Industria cultural e manipulação em massa
Por: Carolina Villardi • 22/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 751 Palavras (4 Páginas) • 1.111 Visualizações
Introdução
Com o avanço da tecnologia moderna da indústria cultural, a manipulação de massas expandiu suas fronteiras e assumiu uma postura mais eficaz. O processo da globalização deveria agrupar homens de todo o muno em um só o padrão humanitário e baseado em valores morais. Mas com o capitalismo o objetivo comum é o bem material.
A indústria cultural é hoje em dia o principal veículo de manipulação de massa, os jovens ( futuro da nação) são os mais expostos a esse problema, uma vez que neles o efeito do capitalismo é diariamente reforçado com os fenômenos midiáticos.
Em todo momento existe o desejo de comprar algo novo, sem nem saber ao menos a real necessidade de tal compra. O desejo de ter torna-se grande, há uma sedução a todo instante por propagandas na mídia.
A imagem também é um objetivo de consumo dessa indústria, a mídia estipula um padrão de beleza. Antes as pessoas eram movidas à saúde, a busca era por uma vida cada vez mais saudável porém agora, o corpo é um status social.
Desenvolvimento
A indústria cultural é um termo criado como forma de crítica que procurou desmitificar a ideia de que os meios de comunicação de massa produzem uma cultura popular. A cultura deixou de ser algo espontâneo e popular e passou a ser produzida por instituições que criam produtos e entretenimentos padronizados para o grande público.
A noção de identidade é um processo que forma a auto – imagem, a união de ideias sobre si e sobre o pensamento dos outros sobre você. Um dos meios que promove a montagem dessa identidade é o processo de identificação com o outro ou com moldes de referencia. E o desenvolvimento dessa prática envolveria uma busca por auto – afirmações, papéis e inserções nas estruturas sócias, formando princípios e valores de conduta resultando numa afirmação pessoal e social, de que se ocupa um lugar no mundo.
A principal motivação do consumidor é a busca de uma identidade própria, pois consumindo é que adquire uma identidade, a sua forma de interagir com o mundo está ligada a sua auto-identidade, como ele se vê e como os outros o vêem, realizando uma troca de identidades. A busca pela satisfação, não deixa espaço para a reflexão.
A lógica capitalista busca igualar a todos. A mesma lógica se perpetua para o resto, se você é pobre é porque não trabalha o suficiente. Com isso a industria cultural promove segundo Adorno e Horkheimer a “homogeneização das consciências”. Isso faz com que os sujeitos passem a se esforçar e trabalhar mais, atendendo assim, a necessidade do sistema, e o sistema se utiliza do homem para circular mercadoria. Não existe nenhuma tecnologia criada para o beneficio do homem, ela existe para atender as necessidades do sistema. E é este pretenso caráter de neutralidade, que permite a ideologia.
O fetiche é criado pela própria mercadoria com seu poder de sedução, na qual ela trará prazer e satisfação, que gera uma necessidade no indivíduo mesmo que esta não exista. Mas isso não se dá de forma inconsciente, pois o indivíduo quer fazer parte da massa, ele precisa ter e consumir aquilo que os outros têm e consomem para tentar se igualar ao outro, e esse comportamento é captado pelo marketing para manipular o desejo do indivíduo. A indústria cultural obtém assim, uma homogeneização dos comportamentos, e a massificação do sujeito.
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