FICHAMENTO
Por: Felippe Oliveira • 27/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.569 Palavras (7 Páginas) • 411 Visualizações
Universidade Estadual do Pará
Centro de Ciências Sociais e Educação
Licenciatura em Matemática
Professor: Marcos Alexandre
Acadêmico: Felippe Oliveira Cardoso
Henry Walter Bates: um viajante naturalista na Amazônia e o processo de transferência da informação
Igarapé-Açu
2015
O trabalho do autor baseia-se em analisar a importância da Amazônia desde as primeiras décadas do século XVIII, levando em consideração a vasta biodiversidade que esta região apresenta, e as expedições de vários viajantes/naturalistas para esta região.
O texto trata em especial da viagem do naturalista Henry Walter Bates pela região Amazônica, que por sua vez veio em busca de conhecer esta parte do mundo, recolher e estudar espécies de animais e plantas, e leva-las em grande número para o Museu de História Natural de Londres, passando por várias dificuldades. Durante 11 anos em expedição pela Amazônia, Bates reuniu cerca de 15.000 espécies.
A informação é um conceito genérico de tudo que possa representar notícia, conhecimento ou comunicação. É um conhecimento registrado em forma impressa ou digital, oral ou audiovisual, em um suporte físico, que busca informar o conhecimento obtido por algum indivíduo. A Amazônia é a maior floresta equatorial do mundo, sua maior parte fica no estado do Amazonas na região norte do Brasil, e desde séculos passados vem mostrando sua grande importância para âmbito geográfico, social, zoológico e botânico, sendo desta maneira, vários estudiosos fizeram expedições por esta região com o interesse de conhecer e estudar essas questões.
Os europeus se viram em uma realidade totalmente oposta ao Velho Mundo propriamente dito, observaram que a floresta apresentava vários tipos de animais e plantas, e que apresentavam pessoas (índios) com costumes diferentes dos deles. As informações captadas por esses viajantes foram logo divulgadas pela Europa; Com o tempo tiveram outras expedições pela Amazônia para buscar avançar o estudo sobre esta parte do Brasil.
A aventura e a curiosidade de descobrir e estudar certas informações, foram os fatores primordiais para que os viajantes/naturalistas viessem para a região Amazônica. Neste tempo, o fator “espaço e tempo” dificultava com que as informações chegassem de uma forma rápida a Europa, porém os seres humanos têm interagido por longas distâncias por milhares de anos. No início do século XIX, o desenvolvimento de novas formas de transporte, como o navio a vapor e ferrovias, e as telecomunicações permitiram um intercâmbio global mais rápido, isso graças a Globalização e a Revolução Industrial. Já atualmente, tudo mudou, a Globalização trouxe consigo várias mudanças, o avanço das telecomunicações e de transportes, facilitam demais a comunicação entre as pessoas. A internet, por exemplo, encurtou o tempo de informações, e pessoas que residem no Japão podem receber tais informações de outras nos Estados Unidos da América em questão de segundos.
O artigo sobre a viagem do naturalista britânico Henry Walter Bates à Amazônia, está divido em quatro partes. A primeira parte, há uma discussão sobre a informação e sobre como iria dar a circulação de tal informação entre a comunidade científica. A segunda parte, diz a respeito da viagem em si, as aventuras, os perigos e tudo mais uma viagem pode ter. A terceira, já foca propriamente dito a circulação das informações produzidas por Bates. Já a quarta e última parte, vem falar sobre a importância da viagem de Bates e sobre suas tais “descobertas”, que contribui muito para estudos nas áreas com foco na biossociodiversidade da Amazônia.
A informação de fato, é muito importante para a sociedade, segundo Ferreira (2004) “[...] o homem necessita permanentemente de informação para agir cotidianamente no mundo [...]” (p.68)
A informação é um elemento que estrutura o conhecimento, ela é passada de forma comunicativa, pode ser por som, imagem ou texto. As informações entre os cientistas ganharam importância com as publicações de vários trabalhos dos mesmos, que circulavam em grande escala desde o século XVII, com isso iria expandir as pesquisas feitas por eles.
Para haver a publicação, os cientistas passam por um processo, no primeiro ele procura transferir os dados, no segundo já é quando está transferido e pronto para ser publicado.
Mesmo que esteja sendo publicado, os trabalhos dos cientistas passam por várias divergências, como problemas na linguagem, mais certamente em relação ao idioma, a falta de estimulo do governo e entre outros fatores estão relacionados com as divergências na transferência da tal informação, ou certamente dito, o trabalho do estudioso.
Quanto a transferência da informação em países de diferentes níveis de desenvolvimento, existem diversas dificuldades como as condições de produção e circulação de tal conhecimento. Em países desenvolvidos, a visibilidade de tal informação, circula em grande escala, já nos países subdesenvolvidos, não existe essa visibilidade toda, por conta do não incentivo do governo ou diversos fatores. Mas, atualmente com a Globalização e o surgimento da internet, tais informações estão “rondando o mundo” em grande escala.
Por volta de 1800, os viajantes dependiam da via marítima para transferir os seus estudos, essa era a grande dificuldade enfrentada por eles.
Desde o século XVI, muitas viagens foram traçadas em direção à região amazônica. Bates chegou nesta região no final do século XIX, certamente na cidade de Belém, no estado do Pará, juntamente com seu amigo Alfred Wallace. A expedição de Bates pelo Brasil, buscava reunir informações para aprofundar-se em uma teoria desenvolvida por Charles Darwin,
Expedições com pessoas que não fossem do país lusitano, tornou-se possível depois que houve o casamento entre Dom Pedro I e a imperatriz Leopoldina. Antes de acontecer este casamento não havia possibilidade alguma de “estranhos” adentrarem em terras brasileiras, isto acontecia pelo fato da metrópole lusitana temer que algo podesse acontecer, como o caso de “perder a posse da terra” para outro país.
Bates em sua viagem, ficou fascinado pela diversidade e pelo tamanho dos insetos amazônicos e também descreveu o fascínio por Belém, considerando a floresta que rondava a cidade [...] “um paraíso para os naturalistas, e se é contemplativo não há situação mais favorável para abandonar-se a esse pendor” [...] (p.70)
Em número e variedades de mamíferos, Bates ficou desapontado, pois em comparação a fauna do continente africano era menos expressiva.
Bates começou a percorrer algumas cidades do interior do Pará e do Amazonas, e apareceram alguns perigos pelo meio da viagem. O mesmo descreve que no meio da expedição, uma sucuri e um jacaré-açu apareceram pelo meio do caminho, mas o objetivo não era este, o objetivo era encontrar espécies de tartarugas. Bates, ainda retrata que um índio que estava com ele, perdeu o equilíbrio e caiu no lago, e assim o índio conseguiu resgatar o jacaré.
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