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Por:   •  7/9/2013  •  8.199 Palavras (33 Páginas)  •  292 Visualizações

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Introdução

P. 1. Qual é o teu único conforto na vida e na morte?

É que eu pertenço - corpo e alma, na vida e na morte - não a mim mesmo, mas a meu fiel Salvador, Jesus Cristo, que com o seu precioso sangue pagou plenamente todos os meus pecados e me libertou completamente do domínio do Diabo; que ele me protege tão bem, que sem a vontade de meu Pai no céu nenhum cabelo pode cair da minha cabeça, na verdade, que tudo deve adaptar-se ao seu propósito para a minha salvação. Portanto, pelo seu Santo Espírito, ele também me garante a vida eterna e me faz querer estar pronto, de todo o coração, a viver para ele daqui por diante.

P.2. Quantas coisas deves conhecer para viveres e morreres na bem-aventurança dessa consolação?

Três. Primeiro, a grandeza do meu pecado e miséria. Segundo, como sou libertado de todos os meus pecados e de suas conseqüências miseráveis. Terceiro, que gratidão devo a Deus por essa redenção.

Parte I

Da Miséria do Homem

P.3. Onde aprendes acerca do teu pecado e das suas miseráveis conseqüências?

Na Lei de Deus.

P. 4. Que requer de nós a Lei de Deus?

Jesus Cristo ensina tudo isto em resumo em Mateus 22,37-40: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.

P.5. Podes observar perfeitamente tudo isto?

Não, pois por natureza sou inclinado a odiar a Deus e ao meu próximo.

P. 6. Criou Deus o homem assim mau e perverso?

Não. Ao contrário, Deus criou o homem bom e à sua imagem, isto é, em verdadeira justiça e santidade, a fim de que ele conhecesse corretamente a Deus seu Criador, o amasse de todo o coração e vivesse com ele em eterna bem-aventurança, louvando-o e glorificando-o.

P.7. De onde vem, então, esta corrupção da natureza humana?

Da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no Jardim do Éden; pelo que a nossa vida humana foi de tal modo envenenada que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado.

P.8. Mas somos nós de tal forma pervertidos que nos tornamos totalmente incapazes de praticar o bem e inclinados ao mal?

Sim, se não nascermos de novo pelo Espírito de Deus.

P.9. Não é Deus injusto exigindo do homem, em sua Lei, aquilo que ele não pode praticar?

Não, pois Deus criou o homem de tal forma que ele poderia ter feito isso. Mas o homem, sob a instigação do Diabo, por desobediência deliberada, defraudou-se desses dons a si mesmo e a todos os seus descendentes.

P.10. Permite Deus que fique impune tal desobediência e apostasia do homem?

Certamente que não, pois a ira de Deus se revela do céu, tanto contra os nossos pecados originais, como contra os nossos pecados atuais, e ele os punirá segundo o seu justo juízo no tempo e na eternidade, como declarou: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da Lei, para praticá-las”.

P. 11. Não é Deus também misericordioso?

Deus na verdade é misericordioso, mas é também justo. É sua justiça que exige que o pecado cometido contra a suprema majestade de Deus tenha a punição máxima, isto é, o castigo eterno do corpo e da alma.

Parte II

Da Redenção do Homem

P. 12. Desde então, que pelo justo juízo de Deus viemos a merecer castigo temporal e eterno, como podemos escapar desse castigo e retornar à graça e reconcilar-nos com Deus?

Deus quer que a sua justiça seja satisfeita; portanto, ou por nós mesmos ou por outrem importa que se dê satisfação plena à sua justiça.

P.13. Mas podemos nós, por nós mesmos, dar essa satisfação?

De modo nenhum. Pelo contrário, aumentamos o nosso débito a cada dia.

P. 14. E pode qualquer simples criatura dar por nós tal satisfação?

Nenhuma. Antes de mais nada, Deus não quer punir nenhuma outra criatura pelo débito do homem. Além disso, nenhuma simples criatura pode suportar o peso da ira eterna de Deus contra o pecado e dela livrar os outros.

P. 15. Então, que espécie de mediador e redentor devemos buscar?

Alguém que seja verdadeiro homem e homem justo, e, contudo, mais poderoso que todas as criaturas, isto é, alguém que seja, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus.

P. 16. Por que deve ele ser verdadeiro homem e homem justo?

Porque a justiça de Deus exige que a natureza humana que pecou pague pelo pecado, mas o homem, que é pecador, não pode pagar por outros.

P.17. Por que deve ser ele Deus ao mesmo tempo?

Para que assim, pelo poder da sua divindade, possa suportar, como homem, o peso da ira de Deus e recuperar por nós e restaurar para nós a justiça e a vida perdidas.

P. 18. Quem é esse mediador, que é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem e homem justo?

Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos é dado livremente para total redenção e justiça.

P. 19. De onde sabes isto?

Do Santo Evangelho, que o próprio Deus revelou no princípio no jardim do Éden, depois proclamou por meio dos santos patriarcas e profetas, prefigurou através de sacrifícios e outras cerimônias da Lei, e finalmente cumpriu por meio do seu próprio Filho bem-amado.

P. 20. Serão então todos os homens salvos por meio de Cristo, como eles se perderam em Adão?

Não. Somente aqueles que, pela verdadeira fé, são incorporados a ele e aceitam todos os seus

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