Foucault Vida e Obra
Por: Douglas Machado Carrasco • 9/6/2017 • Relatório de pesquisa • 443 Palavras (2 Páginas) • 215 Visualizações
Michel Foucault: vida e obra (Resenha)
Paul-Michel Foucault, um dos maiores filósofos franceses, juntamente com Pierre Bourdieu, Jean-Paul Sartre, nasceu em 1926 em Poitiers. Michel Foucault nasceu em uma família burguesa e ingressou no liceu Henri IV, antes de completar quatro anos. Em 1946 ingressa na Escola Normal Superior da França, onde inicia seus diálogos com Sartre e Bourdieu, revelando-se um jovem introvertido, utilizando o sarcasmo e a ironia em suas conversas. Assim, em 1948, Foucault tenta o suicídio o que faz seu pai interna-lo no hospital Sainte-Anne, o qual voltaria diversas vezes como estudante de psiquiatria e depois como professor desta disciplina.
Dessa forma, suas primeiras obras em 1954 e em 1961 (doença mental e psicologia e História da loucura) refletem diretamente o que ocorreu em sua vida. Em 1950 adere ao PCF (Partido Comunista Francês), o qual se desliga devido a desavenças da intromissão do partido na vida dos seus adeptos. Foucault enfrentou problemas, devido sua opção sexual, uma vez que a França em 1950 era um país extremamente repressor ao homoerotismo. Em 1952 a 1970 se inicia a fase mais produtiva da sua vida acadêmica, publicando suas maiores obras: “História da loucura na idade clássica (1961)”, “Nascimento da clínica: uma arqueologia do saber médico (1963)” entre outras obras renomadas, as quais se têm: “arqueologia do saber”, “Ordem do Discurso”, “Vigiar e Punir: o nascimento da prisão (1975)” além de a “História da sexualidade” e morre em junho de 1984 por supuração cerebral devido à complicação da AIDS.
Analisando sua obra “Vigiar e punir: o nascimento da Prisão”, Foucault contribui para demonstrar através da sua teoria das relações de poder, e de como o desenvolvimento da sociedade industrial cria através das instituições as subjugações através do modelo moral, colocando por meio do método disciplinar, a legitimação da norma, ou seja, a norma funciona como um adestramento do corpo, uma vez que essa obriga através da punição, o que a torna arma essencial para o cumprimento de tais atos.
Desse modo, a sociedade cria uma luta entre si, para a obtenção de poder, legitimando os outros a realizarem, através da utilização do poder, a realização da Microfísica do poder. Logo, todos os instrumentos são planejados a fim de gerar a obediência e humilhar os infratores, os quais devem corrigidos até entrarem nos padrões exigidos pela disciplina, constituindo assim, uma fabricação de corpos dóceis.
Por fim, o estabelecimento do poder gera benefícios somente aos desenvolvedores das técnicas. Logo, a compreensão e repetição da regra gerará um novo patamar, o qual cria através da norma, um agente que não questiona o porquê das relações de poder, somente as cumpre denotando uma legitimação e a diferença entre as duas esferas.
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