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Educação Como Exercício De Poder

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Por:   •  6/7/2014  •  914 Palavras (4 Páginas)  •  750 Visualizações

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O livro “EDUÇAÇAO COMO EXERCICIO DO PODER”: crítica ao senso comum em educação, escrito por Vitor Henrique Paro. Este livro compõe-se de um texto principal e dois apêndices. “O texto principal, inicialmente intitulado “Educação como exercício do poder: implicações para a prática escolar democrática”, é produto de pesquisa intitulada Administração Escolar e a Condição Política da Educação”, desenvolvida no Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Feusp. Inicialmente, o autor tinha a intenção de publicá-lo como artigo, mas sua extensão e a sugestão de amigos que leram a primeira versão acabaram determinando sua publicação na forma de livro. O título atual parece dizer com maior propriedade o escopo principal da obra, que foi detectado por educadores que a leram como sendo o seu caráter mais marcante, ou seja, a crítica a uma concepção vulgar de educação. Tratando também desse tema, foram acrescentados dois apêndices: uma palestra e uma entrevista, realizadas recentemente, que, embora repitam conteúdos já presentes no trabalho principal, o fazem de uma forma mais coloquial e podem servir como maior elucidação do tema principal.

O livro foi publicado em 2007, pela Editora Cortez, possui 98 páginas, organizado em três capítulos e dois apêndices. A indicação do livro é de responsabilidade de Beatriz Fétizon Professora Doutora Aposentada da Faculdade de Educação da USP.

A primeira parte é composta de três capítulos que tratam a relação entre poder e educação. O autor acredita que a compreensão da educação como exercício do poder pode trazer maior clareza sobre como se efetiva o processo pedagógico, contribuindo para sua maior eficácia, e pode facilitar a concepção de uma prática escolar mais democrática e de uma organização da escola mais condizente com essa prática. Ele começa por examinar o que significa tomar a educação como exercício do poder, o que exige de imediato tornar mais claro o significado desses dois termos: poder e educação.

A segunda parte do livro constitui-se de dois apêndices, o apêndice 1 trata da Palestra a escola pública que queremos, e o apêndice 2 relata a entrevista A educação é necessariamente política.

O primeiro capítulo, intitulado “Educação”, fala sobre importantíssimas características de um conceito crítico de educação que o diferenciam radicalmente do ingênuo conceito do senso comum. Em primeiro lugar, a preocupação da educação tomada num sentido rigoroso é com o homem na integralidade de sua condição histórica, não se restringindo a fins parciais de preparação para o trabalho, para ter sucesso em exames ou para qualquer aspecto restrito da vida das pessoas. O autor relata que em conseqüência disso, seu conteúdo é a própria cultura humana em sua inteireza, como produção histórica do homem, não se bastando nos conhecimentos e informações, como costuma fazer a educação tradicional. Certamente, esses dois traços característicos do conceito crítico de educação determinam decisivamente a própria maneira de se conceber a realização prática da ação educativa.

O segundo capítulo, “Poder”, o autor descreve a ampla concepção de a palavra poder. A autoridade é um tipo especial de poder estabilizado denominado "poder legítimo", ou seja, aquele em que a adesão dos subordinados se faz como resultado de uma avaliação positiva das ordens e diretrizes a serem obedecidas. A segunda acepção pode-se dizer que a autoridade se insere numa forma de democrática de exercício do poder, na medida em que a obediência ocorre sem prejuízo da condição

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