Escolinha do Professor Raimundo
Por: anaregis8 • 18/12/2024 • Abstract • 1.979 Palavras (8 Páginas) • 10 Visualizações
Peça Teatral – 1º Ano
Roteiro – Escolinha do Professor Raimundo
NOTA: Frases em parênteses são descrições auxiliares, em colchetes, rubricas.
Cena 1 – Apresentação
[Música enquanto os alunos entram]
[Alunos conversando]
[Raimundo entra e senta à mesa]
R: Vamos começar.
Alunos: Shh...
R: Silêncio, por favor!
R: Estão todos presentes?
[Cada um se levanta e se apresenta]
D. Cacilda: Cacillllllda! (ninfomaníaca/paródia da Xuxa)
D. Catifunda: (maria fumaça)
D. Bela: Dona Bela! (santa que vê safadeza em tudo que o prof fala)
D. Cândida: Cândida! (a mulher menos patriota da história/inteligente)
D. Tati: (blogueirinha)
S. Ptolomeu: Ptolomeu! (nerd)
D. Capitu: (burra gostosa)
D. M. Bonita: (nordestina)
D. Marina da Glória: Marina da Glória! (burra bonita protegida pelo prof)
D. Flora: Flora Própolis! (naturalista protegida por Ptolomeu)
S. J. Barbacena: Joselino Barbacena! (alt: Faltei!) (caipira esperto)
S. A. Volta: (dá os migué no prof)
S. R. Lero: Rolando Lero! (fala pra porra fingindo que sabe e mesmo com dica, erra)
S. Peru: Peru! (alt: Glugluglu!) (viado)
D. M. D’Além Mar: Manuela! (portuguesa)
E naturalmente, eu, professor Raimundo!
Cena 2 – Sala de aula
R: Manuela D’Além Mar!
M: Maria Manoela D'Além Mar,Trás os Montes sim senhoire!"
R: Eu vou lhe fazer uma perguntinha.
M: Professor, não me perguntes nada, faz favoire, pois não tive tempo para estudar nadinha, lá em casa está uma confusão dos diabos! O namorado na minha irmã lhe deu uma surra!
R: Bateu nela? Mas com que pretexto?
M: Mas não foi com pretexto, foi com um pedaço de pau!
R: Mas por que sua irmã não larga esse sujeito?
M: E vosmcê achas que ela vai ter um filho sem pai?
R: Ah, entendi.
M: Pior aconteceu com a minha prima, recém chegada da ilha da Madeira, chegou acá e ela fez um teste na televisão e levou bomba!
R: Não deu pra passar?
M: Deu! Mas não adiantou nada!
R: Dona Manuela. Uma pergunta simples. Ao aproximarem-se do território brasileiro, um marinheiro da frota de Cabral gritou "Terra à vista!". Por que o marinheiro gritou?
M: Porque ele pensou que Cabral fosses surdo!
R: Seu Peru!
S. Peru: Cruzes! Pensei que nunca fosse me chamar. Use-me e abuse-me teacher!
R: Vire para a turma.
S. Peru: De costas?
R: De frente. De costas o senhor passa a vida.
S. Peru: Obrigado pela perspectiva.
R: Nos dê, uma demonstração de seu conhecimento. Quem foi Robin Hood?
S. Peru: Ro-...Mas que coincidência, teacher! Imagina o senhor que eu estou fazendo uma peça teatral, e estou interpretando justamente o papel de Robin Hood. Gracinha!
R: Ora, parabéns! O senhor conhece o Robin Hood?
S. Peru: Sim, fácil!
R: Aquele que roubava dos ricos para dar aos pobres!
S. Peru: É, só que eu não roubo dos ricos, não. Eu dou!
R: Vai saindo bem disfarçadinho, que não agradou não.
S. Peru: Teacher, comigo o senhor já está porr aqui!
R: Dona Cacilda!
D. Cacilda: Cacilda não, meu bem! Dona Cacilllllda! Diga, meu docinho de coco.
R: Eu prefiro que a senhora diminua essa intimidade que nós nem temos.
C. Cacilda: Não sabe o que está perdendo!
R: Prefiro não saber! Bem, me diga, Dona Cacilda....A senhora já viu uma pororoca?
D. Cacilda: De quem?
R: Como assim de quem? Poroca só tem uma.
D. Cacilda: Não...baixinho. Tem pororoca grande, tem pororoca pequena. Tem pororocas, E pororocas! Tendeu?
R: Não. Dona Cacilda, eu vou decepcioná-la, mas pororoca é um fenômeno em que se dá o encontro das águas do rio com o mar.
D. Cacilda: Ah! É essa pororoca que você tá...Ah, bom. Não...mas aí eu sou mais uma pururuca...Quer que eu te explique?
R: Não, não, não...A senhora levou um zero!
D. Cacilda: Novidade! Tô nem aí pro seu zero. Beijinho, beijinho, pau, pau!
R: Dona Catifunda!
D. Catifunda: Saravá!
R: Vamos falar sobre pontuação.
D. Catifunda: Sim.
R: O que é um parêntesis?
D. Catifunda: É um monte de parentesis que não batem bem do pino! Por exemplo, o meu avô! Ele me deu um susto outro dia, que eu fiquei demais por assustada.
R: O que aconteceu?
D. Catifunda: É o seguinte: eu fui na casa do meu vô e na porta, bati parma e falei "Oh vô! Oh vô!" Aí ele apareceu na janela e falou "Que você quer minha neta?"
...