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O USO DA TECNOLOGIA E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DURANTE A PANDEMIA

Por:   •  9/7/2022  •  Seminário  •  4.649 Palavras (19 Páginas)  •  136 Visualizações

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O USO DA TECNOLOGIA E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DURANTE A PANDEMIA

Autor: Ana Carolina de Souza Santiago

Prof. Orientador:

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso de Licenciatura em Educação Física (LEF0555) – Projeto de Ensino

14/11/2021

RESUMO

O contexto da pandemia de COVID-19 fez com que o ensino presencial fosse substituído pelo ensino remoto e, consequentemente a educação, de maneira abrupta, foi colocada à prova, haja vista que o ensino remoto modificou significativamente a maneira de trabalho dos professores de Educação Física Escolar. E assim, considerando a importância e obrigatoriedade da referida disciplina na educação brasileira, buscou-se relacionar a usabilidade das TIC’s com as aulas de Educação Física Escolar. Partindo desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo apresentar as dificuldades enfrentadas pelos professores de Educação Física no uso das TIC’S durante o ensino remoto emergencial. E para tanto, o presente estudo caracterizou-se uma pesquisa de cunho bibliográfico. Durante o ensino remoto, para os professores de Educação Física, surgiram diversos desafios a serem superados, principalmente aqueles relacionados à usabilidade das TIC’s sem uma formação específica para o uso/aplicabilidade das mesmas no processo didático/pedagógico. No entanto, mesmo com um suporte ofertado pelas Secretarias de Educação e Instituições Educacionais, os professores se sentiram inseguros por não possuírem uma afinidade com as tecnologias digitais e isso, por conseguinte, os obrigou a buscarem por conta própria meios formativos para que pudessem ter um domínio sobre tais ferramentas.

Palavras-chave: Pandemia. Dificuldades. Usabilidade. Ferramentas.

1 INTRODUÇÃO

No final de 2019, um novo vírus foi descoberto, denominado de SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, assim denominada pela Organização Mundial da Saúde – OMS. O referente vírus surgiu inicialmente na cidade de Wuhan, na China, e rapidamente se espalhou por todo o planeta, e consequentemente, a OMS reconheceu o surto dessa doença como uma emergência de saúde pública de importância internacional, que é tido como o maior nível de alerta existente. E assim, a OMS, no dia 11 de março de 2020, caracterizou a COVID-19 como uma pandemia (CASTRILLÓN & MONTOYA, 2020).

Nesse contexto, visando evitar/diminuir a proliferação do vírus, foram tomadas diversas medidas entre elas o isolamento social, fechamento do comércio não essencial, e ainda a suspenção das aulas presenciais, haja vista que a doença é transmitida por meio do contato com pessoas doentes. E dessa forma, o âmbito educacional precisou se reinventar e, principalmente, se adaptar completamente a essa rotina que modificou a realidade dos professores, alunos, gestores, famílias e toda comunidade escolar. E diante desse cenário, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou no final de abril de 2020 algumas diretrizes para se orientar as escolas da educação básica e instituições de ensino superior para se adaptar a essa nova circunstância e reorganizar o calendário escolar (ESTRELLA; LIMA, 2020).

Com a paralisação das aulas presenciais, consequentemente, o processo de ensino/aprendizagem necessitou passar por adequações e aderir novas metodologias. Considerando que essa modificação ocorreu de maneira definitiva, os professores tiveram de aderir ao Ensino Remoto Emergencial – ERE. E, sob tal circunstância, visaram reorganizar os sistemas educacionais nos aspectos metodológicos e pedagógicos, buscando alternativas para levar conhecimento aos seus estudantes com o objetivo de prover autonomia no seu processo de aprendizagem. Tal cenário de ensino pode ser caracterizado como um conjunto de práticas pedagógicas mediadas por plataformas digitais. Logo, entende-se que o ensino remoto se trata de ensino emergencial desenvolvido de maneira não presencial, mediado ou não por tecnologias digitais, no contexto da pandemia (FORMOSINHO; MACHADO; MESQUITA, 2015; BEHAR, 2020; ALVES, 2020; LIMA; TUMBO, 2021).

Diante desta situação, de maneira abrupta, a educação foi colocada à prova. E reinventar-se é a nova forma de fazer a educação em nosso país. Docentes sem uma formação digital adequada, alunos sem acesso às tecnologias necessárias, pais e responsáveis preocupados com os seus filhos em casa ao conciliar com o trabalho, gestores e equipe pedagógica tendo que dar conta de uma nova maneira de orientar a todos. Algumas opções para tentar suprir tais problemas vão sendo adequadas ao longo das experiências cotidianas. O processo expõe nuances desafiadoras, porém de certa forma, a educação busca de adequar à realidade dos alunos e de toda a comunidade escolar, tornando assim o processo de ensino/aprendizagem, algo bastante significativo (SILVA et al. 2020).

Partindo desse contexto, o ensino remoto modificou significativamente a maneira de trabalho dos professores de educação física escolar no município de Breves. Tanto os professores quanto os alunos, tiveram que se adaptarem a esse novo método. É válido considerar que a formação docente dificilmente contempla a demanda do ensino remoto, não havendo assim, uma familiarização com as plataformas digitais, o que resulta na impossibilidade de aplicação de métodos usuais de avaliação e de ministrar aulas. Os métodos até então usados para fugir de todas as dificuldades já não estão disponíveis de forma integral. Existem vários tipos de dificuldades em manejar distintas plataformas e, justamente aspecto, o ensino remoto impôs mudanças cruciais na vida docente: o rompimento dos limites entre o pessoal e o profissional (PALUDO, 2020).

Nessa perspectiva, o empenho da rede pública de ensino em buscar manter as atividades escolares remotamente por meio da utilização de plataformas digitais e TICs, foi notável. Embora haja semelhanças entre o ensino remoto emergencial com o modelo de ensino à distância (EaD) que é uma forma de ensino-aprendizagem mediada por tecnologias da informação e comunicação (TIC) que permite que o docente e o aluno estejam em ambientes físicos distintos, o ERE encontra diversos obstáculos, tornando o processo de ensino/aprendizagem bastante complexo.

No entanto, os recursos tecnológicos oferecem suporte para as unidades de ensino cumprir com essas exigências e se integram às políticas educacionais ofertando múltiplas maneiras de comunicação e interação entre os parceiros da educação e auxilia como um diferencial no aperfeiçoamento das relações de ensino em específico na ministração das aulas virtuais. Assim, evidencia-se o quanto as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de sala de aula, de espaço e de tempo, estabelecendo dessa forma, novas pontes entre o estar juntos fisicamente e virtualmente. Trata-se de uma metodologia que chegou para reunir, contribuir e compartilhar informações no âmbito educacional. Logo, as TICs quando utilizadas em prol da educação escolar, proporcionam um melhor desenvolvimento, somando-se como os mais variados métodos usuais, pois enriquece e fortalece o processo do ensino/aprendizagem oferecendo-lhe possibilidades diferentes de ensinar, aprender e construir saberes (MORAN, 2014).

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