EVA LUNA - Romance de Isabel Allende - Resumo
Por: mtapa • 11/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.803 Palavras (8 Páginas) • 1.205 Visualizações
Isabel Allende – é uma jornalista e escritora. Nasceu em 1942, no Peru, mas considera-se chilena, porque, os pais são chilenos e regressaram ao Chile logo a seguir ao seu nascimento e foi lá que estudou e cresceu.
Quando houve o golpe de estado no Chile, o presidente que era da sua família, foi morto e ela começou a ser perseguida. Foi viver para a Venezuela e depois para os Estados Unidos, onde trabalhou como professora de Literatura em várias universidades e continuou a escrever romances.
Começou a trabalhar no Chile aos 17 anos, como jornalista e publicou livros infantis e peças de teatro
Em 1982, publicou o seu primeiro romance -A casa dos espíritos- que foi um grande sucesso e depois passado para o cinema
Mais tarde escreveu o livro Paula, para a filha que estava em coma e que acabou por morrer.
Para além destes, escreveu inúmeros romances, livros de contos e peças de teatro, todos com grande sucesso e traduzidos em várias línguas.
Eva Luna - romance
Eva Luna é o nome da narradora que conta a sua própria história e que explica porque se chama Eva Luna.
O livro é a história de Eva que é uma mulher da América Latina e por isso é também a história da América Latina. Diz que a imaginação e ser capaz de inventar histórias pode transformar e ajudar a vida.
Eva compara-se a Xerazade que salvou a vida a contar histórias e diz que desde que leu as Mil e Uma Noites ficou a saber que o seu destino era contar histórias e que foram elas que a ajudaram na vida.
Fala muito da mãe e da importância que tiveram as histórias que ela lhe contou e que fizeram com que conhecesse o mundo sem sair de casa
A história é passada, num pais da América Latina, mas nunca diz qual. Nesse país há problemas políticos, ditaduras, guerrilheiros, policia a prender os que se opõem ao governo, etc.
Fala da mãe que não sabia quem eram os pais. A história começa com a história da mãe. (Consuelo) que tinha sido encontrada à porta de uma Missão, quando ainda não sabia andar. Ninguém sabia quem eram os pais, mas deviam ser europeus porque era ruiva e tinha olhos claros. Conheceu um português que andava à procura de ouro e lhe ensinou canções de Portugal e lhe deu uma pepita de ouro. Quando fez 13 anos os frades acharam que já estava crescida e que já não devia continuar a viver na Missão e mandaram-na para um convento de freiras. Como não quis ir para freira, foi trabalhar para casa do professor Jones, um médico estrangeiro. Fala também do pai, que era um índio de olhos amarelos que foi mordido por uma cobra venenosa e a quem a mãe tratou e que ela nunca conheceu.
Conta que viveu a infância com a mãe, em casa do professor Jones, que era um médico que queria curar o cancro com picadelas de mosquitos e queria tratar as doenças mentais com pancadas na cabeça. Nunca conseguiu nada disto mas era muito bom a embalsamar mortos.
Conta que, quando ela tinha 6 anos, a mãe morreu com um osso de frango, atravessado na garganta. Percebendo que estava a morrer, entrega-a à madrinha, a cozinheira da casa do professor Jones. Antes de morrer disse-lhe que a morte não existia e que as pessoas só morrem quando as esquecem e que portanto se ela não se esquecesse dela, a mãe ia acompanhá-la sempre. Quando a mãe morre deixa-lhe como herança os seus contos e o conhecimento de que as palavras podem transformar a realidade. Continuou em casa do professor até que ele morreu e a partir daí a sua vida passa a ser muito complicada, porque ficou sem casa.
A mãe tinha-a entregue à madrinha que era cozinheira e como também era pobre pô-la como criada em várias casas onde foi maltratada.
Uma vez puxou o cabelo à patroa e ficou com a cabeleira na mão. Como não percebeu que era uma peruca ficou assustada e fugiu de casa.
Na rua conheceu, Naranjo, que era um miúdo que vivia na rua e que a ajudou. Ele dividiu com ela a comida e os jornais onde dormia. Como ela não tinha nada para lhe oferecer em troca, contou-lhe um conto.
Ao longo do livro é sempre assim que vai fazer, conta um conto, ou para conseguir qualquer coisa, ou para agradecer, ou para fazer alguém feliz
Não se adaptou a viver na rua e acabou por ir ter com a madrinha que lhe bateu e a levou, de novo, para a casa da patroa, onde viveu vários anos, até que a patroa se zangou com a madrinha e por causa disso a despediu.
Ficou de novo sem casa e voltou a encontrar Naranjo que a ajudou e conseguiu que a dona de uma casa de prostituição a deixasse lá viver. Aí conheceu um travesti Melecio que depois se tornou Mimi. Mas um dia a polícia fechou a casa e ficou novamente na rua.
Nessa altura, foi recolhida na casa dum comerciante turco Riad, que tinha lábio leporino. Aí aprendeu a ler e foi registada pela primeira vez e onde viveu até que a mulher dele, Zulema, se suicidou e Eva foi presa por suspeita de a ter assassinado e roubado as joias. A partir desse dia o período desapareceu-lhe e só voltou anos mais tarde.
Riad, quando voltou, foi buscá-la à prisão e toda a população o apoiou. Com o passar do tempo e como eles viviam os dois sozinhos, a população começou a inventar histórias e já insinuavam que eram culpados da morte de Zulema. Riad achou que era melhor ela deixar de viver na casa dele.
Ela ficou muito triste, disse que gostava muito dele e beijou-o na boca, o que nunca ninguém lhe fizera. Ela disse que queria ficar para sempre com ele. Ele disse que não devido à diferença de idades.
No dia seguinte, levou-a ao autocarro, deu-lhe dinheiro para ela viver e uma morada de um lar que a professora Inês tinha recomendado e para onde devia ir. Perguntou-lhe se sabia onde estavam guardadas as joias de Zulema. Ela disse que sim e ele disse que agora ainda era muito nova, mas que as deixasse estar, que ficavam para ela quando fosse mais velha.
Partiu mas deitou fora a morada do lar. Chegou à cidade onde havia muita confusão devido a um golpe de estado. Ficou num hotel barato e começou a procurar emprego sem conseguir. Um dia em que havia muita confusão na rua, fugiu para uma igreja onde reencontrou Melecio que agora era Mimi.
Mimi convidou-a para ir viver com ela e voltou à Rua da República que agora estava diferente. Ela achava que a única coisa que sabia fazer era contar histórias mas queria trabalhar para não estar dependente da Mimi. Este tomava medicamentos para se tornar mulher e só lhe faltava fazer a operação mas não tinha dinheiro.
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