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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

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Por:   •  15/11/2013  •  2.162 Palavras (9 Páginas)  •  362 Visualizações

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Anápolis – GO

Ago./2013

INTRODUÇÃO

Muitas pessoas acreditam que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é o português nas mãos, na qual os sinais substituem as palavras. Outras pensam que é linguagem como a linguagem das abelhas ou do corpo. Muitas pensam que são somente gestos iguais ao das línguas orais. Entre as pessoas que acreditam que é uma língua, há algumas que creem que é limitada e expressa apenas informações concretas e que não é capaz de transmitir ideias abstratas.

Pesquisas sobre LIBRAS vêm sendo desenvolvidas, mostrando que, esta língua é comparável em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Esta língua não é uma forma do português; ao contrário, tem suas próprias estruturas gramaticais, que deve ser aprendida do mesmo modo que outras línguas. A LIBRAS difere das línguas orais por utilizar outro canal comunicativo, isto é, a visão em vez da audição. A LIBRAS é capaz de expressar ideias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda, etc. A LIBRAS pode expressar poesia e humor. Como outras línguas, a LIBRAS aumenta o vocabulário com novos sinais introduzidos pela comunidade surda em resposta à mudança cultural e tecnológica. (Quadros e Karnopp, 2004)

A LIBRAS não é universal. Assim como as pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo usam línguas de sinais diferentes.

A LIBRAS foi criada e desenvolvida por surdos do Brasil para a comunicação entre eles e existe há tanto tempo quanto a existência das comunidades de surdos. A maior divulgação da língua de sinais no Brasil começou quando foi fundado o Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES) em 1857, chamada, então, de mímica. Sendo o INES a primeira escola para surdos por muitos anos; funcionando em regime de internato, recebia alunos de todas as regiões do Brasil, os quais, ao voltarem para suas cidades, nas férias, difundiam essa língua por todo país. Assim, a LIBRAS difere da língua de sinais de Portugal. Como havia professor que dominava a Língua de Sinais Francesa no INES, na sua fundação, a LIBRAS hoje traz um pouco das características desta língua de sinais francesa e difere da língua de sinais de Portugal, embora os dois países, Brasil e Portugal tenham historicamente dividido a mesma língua oral.

A partir do Congresso em Milão, Itália, em 1880, a filosofia educacional começou a mudar na Europa e, consequentemente, em todo mundo. O método combinado que utilizava tanto sinais como o treinamento em língua oral foi substituído em muitas escolas pelo método oral puro, o oralismo. Muitas pessoas acreditavam que a única forma possível para que as crianças surdas se integrassem ao mundo dos ouvintes seria falar e ler os lábios. E assim muitas escolas passaram a insistir com os alunos surdos para que entendessem a língua oral e aprendessem a falar. Os professores surdos já existentes nas escolas, naquela época, foram afastados, e os alunos desestimulados a usarem a língua de sinais (mímica), tanto dentro quanto fora da sala de aula. Era comum a prática de amarrar as mãos das crianças para impedi-las de fazer sinais. Isso aconteceu também no Brasil. Mas apesar dessas tentativas de desestimular o uso da língua de sinais, a LIBRAS continuou sendo a língua preferida da comunidade surda. Os surdos, quando viram que o uso de sinais estava proibido, reconheceram e consideram a LIBRAS como sua língua natural, a qual reflete valores culturais e guarda suas tradições e heranças vivas.

Libras e o seu surgimento

O Instituto dos Surdos-Mudos, hoje, Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES) foi a primeira escola para surdos no Brasil, fundada em 1857. Foi a partir deste, com a miscigenação da antiga língua de sinais brasileira com a Língua de Sinais Francesa, que, definitivamente, nasceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Por ser a única instituição para surdos no país e no continente, o INES foi muito procurado por brasileiros e estrangeiros, virando referencia na educação, socialização e profissionalização de surdos.

No entanto, em 1880, houve em Milão um Congresso que proibiu a Língua de Sinais (gestual), achou-se por melhor adotar a oralização julgando que esta seria de melhor valia para a educação e o aprendizado dos surdos. Muitos surdos e professores criticaram tal ação, pois legitimavam a comunicação sinalizada.

Através de diversos movimentos e muita pesquisa na área, foi legitimada como Língua a comunicação gestual entre surdos. Foi apenas no fim do século XX que os movimentos se intensificaram querendo a oficialização da Língua Brasileira de Sinais (Libras), em 1993 o projeto de lei entrou na longa batalha para a regulamentação da Libras no país.

Apenas no ano de 2002 a Língua Brasileira de Sinais foi oficialmente reconhecida e aceita como segunda língua oficial brasileira, através da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Mesmo com um andamento lento o progresso para a cultura Surda acontece. O século XXI começou e fez a LIBRAS realmente avançar. Em 2005, através do decreto 5.626 a Língua brasileira de sinais foi regulamentada como disciplina curricular. Já em 2007, a estrutura de LÍNGUA foi aplicada a Libras, já que ela é uma língua nata e possui complexidades próprias e comunicação eficaz. Em 2010 foi regulamentada a profissão de Tradutor\ Interprete de Libras, simbolizando mais uma grande conquista.

É dever do Poder Publico garantir acesso e educação para surdos nas escolas regulares de ensino, garantindo seu aprendizado e progressão educacional.

O Universal nas línguas

Pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que estas línguas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam ideias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer poesias, estórias, teatro e humor.

Como toda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta à mudanças culturais e tecnológicas.

As línguas de sinais não são universal, cada língua de sinais tem sua própria estrutura gramatical

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