Livro - Simples Cliche
Casos: Livro - Simples Cliche. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: manuhhfernandes • 10/5/2014 • 3.667 Palavras (15 Páginas) • 298 Visualizações
Agradecimentos
A Gabreella, pois sem suas idéias essa obra, teria sido mais um texto não terminado, jogado em uma caixa qualquer, com outro tantos em cima.
A minha madrinha por ter aturado meu mal-humor por não ter idéias, suficientes, e outras tantas coisas que fez por mim.
Obrigado também a Janaina, minha pequena vizinha de dois anos e meio, e a Eduardo, ex-namorado de minha amiga. Por me emprestar seus nomes, espero que não se importem.
Introdução
Essa história é sobre a Jana e o Edu. A Jana que tem 21 anos, e o Edu que tem 20. Se eles ainda tivessem dezesseis e quinze, essa história seria sobre a Jenny, porque a Jana com 15 anos era fã de The O.C. e achava que Jenny era um apelido cool – ela realmente acreditava que Jenny era a tradução de Jana pro inglês. Também seria a história do Dudu, que detestava todos os caras do colégio porque eles só gostavam de futebol, só falavam sobre futebol e ainda colecionavam figurinhas de jogadores de futebol. O Dudu andava só com as meninas, o que levava todos os caras do colégio a pensar que ele era gay, mas ele não era, e continua não sendo. Bom, na verdade se eles tivessem dezesseis e quinze, não haveria história sobre a Jana e sobre o Edu, porque eles ainda não se conheciam, então não teriam história pra contar. Quando a Jana encontrou o Edu, tudo mudou. E quando o Edu encontrou a Jana, tudo mudou também. Mas por enquanto, deixa isso pra lá ...
Jana
A Jana quer ser cineasta, mas de vez em quando ela também quer ser astrônoma, bióloga marinha e planeja desenhar uma coleção de roupas em um futuro breve. Se der certo, ela vai abrir uma loja online, que poderá ser administrada enquanto ela estiver viajando à trabalho pra Austrália pra fazer seu documentário sobre leões marinhos que só se reproduzem durante as fases de Lua Nova. A Jana adora ser chamada de Jana, porque de repente os nomes brasileiros ficaram muito mais legais do que os gringos, e ela se orgulha disso em segredo, se sente uma indígena, de espírito livre, pelada tomando banho de cachoeira no meio da floresta há 500 anos atrás, ao som de Nem um Dia, antes de Pedro Álvares Cabral chegar e estragar tudo.
Ela diz que odeia o Facebook porque agora ele tá orkutizado, mas mesmo assim passa o dia todo lendo o monte de porcarias que as pessoas postam, e odeia especialmente aquelas fotos ridículas que dizem “se você ama Jesus, compartilhe essa foto” – como se Jesus tivesse tempo pra ficar no Facebook. A Jana tem vontade de jogar o notebook na cara dessas pessoas que acabaram com o Facebook, que publicam montagens toscas de
Edu
O Edu é tipo um lenhador que vive na cidade. Ele não gosta muito de viver na cidade, mas vive pra ganhar dinheiro e ir embora pro interior. O Edu fica meio chateado de ter que comprar carne no supermercado, porque ele queria caçar seu próprio alimento e plantar suas próprias batatas. Quando o Edu ainda era o Dudu, ele se meteu em uma briga com os moleques do colégio e ganhou uma cicatriz no olho. Os pais do Dudu eram caretões conservadores e acharam melhor tirar o Dudu do colégio, porque não queriam que o filho fosse criado em um ambiente opressivo e violento. Aí o Dudu começou a ter aulas particulares com um professor francês modernista que colocou essas coisas na cabeça dele. E aí o Dudu virou o Edu, que agora é designer, fotógrafo e barbudo. Tipo um lenhador que vive na cidade.
Ele não curte muito a internet porque acha que o mundo é bem mais interessante ao vivo. Usa o Facebook só pra trabalho, mas se ele encontrasse um serviço de pombo correio rápido e eficiente pra se comunicar com o mundo exterior, largaria o Facebook na hora. O Edu é bem ocupado e faz trabalhos de design e fotografia pra empresas gigantescas e milionárias, mas odeia tudo que os clientes pedem pra ele fazer, porque ele queria estar pintando quadros ultra realistas e desenvolvendo novas técnicas de desenho na sua casa do interior, enquanto o João faz companhia para ele. João é o labrador do Edu, que
animais mutilados, músicas toscas cantadas por pessoas mais toscas ainda, frases toscas do Caio F. Abreu, fotos toscas com pessoas toscas fazendo coisas toscas, e mais infinitas coisas toscas. Mas ela não joga porque não pode comprar outro, e sem notebook ela não pode ter loja online, nem pesquisar cursos de astronomia e muito menos editar seu futuro documentário sobre leões marinhos. Que na verdade, é uma idéia meio tosca.
chama João porque o Edu considera os animais muito mais humanos do que os próprios humanos, então deu um nome humano pro seu cachorro.
Motivos
A Jana e o Edu moram juntos em um apartamento na Bela Cintra, em São Paulo. Eles são meio que namorados, mas essa palavra nunca é usada porque dá arrepios na Jana, já que ela acha que é praticante do poliamor – mas desde que ela começou a morar com o Edu, não ficou com nenhum outro cara, o que certamente não diz respeito às meninas que a Jana de vez em quando chama pra ir em casa. A Jana gosta muito do Edu, mas não acredita em monogamia, o que não incomoda o Edu. Na verdade, ele adora ter a Jana por perto, porque o jeito dela faz ele lembrar que conseguiu se livrar de toda a chatice que os pais o obrigavam a aguentar. Os pais do Edu têm muita grana, mas ele nunca ligou muito pra isso. Quando fez 18 anos, foi embora do Rio de Janeiro, que é onde os pais moram, e veio viver em São Paulo. Desde os dezesseis ele já gostava de desenhar e já fazia trabalhos pra algumas empresas de pequeno porte, e assim foi juntando sua própria grana pra poder ir embora de casa – por mais que os pais insistissem em presenteá-lo com um apartamento de 180m² na Vila Nova Conceição.
Buenos Aires
A Jana tem cabelo castanho e usa franjinha, porque faz ela se lembrar da mãe, que cortou a franjinha da Jana pela primeira vez quando ela tinha 5 anos. A mãe da Jana fugiu de casa quando ela tinha acabado de completar dezessete, o que fez a Jana enlouquecer por um tempo. Ela não voltou pra casa depois da escola em um dia desses, porque pegou um ônibus e foi pra Buenos Aires pra tentar esquecer do que a mãe havia feito.
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