Jogos Pedagógicos No Ensino Da língua Portuguesa
Exames: Jogos Pedagógicos No Ensino Da língua Portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Cristiane88 • 18/3/2015 • 3.108 Palavras (13 Páginas) • 494 Visualizações
Resumo do Projeto:
Entendemos ser a escola um espaço de multiplicidades, onde diferentes valores, experiências, concepções, culturas, crenças e relações sociais se misturam e fazem parte do cotidiano escolar numa rica e complexa estrutura do conhecimento humano.
Partindo dessa idéia sentimos a necessidade de realizar uma pesquisa que envolvesse fatores de suma importância para o desenvolvimento das capacidades e habilidades dos educandos, a relação do eu – outro no cotidiano escolar colocando a frente os processos cognitivos necessários para essa interação de afetividade no espaço escolar, e consequentemente para analisar a capacidade e poder oferecer resultados que afirmem que essas relações são importantes para a participação e desenvolvimento das atividades escolares do aluno denotando a necessidade do professor aproximar-se do seu educando numa interação singular para o desenvolvimento do sujeito como produto do meio social e cultural, constituindo assim a própria historia do sujeito.
INTRODUÇÃO
A descrença de que a escola possa constituir-se num espaço de construção de conhecimento, de alegria, de formação de pessoas conscientes, participativas e solidárias, tem recrudescido. Os sentimentos em relação a ela tem sido de desilusão, desencontros e impotência diante de inúmeros problemas cotidianos e das atividades relacionadas ao ensino no ambiente escolar. Essa observação se deu em várias instituições escolares. Dentre as instituições observadas, escolhemos o Centro Educacional Maria Olindina, situado num bairro de classe popular na cidade de Juazeiro-Ba para a aplicação das atividades direcionadas ao projeto.
As observações foram feitas em quatro turmas, sendo duas de 7º e duas de 8º anos, no ano letivo de 2007. Oriundos de classe popular, os alunos encontravam-se numa faixa etária de 12 a 17 anos. Apresentavam pouco interesse pelos conteúdos escolares, usavam sempre a fala, tinham uma boa freqüência, porém muitos deles não permaneciam em sala de aula, e isso era visível quando nas atividades que compreendiam elaboração e produções de textos que envolvessem a escrita, a freqüência se tornava irregular.
A escola pesquisada atendia naquele ano uma proporção de 800 alunos e mantinham turmas desde a educação infantil ao ensino médio. Contava com um quadro reduzido de pessoal na equipe pedagógica, apenas um coordenador que se aliava à direção da Escola para melhoria das atividades ali desenvolvidas. Nesse sentido as atividades se tornavam mais difíceis, pois não existiam muita reflexão e articulação no tocante as atividades pedagógicas.
A principio foram feitas visitas e observações no ambiente escolar, quando optamos colocar em prática o projeto de pesquisa–ação, que seria fruto para nossos estudos para seleção de mestrado, já que o grupo envolvido no mesmo, tem a afetividade e suas relações com o ensino aprendizagem como sua linha de pesquisa. Envolvemos toda a comunidade escolar nas observações, análises e aplicação das atividades.
Vygotsky (1994), ao destacar a importância das interações sociais, traz a idéia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Portanto, é a partir de sua inserção na cultura que a criança, através da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo. Apropriando-se das práticas culturalmente estabelecidas, ela vai evoluindo das formas elementares de pensamento para formas mais abstratas, que a ajudarão a conhecer e controlar a realidade. Nesse sentido, Vygotsky destaca ainda a importância do outro não só no processo de construção do conhecimento, mas também de constituição do próprio sujeito e de suas formas de agir.
Baseando-se numa perspectiva teórica fundamentalmente social, a partir de Vygotsky defende-se que a afetividade que se manifesta na relação professor-aluno constitui-se elemento inseparável do processo de construção do conhecimento. Além disso, a qualidade da interação pedagógica vai conferir um sentido afetivo para o objeto de conhecimento, a partir das experiências vividas.
Considerando que o processo de aprendizagem ocorre em decorrência de interações entre as pessoas, a partir de uma relação vincular, e é, portanto através do outro que o indivíduo adquire novas formas de pensar e agir e, dessa forma apropria-se ou constrói novos conhecimentos.
Destarte aqui para o ambiente em sala de aula que estavam inseridos em nossos propósitos de pesquisa, os processos relativos à afetividade. Falamos toda a escola por entendemos que as dificuldades com a aprendizagem não são responsabilidade apenas do professor de língua portuguesa, mas de todas as disciplinas que compõem o currículo escolar.
Definimos que o estudo seria direcionado ao segundo segmento do Ensino Fundamental, 6º ao 9º ano, por sentirmos que nesse período as discussões com relação à afetividade não eram presentes em sala de aula.
Outro fator preponderante se constituiu no publico alvo, adolescentes, alvo de mudanças e permanentes conflitos. Assim definimos por uma escola publica estadual que recebe anualmente alunos oriundos de diversos bairros, caracterizando assim multiplicidades favoráveis à pesquisa.
Direcionamos as atividades para o campo da produção textual por percebemos a grande dificuldade na operacionalização das tarefas. No primeiro momento em questionários aplicado, um dos itens que mais chamou a atenção dos pesquisadores, foi o item afetividade que transportava para as dificuldades apresentadas pelos alunos nas atividades de leitura e escrita, mais ainda no tocante a escrita. Era visível também a exposição dos entrevistados, quando sempre configuravam em suas respostas a falta de carinho, de atenção desde a relação com seus familiares, amigos e no ambiente da própria escola.
Destarte para as relações aluno professor que estavam desgastadas e sem uma interação que envolvesse os sentimentos, e essas relações dificultavam em parte o processo da aprendizagem do aluno e trazia desmotivação no professor, que diante da apatia do aluno, esquecia-se dele próprio enquanto sujeito formador e construtor de opiniões.
Vivenciamos em todo o período a complexidade que identificava o ambiente escolar em todas as suas vertentes e que retratavam os sujeitos que faziam parte desse cenário, sendo de grande significância para nosso trabalho.
3.1 – OBJETIVO
Aplicamos toda a pesquisa objetivando analisar as interações em sala de aula entre professores e alunos e buscando
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