Lisbela E O Prisioneiro - Teatro
Trabalho Escolar: Lisbela E O Prisioneiro - Teatro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Michelle123Ramos • 5/3/2015 • 4.004 Palavras (17 Páginas) • 1.001 Visualizações
Cinema :
cena 1 , parte 1
Lisbela: Muito longe, termina distraindo, (mudam de poltrona)
Lisbela: Perto demais! Tem que ficar bulindo os olhos pra ver a cena, (mudam de poltrona)
Lisbela: A gente tem que sentar numa distância certa da tela.
Carioca: Aqui tá beleza?
Lisbela: Não , um tiquinho mais pra lá .... Aqui
Carioca: Mas porque aqui?
Lisbela: Porque aqui na frente tem dois casais e no meio deles um lugar vazio. Pouca gente vem ao cinema sozinho, aí vai ficar essa brecha aqui na frente.
Carioca: Mas na minha frente ficou o maior cabeção aí.
Lisbela: Quando começar ela vai arriando na cadeira, cê vai ver!
Carioca: Lisbela, tú é escoladona em assistir filme em .
Lisbela: Shhh!
Carioca: Pô mas nem começou nada ainda!
Lisbela: Mermo assim! Antes do filme se fala baixinho.
Carioca: Parece que a gente tá rezando aí.
Lisbela: Eu adoro essa parte. A luz vai se apagando, devargazinho. O mundo lá fora vai se apagando, devargazinho. Os olhos da gente vão se abrindo daqui a pouco a gente num vai nem mais lembrar que ta aqui .
Carioca: Pô! É preto e branco aí.
Lisbela: Eu acho bonito
Carioca: Atrasado de montão, aí . Lá no rio de janeiro só passa filme colorido ... Que tipo de história vai ser?
Lisbela: Comédia romântica com aventura . Tem um mocinho namorador que nunca se apaixou por ninguém até conhecer a mocinha. Tem um bandido que quer matar o mocinho. Tem uma mulher que também quer o mocinho mas ele não quer nada com ela. E também mais uma ruma de personagem que vão ficar fazendo graça.
Carioca: Cê já viu?
Lisbela: Não . Mas é sempre assim.
Carioca: Qual é a graça?
Lisbela: A graça não é saber o que acontece . É sim saber como acontece e quando acontece , a gente vai conhecer um monte de pessoas novas. Um monte de problemas que a gente não pode resolver que só eles podem . Vamos ver como . E quando . Está começando .
( saem de cena)
(Praça)
1 cena , parte 2
Leléu: O que eu trago aqui para vocês não é milagre nem macumba! A mercadoria que tenho a oferecer não cura todos os males mas sim o principal : O mal de amor! Mas se tomar o remédio que eu apresento a vocês vai ficar igualmente a um galo de raça . Agora eu vou botar a venda a mais nova invenção científica.
(praça , algumas horas depois)
Prazeres: Você tem diploma de salafrário né?
Leléu: Tenho ... Mas é falsificado.
Prazeres: Gaiato . Sua garrafada não serviu de nada viu ? Dei o frasco todinho e meu marido continua lá derrubado todo mole acabado.
Leléu: Pronto , é que pra marido tem que ser mais concentrado né... E o seu remédio eu misturei com água que é pra ter o gosto de lhe ver de novo.
Prazeres: E como é que fica meu prejuízo?
Leléu: E a senhora quer o seu dinheiro de volta ou satisfação garantida?
Prazeres: Olhe aqui eu não lhe dei ousadia viu ? E eu lá lhe conheço ?
Leléu: Manoel Felício! Mais conhecido como mané gostoso ... E olhe que eu não ganhei esse apelido de graça.
Prazeres: Porque é todo propagandista e mentiroso?
Leléu: É nada!
Prazeres: É sim!
Leléu: Eu prometo te indenizar pelo tempo desperdiçado , pelo dinheiro gasto e pelas esperanças perdidas.
Prazeres: Se depender do seu xarope.
Leléu: E eu lá preciso disso? Dona ?
Mulher 1: Prazeres
Mulher 2: Tônia
Mulher 3: Marilda
Mulher 4: Prazeres
Leléu: Vixe de novo é?
Prazeres: E então? É por isso que meu nome é no plural!
Leléu: E isso lá é nome? Isso é um reclame do seu produto .
Prazeres: Já vai embora meu nego?
Leléu: Viver é que nem andar de bicicleta, dona , se parar cai !
Prazeres: Porque você não me leva contigo?
Leléu: Eu já te carrego aqui dentro do meu coração.
(saem de cena)
(Casa do matador)
cena 1 , parte 3
Leléu: (Abaixando o ziper do vestido de Inaura) , tava treinando pra não fazer feio quando chegasse na frente de uma belezura com seu encanto, dona Inaura.
Inaura: Cê deu sorte que meu marido foi pro serviço.
Leléu: A senhora não me disse que era casada.
Inaura: Oxe num conhece ele não é ?Ele é tão famoso
Leléu: Já sei ele é artista
Inaura: Não , ele é matador
Leléu: (fecha o zíper de Inaura)
Inaura: Frederico Evandro
Leléu:
...