FICHAMENTO: POSITIVISMO NO SÉCULO XIX
Por: didi24 • 2/9/2018 • Resenha • 1.117 Palavras (5 Páginas) • 227 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS – CCH
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS I
DOCENTE: ALFREDO DE SOUZA
DISCENTE: YNGRID O. DOS SANTOS
FICHAMENTO: POSITIVISMO NO SÉCULO XIX
Ao falar do Posivitismo, a nossa memória nos remete a uma das figuras que iniciou este pensamento, que no qual era Augusto Comte. Comte, nasceu em 1798 na cidade francesa de MontPellier, nessa época o processo revolucionário iniciado em 1789 caminhava para o desfecho que levaria Napoleão ao trono, e logo após isso, inúmeras mudanças empreendidas por eventos que revolucionavam, tanto os processos econômicos quanto a organização política da França e isso repercutiu mundialmente no século XIX.
Mas não podemos falar do Positivismo Comtiano, sem ao menos mencionar as suas duas grandes obras: O curso de filosofia positiva (1830-1842) e o Sistema de Política Positivista (1851—1854), ambas as obras, apresentam a sistematização dos princípios filosóficos que defendiam e que consideravam a expressão máxima para o caminho que levaria a humanidade ao mais alto grau de evolução. Com o passar dos tempos, apesar do Positivismo de Comte ser estabelecido no século XIX, as suas idéias tiveram uma grande repercussão na primeira metade do século XX, e o Novo Positivismo, ou Neopositivismo (Positivismo Lógico) tiveram alguns adeptos, mas com algumas mudanças, onde essa outra corrente filosófica ganha fôlego com a assimilação dos meios formais da lógica matemática.
O Positivismo do século XIX, não apenas sobreviveu com as ideais Comtianas na França, também houve outros adeptos deste pensamento, como por exemplo, na Inglaterra houve o Positivismo de Stuart Mill, também foi outro pensador que contribuiu na consolidação deste pensamento, Mill conservou os traços mais liberais na sua filosofia e tornou-se mais radical e concentrou-se na defesa da lógica indutiva, para Mill, a filosofia deveria orientar-se pelos os fatos conhecidos cientificamente e pelos os métodos das ciências reais, este principio solidificou a influencia que exerceu sobre os seguidores do positivismo no século XIX, e está lógica está registrada em sua obra: O Sistema de lógica dedutiva e indutiva de 1843.
Para construir um pensamento moderno, eram necessárias algumas regras fundamentais que correspondessem a um evento central, às respostas obtidas seriam por meio dos enunciados matemáticos, sendo assim, as ciências naturais obtinham mais segurança para explicar os fenômenos naturais que ocorriam, fundamentando-se assim a ciência moderna como uma prática cultural que viria a se tornar a forma única de pensamento. Mas para obter isso não foi algo tão simples, começou uns séculos atrás, mais precisamente com Descartes no início do século XVII, onde procurou sistematizar o método para obter uma resposta justificável e verdadeira sobre todo o objeto estudado, e para obter isso Descarte vai utilizar a razão humana em seus questionamentos e visões enraizadas na tradição, onde as suas opiniões cotidianas vão construir o conhecimento científico.
Portanto, a objetividade fundava a oposição do sujeito/objeto, pois, remetia a uma dualidade interior/exterior como um dos problemas para o pensamento moderno, contudo, o pensamento filosófico a partir de então necessitava de novas redefinições, em proporção as ciências naturais, que passaria por uma reforma em suas bases, com isso a reflexão cartesiana demarca a tarefa de refletir sobre o conhecimento cotidiano ou científico da realidade e através disso a recuperação do fundador da ciência moderna e do racionalismo projetaria nos séculos seguintes uma espécie de guia para que houvesse uma compreensão da esperança de Comte, que no qual era, a chegada do estágio superior do espírito humano ao conhecimento, um conhecimento absolutamente confiável, seguro e objetivo.
Essa busca da Filosofia e da Ciência, possuía raízes em proposições de alguns iluministas, que durante o século XIX, o cientificismo iluminista é contemplado com a inserção da dimensão histórica, fazendo com que ganhasse forças com as novas teorias que acrescentam o tempo, como uma categoria para se pensar também no mundo natural, para os positivistas, a ciência era uma oportunidade mais perfeita do homem conhecer a si mesmo, e com base nesse conhecimento era possível descobrir a própria justificativa do método cientifico. Quando ouvimos o termo “Filosofia Positiva”, Comte afirmava uma visão positiva das coisas que estava baseada numa meta, em que a realidade era percebida imediatamente pelos os sentidos, com essa atitude o conhecimento responde a uma intenção de dar ao empírico, um lugar de preferência nas proposições cientificas, com isso, o Positivismo de Comte, ele obedece a um ideal etapista, que consiste a um processo evolutivo que a humanidade está destinada a seguir em três estágios, onde o seu mais alto grau de evolução, que era chamado de estágio positivo era o desejado, através desse estágio somente a ciência era capaz de explicar tudo, mas para classificar cada civilização era necessário obedecer a uma lei geral que regeria a evolução das sociedades humanas, esse método era usado por Comte, tanto para pensar a história da sociedade européia, projetando sobre os seus períodos as etapas evolutivas que concebera, sobre essa hierarquia que estabelecia nas sociedades humanas, Comte explica esse método classificatório por meio de estágios das fases da vida, onde o teológico seria a infância, o metafísico seria a puberdade, e o Positivo a maturidade, contudo, a conversão da prática social religiosa da contemporaneidade, não é só na persistência de um estado social atrasado, mas também no indiciador da imaturidade pessoal.
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