O Caso da Vara

A história começa quando Damião foge de um seminário, pois decide que não deseja seguir o curso eclesiástico. Ele não podia contar com pai, pois não o apoiaria. Sem onde ficar, ele busca a ajuda de uma senhora viúva (Sinhá Rita) que tem um relacionamento com seu padrinho, João Carneiro - onde ele também não pode o abrigar, pois foi quem o levou para o seminário.

Damião chega a casa de Sinhá Rita, e pede a compaixão dela e o abrigar. Ela o deixa ficar em sua casa, e o ajuda no caso de contar ao seu padrinho e o pai que não possui a vocação eclesiástica.

A senhora manda um recado ao seu compadre, por um escravo.

Durante sua curta estadia, os dois começam uma conversa bem animada e que causa a risada de todos. Ela possui, em sua casa, uma oficina de costura e bordado - as obras são feitas por jovens escravas, e é bastante rígida com elas. Principalmente com Lucrécia, uma menina de onze anos. Nesse momento de descontração, a anciã repreende a menina e a avisa: termine o trabalho ou levará uma surra de vara. Ela volta ao trabalho, mas sempre atenta a tudo. Damião se encantou pela menina, chegando a pensar em apadrinhá-la para não precisar mais sofrer.

João Carneiro chegou, e se assustou quando viu seu afilhado lá. Dona Sinhá cobra de seu companheiro uma solução. Eles discutem entre si, com ele discordando e ela exigindo ajuda. Logo, a senhora surge com a ideia de levar tudo a tona, com forma de grande escândalo, e ele promete voltar com uma resposta.

O dia passa, e o jovem espera ansioso a resposta de Carneiro. Nisso, chegam vizinhas para tomar um chá da tarde. Elas passam o fim de tarde lá, tornando o clima agradável, que fez Damião esquecer um pouco o que estava acontecendo, ou o que estava para acontecer.

Logo, chega a resposta e ela não é tão agradável. Nela dizia que não foi conseguido solucionar o problema. Dona Sinhá responde que: ou teria uma resposta positiva, ou deixaria de ser amiga dele.

Chegando a noite, a senhora vai recolher o trabalho das suas escravas. Todas terminaram com destreza, menos a Lucrécia. Dona Sinhá briga com ela, a puxa ela orelha e a leva para apanhar. Enquanto a menina pedia clemencia ao Damião, a anciã o pedia para alcançar a vara.

Ele fica em um grande dilema, mas para se ajudar, decide pegar a vara.

2. Análise da Obra

O Caso da Vara é um conto curto, que retrata a realidade do Brasil do século XIX com a escravidão e como as pessoas podem ser gananciosas e impiedosas em relação aos seus interesses, de modo que é visto com Damião e Lucrécia.

Ambiente

O ambiente retratado na história foi apenas a casa da Sinhá Rita e também é citado a casa onde Damião vivia enquanto fazia seu seminário, porém não é retratada nenhuma característica do mesmo

A casa da Sinhá Rita: Na sala tinham escravas que confeccionavam almofadas de renda bordadas, local onde também é cenário de inúmeras agressões, físicas e verbais, a menina Lucrécia e a impiedosa escolha de Damião para salvar-se.

Personagens

Damião: Personagem principal; Foge de um seminário pois não aceita ser padre, assim como seu pai ordenou; Jovem egoísta, que para se beneficiar acaba deixando a pequena Lucrécia apanhar.

Sinhá Rita: Senhora viúva de acordo com o livro, possui: “quarenta anos com olhos de vinte e sete, apessoada, viva, patusca, mas quando convinha era brava e firme como o diabo”; Acaba abrigando Damião, em sua casa; ensina costura e bordado para suas escravas, como renda dela. Batia em suas escravas como punição de serviço mal feito; Conhecida de João Carneiro, com que deixa dúvidas durante a história se possuem um