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Estratégias e Gestão Empresarial Contruindo Empresas Brasileiras de Sucesso

Por:   •  4/9/2016  •  Resenha  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  515 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ACADÊMICO: Debora Santana

CURSO: Arquivologia

PROFESSOR (A): Clara Balesteros

DISCIPLINA: Empreendedorismo

CLASSE: 1ª fase –  05623 f – Noturno

GOSHAL, Sumantra. BARROS, Betania Tanure. Estratégias e Gestão Empresarial: Contruindo Empresas Brasileiras de Sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier – 2004 – 296p.

Resenha crítica do capítulo 11- subtítulo A construção de uma organização empreendedora

Págs: 215 a 228.

Nascido na Índia em 1948 o doutor em administração e físico Sumantra Ghoshal foi um grande especialista da área de gestão, lecionou em várias universidades renomadas, como a London Business Scholl, Instituto Insead (França) e MIT. Também lançou vários livros, entre eles Estratégia e Gestão Empresarial, em parceria com Betania Tanure, doutora em administração pela University Brunel (Inglaterra) e psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. De uma forma clara e objetiva, Goshal apresenta um panorama da dificuldade de inserir nas empresas uma visão gerencial empreendedora, destituindo a centralização do poder, distribuindo esse mesmo poder em várias camadas na corporação, exemplificando com soluções e a resistência nos processos de implementação dessa nova mentalidade.

A estrutura das empresas em países como Brasil, Japão, Índia e países Árabes, sempre foram e são reconhecidos hierárquicos e paternalistas, unindo uma subserviência da classe operária inconsciente ou não, inserida em uma estrutura que enxerga uma enorme quantidade de “chefes”, tolindo sua criatividade e sugando sua energia, não fica difícil encontrar terreno fértil em resistência para implementação de uma mentalidade criativa e conceitos inovadores.

No processo de pesquisa o autor em 2004 participou de uma reunião de presidentes de empresas onde os próprios participantes, não unânimes, mas, porém em grande número reconhecem esse perfil autoritário nas empresas nacionais. O brasileiro possui traços fortes relacionados à hierarquia e grande capacidade de lidar com incertezas, unido  com o “jeitinho” confere a  ele flexibilidade, adaptabilidade criatividade.

Mesmo assim, no Brasil e na Índia nos últimos anos, grandes executivos vem reconhecendo, a necessidade de “inverter a pirâmide,” investindo tempo e dinheiro para criar o efeito cascata na pirâmide abaixo espalhando poder em toda a organização, consequentemente criando iniciativas, principalmente nos jovens gerentes, alguns gestores frustrados com a inércia que a concentração de poder traz, acredita que barreiras serão somente superadas se pessoas forem substituídas, afinal não é possível ensinar novos comportamentos a executivos antigos para esse tipo de espectador o caso da Embraer é um exemplo bem interessante.

A empresa hoje uma das quatro maiores fabricantes de aeronaves do mundo, foi privatizada em 1993, na época com prejuízo no ano de U$$ 60,1 milhões, o consórcio liderado pelo banco Bozano & Simonsen projetou no processo de restruturação prejuízos até o início de  1997, quando a empresa começou a sua recuperação efetiva, sendo investido esse dinheiro e tempo em busca de resultados e aproveitamento máximo do potencial das pessoas para agregar valor a empresa. Nessa nova fase foram coletados alguns depoimentos, e como exemplo, um gerente de planejamento que iniciara seu doutorado, coincidentemente também no inicio da restruturação, ficou quatro anos fora do país, quando voltou encontrou outra empresa.

Pessoas antes não valorizadas, se destacando, hierarquia demasiadamente rígida, se flexibilizou e a ambição de atingir resultados estava viva novamente, e a Embraer continuava a ser movida pela paixão, isso nunca mudou.  A iniciativa de incutir o empreendedorismo nos vários setores da organização acompanha em alguns casos, como do Banco Real, estratégia e sua responsabilidade social, tendo como exemplo simbólico a solicitação de crédito de um cliente que praticava pesca predatória. O caminho mais fácil seria dar crédito ou não sem se envolver na questão, porém, a solução foi outra: a empresa conscientizou o pescador dos reflexos da sua atuação, capacitando-a mudar de atitude, a ação foi um sucesso.

E por último, temos a Lufthansa que transformou- se em uma federação altamente empreendedora, com várias seguimentos, além da empresa aérea, operações de carga, agencias de turismo, uma firma de engenharia e manutenção e até um provedor de serviços de informática. Apesar de todos esses exemplos positivos, quando isso não ocorre não é por questão de resistência somente ou sabotagem das pessoas, mas, mesmo gestores bem intencionados muitas vezes não conseguem entender as exigências das mudanças em suas atitudes e tarefas.

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