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O Homem e a Natureza

Por:   •  23/6/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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O Homem e a Natureza. Uma relação sustentável?

A relação entre o Homem e a Natureza é algo complexa e muitas das vezes encarada como adversa. É um facto que o Homem utiliza os recursos naturais como forma de obter o crescimento económico. No entanto, sabe-se que crescimento económico não é sinónimo de desenvolvimento.

No início da humanidade, o ser humano, nómada, utilizava os recursos naturais de um determinado local conforme as suas necessidades e quando estes esgotavam naquele lugar, mudava-se. O Homem não possuía pois, um território fixo, e o espaço que ocupava era apenas um local no qual se consumiam os recursos naturais enquanto existentes. Este local não era ainda considerado como um “lugar” vivido e sentido, não havia, portanto, ainda, uma relação entre ele e o Homem. Percebemos assim, que nos primórdios da Humanidade esse “lugar” ainda não havia sido construído e as relações sociais eram as mais básicas e primitivas possíveis.

Com o surgimento da agricultura, o ser humano foi aprendendo a entender os ciclos da natureza e a conviver em comunidade. Aprendeu a produzir e como tal já não extraía apenas o que seria utilizado imediatamente. Aprendeu a armazenar e a planear o futuro. O ser humano adquiriu a capacidade de analisar situações atuais, e de imaginar aquilo que ainda não foi vivido para manipular a realidade. As pessoas começaram a organizar-se em grupos tornando-se comunidades, civilizações, povos e nações, formaram-se redes de relações humanas, construindo aos poucos a sua própria identidade. Finalmente, esses grupos encontraram o seu próprio lugar e permaneceram nele. É neste momento da evolução humana que surge a ideia de que os recursos naturais se tornaram bens infinitos. Assim, a utilização indiscriminada dos mesmos tornou o ser humano causador de grandes impactos ambientais, gerando o desequilíbrio na cadeia da vida e consequentemente, causando o colapso.

O desequilíbrio ambiental causado pelo homem provocou a extinção de espécies e até mesmo a dizimação de populações. Este desequilíbrio passa pela destruição de habitats; atividades como caça ou pesca em larga escala; introdução de elementos patogénicos; poluição; extermínio decorrente de extinções anteriores ou extinção em cascata. Perante estas ameaças, a biodiversidade planetária tem sido colocada em risco. De facto, a exploração dos recursos de forma acelerada provoca a perda da biodiversidade e, consequentemente, a longo prazo, a perda da qualidade de vida. Assim, numa tentativa de valorização da pessoa humana, surge o conceito de Desenvolvimento. Este conceito visa a promoção da vida e satisfação plena das necessidades fundamentais da comunidade. Mas, para que haja efetiva qualidade de vida deve haver equilíbrio na utilização dos recursos, principalmente os naturais, para que a cadeia não se rompa e mantenha o seu fluxo contínuo. É aqui que cabe o conceito de sustentabilidade.

Numa perspetiva exclusivamente económica e egoísta, a contínua e crescente pressão exercida pelo homem sobre os recursos naturais, visa apenas os benefícios imediatos das suas ações, privilegiando o crescimento económico a qualquer custo e relegando, para segundo plano, a capacidade de recuperação dos ecossistemas. Com isto, observa-se que o crescimento económico desacertado, além de causar danos ao meio ambiente, não promoverá o desenvolvimento pois, do ponto de vista global, conclui-se que os recursos necessários para a recuperação do ecossistema tornarão este crescimento económico inviável.

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