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O Alienista - Machado De Assis - Teatro

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Por:   •  3/2/2015  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  14.662 Visualizações

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ROTEIRO

O ALIENISTA – MACHADO DE ASSIS

(NARRADOR): Machado usa ironicamente o transparecer da visão de mente, fluindo entre a razão e loucura também questionam o papel destas linhas sobre o poder. Ser racional ou desequilibrado importa para conquistar respeito e soberania. Novamente, o pessimismo machadiano envolve sua narrativa, sendo que o próprio autor afirma ser do humano a graciosidade de parecer mal.

(NARRADOR): Simão Bacamarte era um médico renomeado em Portugal, Espanha e Brasil. Resolve mudar para sua cidade natal, Itaguaí, no Rio de Janeiro. Após seis anos, se casa com Dona Evarista, uma viúva de vinte e cinco anos, não era bonita, nem simpática, mas Simão achava que ela tinha muita saúde e podia ser mãe de filhos muito fortes.

(Slide com fotos do casamento)

(NARRADOR): O tempo passou, Dona Evarista não teve filhos e Simão se dedicou cada vez mais aos estudos.

(SIMÃO): Eu vim de Portugal para estudar loucos e coisas do tipo, para mim loucos são bajuladores, são vaidosos, são supersticiosos, para mim todo mundo é louco, todo mundo é louco, a cadeira é louca, a mesa é louca, é tudo louco, tudo louco. Vou estudar os loucos.

(NARRADOR): Em Itaguaí ninguém cuidava dos doentes mentais, então, com a ajuda do prefeito ele funda a Casa Verde, um hospício e abastece-o de cobaias humanas passando a internar todas as pessoas que julgue serem loucas.

(Durante a cena, o Simão se levanta para cumprimentar o prefeito e vão em direção à Casa Verde.)

(PREFEITO): Olá senhor Bacamarte!

(SIMÃO): Olá senhor prefeito, o que fazes aqui?

(PREFEITO): Eu venho lhe trazer a notícia que eu consegui um estabelecimento para suas pesquisas.

(SIMÃO): Pois fizestes muito bem.

(PREFEITO): Agora você pode concluir seus estudos.

(SIMÃO): Muito obrigado senhor prefeito. Você fez uma bela ação para um homem que precisa trabalhar em prol da sociedade.

(PREFEITO): Eu acredito nisto e aqui está.

(O prefeito mostra o estabelecimento)

(NARRADOR): Bacamarte então, começa suas perseguições com a intenção de prestar serviços à humanidade.

(Entra o padre Lopes.)

(PADRE): Simão, prefeito, tudo bem?

(SIMÃO E PREFEITO): Tudo bem senhor Padre.

(PADRE): Simão, você deveria passear um pouco, só sabe estudar e estudar. Vai acabar ficando louco com seus estudos.

(Os loucos entram brincando e fazendo baderna.)

(SIMÃO): Sabe Padre Lopes, os estudos aqui na Casa Verde estão progredindo muito, eu acho inclusive aqueles três ali estão com certo distúrbio mental e precisam ser internados.

(PREFEITO): Certamente, eles agem de forma estranha.

(SIMÃO): Eu acho que vou levá-los para a Casa Verde.

(Padre Lopes, Prefeito e Simão recolhem os loucos e os levam para a Casa Verde.)

(SIMÃO): Vocês receberão tratamento de... Muita qualidade.

(PADRE): Mas por que prendê-los assim senhor Bacamarte?

(SIMÃO): Eles estavam ameaçando a sociedade, inclusive o senhor, PREFEITO!

(PREFEITO): Mas eu? O que fiz?

(Sem responder Simão o prende.)

(NARRADOR): Os estudos de Bacamarte poderiam prosseguir agora e até Costa, um homem que vivia em dividas infelizes foi preso por incapacidade mental.

(FIGURANTE 1): Ah Costa, você apareceu na hora certa, e aí, tudo bem?

(COSTA): Tudo bom.

(FIGURANTE 1): Eu tava pensando se tu poderia me emprestar quinze réis.

(COSTA): Claro, ta aqui.

(FIGURANTE 1): Quinze réis, muito obrigado, Deus lhe pague.

(COSTA): Por que fui emprestar esse dinheiro? Tenho tantas contas para pagar, o que faço agora?

(Simão chega por trás.)

(SIMÃO): Você está com a síndrome da solidariedade meu filho.

(COSTA): Mas ela precisava desse dinheiro, ela precisava.

(SIMÃO): Não, não, não, você precisa ser internado.

(COSTA): Por quê?

(SIMÃO): Você, meu filho, não sabe ver o sim do dinheiro.

(COSTA): Fiz uma boa ação para a sociedade.

(SIMÃO): Vamos para a Casa Verde.

(NARRADOR): O mesmo acontece com Martim Brito.

(MARTIM BRITO): Eu já te falei pra sumir seu dragão, ta pensando o que? Tá louco? Saia! Agora!

(Martim fala isso empurrando figurante e este se retira.)

(SIMÃO): Calma senhor, Martim Brito é você? Você está confundindo pessoas com dragões, é isso?

(MARTIM BRITO): Eu só o chamei de dragão, e daí?

(SIMÃO): Você está confundindo pessoas, isso é uma doença.

(MARTIM BRITO): Não estou confundindo, estava chamando ele!

(Simão pega no braço de Martim e o leva para a Casa Verde.)

(NARRADOR): E até sua esposa, Dona Evarista é considerada louca.

(DONA EVARISTA): Amor me ajude, me olhe, qual dessas usar? Vou na festa hoje a noite e não sei qual dessas usar, me ajude, por favor, acho que vou ficar louca, todas são

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