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O Michael Foucault

Por:   •  15/5/2019  •  Bibliografia  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  190 Visualizações

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“O aro da culpabilidade é o primeiro dos grandes nos quais a era clássica irá fechar a loucura.”

Filósofo Frances que vivenciou o século dezenove, conhecido como o pai da psiquiatria. Michel Foucault nasceu dia 15 de outubro de 1926 e morreu em 1984, Foucault foi autor das obras: História da Violência nas Prisões, Vigiar e Punir, História da Loucura. Considerado um dos maiores responsáveis pelo atual conhecimento da psiquiatria.

Sua principal obra, História da Loucura, procurou retratar os conceitos da loucura pelo decorrer dos séculos. Dividindo o livro em quatro períodos:

- Idade Média: Os lunáticos vagavam, sendo admirados como pessoas abençoadas, capazes de conversar com divindades.

- Renascimento: A busca pelo saber pleno traz a loucura aos homens, o saber está acima de tudo, à busca pela razão leva à insanidade.

- Idade Clássica: Descartes foi uma das principais pessoas da época. Chegou à conclusão de que a loucura levava o homem ao erro. O verdadeiro e racional foi separado do errado e falso. A loucura passou a ser apagada do lado filosófico e levada ao lado institucional. Assim os loucos perderam o direito de conhecer 'a verdade'.

- Fim da Idade Clássica: Surgem as revoltas contra o aprisionamento dos loucos. Essa prisão é vista como uma barbaridade e ato desumano, pois ser louco não era um crime. Era uma doença. Os afetados por ela não tinham culpa alguma era humana como todos e tinham sentimentos. Os loucos foram libertos e levados a médicos que cuidavam deles. Assim o louco tornou-se objeto de estudos.

Em seu livro Foucault buscou mostrar as transições de tempo e as mudanças no significado da loucura, procurando esclarecer o conhecimento do momento em que os loucos começaram a ser vistos de outra forma, o momento em que o pensamento de humanidade sobre eles surgiu.

Ele inicia seu livro falando sobre a lepra e sua disseminação ao decorrer das Cruzadas. Partindo para o Oriente, os cruzados contraíam a doença, que se espalhou rapidamente por grande parte da Europa. Diversos estabelecimentos foram abertos para abrigar a grande quantia de pessoas. Logo, a realeza tomou conta dos bens das pessoas que eram contaminadas e a renda obtida era usada desde os cuidados médicos a soldados até a alimentação de homens pobres. O ser que adquiria a lepra era logo excluído da sociedade, e então surgiu uma contradição a respeito de como a igreja os tratava, pois, de acordo com os religiosos, a lepra era uma manifestação de Deus. Com o fim da lepra, a estrutura, onde o leproso ficava, prosseguiu conhecida sempre como um lugar de exclusão e para onde outros, excluídos, eram levados. Outras doenças surgem e os doentes são levados aos locais que serviram como hospitais para os leprosos, porém, à medida que as doenças se multiplicam, foi preciso que aumentassem as estruturas desses locais, tornando-os mais espaçosos e logo construindo outros. Para a história, essas doenças não têm tanta importância como a lepra e a loucura tiveram. Conclui-se que, essas doenças venéreas, a lepra e a loucura são significados de exclusão, representando os excluídos da sociedade que necessitam com grande urgência desaparecer da visão de pessoas normais. Carrega deste modo, sempre esse estigma - a marca da discriminação, da exclusão.

Na Renascença, os loucos eram colocados em barcos e navios que os levavam para longe de suas cidades natais, onde iniciavam sua busca pela razão. Existiam embarcações especiais para eles e quando chegavam ao seu destino, eram na maioria vezes rejeitados pelos moradores. Existiam locais especiais para recebê-los. Havia uma peregrinação dos loucos, quando acolhidos pelas cidades, eram presos, mas quando insanos chicoteados publicamente e expulsos. Apesar de não poderem ir á igreja, podiam receber orações fora dela. O fato de o louco ser levado para outros locais por meio da água mostrava o suposto efeito purificador da água, famoso naquela época. “A navegação entrega o homem á incerteza da sorte. Nela, cada um é confinado o seu próprio destino.” (Foucault, 1972, p.16) O mar passa também a significar a prisão, a distância esmagadora que separa os loucos de sua terra natal.

A denúncia da loucura torna-se a forma geral da critica. Nas farsas e nas sortias, o personagem do Louco, da Simplória, ou do Bobo assume cada vez maior importância. Ele já não é mais, marginalmente, a silhueta ridícula e familiar. (Foucault, 1972, p.18 e 19).

As guerras e as pestes da segunda metade do século XV fazem com que a loucura seja compreendida como um saber obscuro que esconde segredos e, por isso, deve ser mais bem desvendada. Nesse mesmo século, a loucura aparece como sátira moral na literatura e filosofia. Assim a loucura ganhou um momentâneo espaço. A loucura até o fim do século XVIII teve sua existência relacionada à razão, vista até como uma forma de manifestação, a loucura levava a sabedoria e os ditos sábios começavam a tomar consciência da loucura.

Após abandonar os vilarejos, os loucos passaram a serem relacionadas

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