Escravidão Negra Resistência e Resiliência
Por: 05779187371 • 20/8/2016 • Projeto de pesquisa • 929 Palavras (4 Páginas) • 457 Visualizações
Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF
Colegiado de Arqueologia e Preservação Patrimonial
Disciplina: História do Brasil Colonial
Docente: Alencar Miranda
Discente: Igor Matheus Ferreira Ramos
Resenha do Tema: Escravidão Negra Resistência e Resiliência
A presente resenha tem como tema principal a discussão sobre resistência e resiliência e Slenes Robert W. Na senzala uma flor de esperança e recordações na formação da família escrava, surge com uma grande preocupação sobre o local de fala dos autores historiadores que escreviam sobre a escravidão até 1970 onde muitos são Europeus e carregam preconceitos raciais ou até mesmo acreditam nos escravos negros como “ninhadas”, ocasionando uma falta de compromisso com minunciosidade nos detalhes etnográficos históricos ou antropológico nas produções científicas, por isso autor nos traz uma discussão de resistência e Resiliência com os processos arquitetônicos e de casamentos dos escravos, colaborando sim e muito com a luta dos escravos por melhores condições de vida, que vieram a contribuir em peso a longa data com o fim da escravidão.
Já Manollo Florentino busca entender as relações do mercado escravista no Atlântico, o mercado colonial e algumas práticas de famílias escravas, sendo o tráfico de escravos o eixo das discussões, evidenciando a importância econômica que o mercado de escravos africanos tinha e suas influências nas outras esferas econômicas como produção agrícola, pecuária, têxtil e etc, no texto Tráfico Atlântico, Mercado Colonial E Famílias Escravas No Rio De Janeiro, Brasil, C. 1790-C.1830.
Manolo também tenta nos apresentar as “praticas familiares forjadas nas famílias de escravos” que pode ser interpretado como movimentos ou apropriação dos escravos africanos ou afrodescendentes dos costumes e religião ocidental, ou seja, do colonizador como, por exemplo, casar-se nas leis da igreja ou construir pequenas capelas só para os escravos, para assim ter uma maior garantia em sua sobrevivência e condições de vida.
João José Reis e Eduardo Silva utilizaram de uma linha de pensamento para produção do texto “Negociações e Conflito a resistência negra do Brasil escravista” em que a mesma diz “Ainda sobre esse olhar de resistência, a quem tente produzir um trabalho “neutro” sem mitificar nenhuma parte desta historia de conflito adaptação e apropriação, sem irrelevar o negro nesta historia e sem glorifica-lo ou simplesmente vitima-lo”. O termo “Negociações” pode ser tratado como uma estratégia de resistência, por exemplo, negociações de escravos por pedaços de terras serviam para minimizar alguns gastos por outro lado causava disputas internas entre escravos.
O Destaque para estes textos é a preocupação dos autores em questões econômicas ou sociais de organização
Entrando na discussão do escravismo indígena no Brasil cabe citar o índio no processo de colonização os portugueses recorreram a três métodos. O primeiro consistia na escravização pura e simples, na base da força, empregada normalmente pelos colonos. O outro criava um campesinato indígena por meio da aculturação e destribalização, praticadas buscava a integração gradual do índio como trabalhador assalariado, medida adotada tanto por leigos como pelos religiosos. Durante todo o século XVI e inicio do século XVII os portugueses aplicaram simultaneamente esses métodos. Naquele momento consideravam a mão de obra indígena indispensável aos negócios açucareiros.
Um dos pontos de cunho interesse é a dependência econômica que se tinha nas relações escravagistas, onde basicamente está baseado no trafico ou trabalho dos escravos para visar o trafico de escravos, sendo que para os sertões no caso de SP o recurso do lucro gerado era voltado para as expedições para maior captura de escravos.
Os lucros do contrabando de famílias inteiras transformadas em escravos contribuíram para o sucesso econômico dos impérios coloniais, que apesar de toda a sua religiosidade não hesitaram em comercializar e se beneficiar do trabalho compulsório negro.
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