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Fichamento do conto: O Alienista - Machado de Assis

Por:   •  12/4/2018  •  Resenha  •  632 Palavras (3 Páginas)  •  3.522 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Fichamento do conto O Alienista, de Machado de Assis

Adriana Guimarães

Trabalho da disciplina: História da Psiquiatria e

da Reforma Psiquiátrica,

                                                 Tutor: Prof. Cristiane de Carvalho Guimarães

Rio de Janeiro

2017

História da Psiquiatria e da Reforma Psiquiátrica

O Alienista, de Machado de Assis.

REFERÊNCIA: ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar 1994. V. II.

A obra O Alienista é um conto sobre a internação asilar dos doentes mentais na Vila de Itaguaí no século XIX. Onde o médico, Dr. Simão Bacamarte, desenvolverá seus  estudos sobre os limites entre a razão e a loucura.

O autor retrata o personagem do Dr. Simão Bacamarte, médico, casado com Dona Evarista, que após estudar em Coimbra e Pádua se estabelece na vila de Itaguaí para desenvolver suas teorias a respeito do tratamento da loucura, convencendo as autoridades e a população de que estudar este mal era tendência na Europa. Funda então, a “Casa Verde”, também chamada “Casa de Orates”, asilo onde se recolhiam os loucos da região. Segundo Dr. Bacamarte, “o principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal.” (p. 4).

A “Casa Verde” passa a ser vista então, como uma espécie de “cárcere privado” (p. 13), onde o Dr. Bacamarte recolhia todas as pessoas que, em sua opinião, não estavam em seu juízo perfeito. A cidade fica à revelia deste homem que resolve, por sua conta e risco, julgar quais eram os loucos da cidade e quais os sãos. “Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia” (p.10).

Desta forma, vai internando, um a um, inicialmente os verdadeiramente doentes que até então eram tratados e cuidados em casa pelos familiares. Aos poucos, resolve que os honestos e os justos eram também loucos. Chega ao ponto de internar quase toda a cidade. Porém a cidade teme a sua tirania e se rebela, pois “quem nos afirma que o alienado não é o alienista?” (p. 18).  

Por fim, o próprio médico conclui que possui todas as características que estuda em seus pacientes, “todas as qualidades enfim que podem formar um acabado mentecapto” (p.35). Com essa conclusão, interna-se em sua própria Instituição. “Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo” (p. 35).

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