro contato com essa turma me deixou preocupada. Que tipo de cidadão está sendo formado na escola? Não obedecem nem o regimento escolar, quando usando aparelhos eletrônicos em sala de aula, inclusive para ouvir música.

Os alunos não se esforçam na realização das atividades, ficam conversando como se aquele conteúdo não fosse importante para eles. E ai fica o desafio para os futuros professores: encontrar alternativas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem que encontra-se deficiente, conseguir desperta no aluno a curiosidade e o senso de responsabilidade.

Outra observação importante é em relação a organização da sala de aula, os alunos não obedecem a uma fila, sentam-se em dupla, trios e até grupos, a imagem visual condiz com desorganização. E isso reflete no comprometimento dos alunos, vejo que se houvesse uma organização dos alunos de acordo com o que se pretende na aula, o desempenho dos alunos seria bem melhor. Segundo a Revista Profissão mestre em uma publicação intitulada Malabarismos em Sala de Aula, “a atividade proposta para a aula ditará como os alunos vão se dispor na sala”.

Relatório Analítico da Observação

Aula 03

Inicialmente a professora fez a chamada, olhou o caderno dos alunos e depois os alunos por iniciativa própria foram ao quadro corrigir as atividades da aula anterior. Começaram a fazer a correção e logo foram chamados para irem lanchar, então se dirigiram a cantina da escola pegaram o lanche e voltaram para a sala. Depois que lancharam voltaram a correção das atividades e logo soou o sinal para o fim da aula.

O que ficou mais evidente durante essa aula foi o desperdício dos 50 minutos destinados ao ensino. Em questão de aproveitamento considero que menos de 50 % da aula foi realmente trabalhada, descontando se o tempo da professora entrar na sala, fazer chamada e conseguir acalmar os alunos, além do tempo gasto para o lanche.

A questão do uso dos aparelhos eletrônicos novamente foi algo que atrapalhou a aprendizagem dos alunos. Penso que deveria haver uma maior cobrança para o cumprimento do que prevê o regimento da escola, visto que nem a presença de câmeras nas salas de aula intimida os alunos.

Maria Teresa atende jovens que recebem queixas da escola por utilizarem o celular durante as aulas. Ao fazerem, os adolescentes aumentam o seu nível de estresse, pois estimulam diferentes zonas do cérebro simultaneamente e começam a ficar dispersos, não conseguindo manter um foco único. O resultado é que o rendimento cai. (TERRA, 2013)

Notadamente, o desempenho desses alunos em sala de aula não é como esperado. Cabe ao professor traçar estratégias para despertar atenção desses alunos. Eu, como futura professora me questiono como farei para motivar esses alunos, conseguindo torná-los participativos e atentos.

Certamente, essa não será uma tarefa fácil, talvez precise de tempo lecionando para encontrar estratégias adequadas aos meus objetivos. Sei que tenho duas opções ou tentar mudar esse cenário ou fingir que está tudo bem e não me esforçar para mudar os rumos da educação. Pelo meu estágio fico com a primeira opção pois vejo que o ensino de matemática não está atendendo aos anseios dos alunos, eles sentem dificuldades em visualizar os conteúdos em seu cotidiano, além se serem alunos passivos, não participam da construção do seu próprio conhecimento. E, também penso que o educador deve ser consciente do seu papel na formação dos alunos, estão formando cidadãos. Complementando com a fala de Cortella (2015), “[...] a atividade docente visa à formação de pessoas que façam a vida melhor, e não apenas a si mesmas melhores”.

Relatório Analítico da Observação

Aula 04

Após realizar a chamada a professora iniciou a explicação de um novo conceito em relação ao conteúdo que já estava sendo trabalhado: o de determinante. Não foi feita a correção do restante da atividade que havia iniciado na aula anterior.

Obedecendo ao modelo tradicional de ensino inicialmente ela passou a definição no quadro, pegando de um livro didático, passou exemplos respondidos, depois explicou o que tava escrito ensinou a forma de resolver para os alunos e passou atividades no quadro e também no livro didático.

Os alunos começaram a resolver durante a aula mas não deu tempo de terminarem. Como aconteceu nas aulas anteriores, novamente grande parte dos alunos não faz as atividades, nem pegam o caderno. Usaram bastante o celular em sala de aula e não foram chamados atenção nem uma vez por isso.

As mesmas reflexões feitas na aula passada valem para esta aula, por que os alunos são dispersos? A estratégia adotada pela professora está garantindo aprendizagem significativa? O que o educador deve fazer para conseguir disciplina e comprometimento dos alunos?

Mais importante do que ter um professor que chama atenção é ter um professor que não tem a necessidade de chamar a atenção dos alunos pois consegue trabalhar a aula sem ser atrapalhado. Parece desafiante mas segundo a Revista Profissão Mestre é possível.

Um método destacado por Claudia Zuppini Dalcorso e Silvana Tamassia, da consultoria Elos Educacional, é baseado no livro Aula nota 10 (disponível em www.aulanota10.com.br). Trata-se do Padrão 100%: os alunos devem estar sempre atentos para atender às demandas da sala de aula. “Para isso, o professor precisa ter uma postura firme em querer 100% de atenção de todos, sem permitir exceções”, explicam as consultoras. Evelise Portilho, professora da PUC-PR, segue a mesma linha de raciocínio, sugerindo que momentos de ociosidade geram a indisciplina. “O professor não deve deixar seu aluno sem nada para fazer”, enfatiza.

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