Os Jogos Matemáticos

ATIVIDADES LÚDICAS PARA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA ATRAVÉS DO JOGO: “PERSEGUIÇÃO MATEMÁTICA”.

José Euler Gomes Costa

Graduado em Matemática pela Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro/RJ

Discente do Curso de Especialização em Ensino de Matemática Para o Ensino Médio

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN

Thiago Jefferson de Araújo

Mestre em Matemática Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Orientador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN

Resumo: Este artigo apresenta como podemos fazer o uso dos jogos matemáticos como estratégia e metodologia eficiente do processo de ensino-aprendizagem da matemática, levando-nos a uma profunda reflexão das nossas estratégias em sala de aula, implementando assim, mais uma ferramenta que contribua para o ensino e aprendizagem da matemática, melhorando também os índices de desempenho do aluno, assim também como bons resultados alcançados. Por conseguinte, o objetivo deste trabalho é nos proporcionar desde observar, identificar e analisar o desempenho dos alunos frente às atividades de jogos (observação), quanto a interação de aluno com o professor e aluno com aluno. A partir de pesquisa qualitativa e de observação, poderemos reconhecer e comprovar as situações dentro da própria sala de aula ou ambiente pré-definido, como também situações do cotidiano do professor e do aluno. Além do mais como os alunos administram e resolvem as situações-problemas que vão sendo gerados no decorrer do desenvolvimento das atividades, implicando na comprovação de como os jogos podem contribuir para a aprendizagem matemática. Portanto, no final, poderemos concluir que os jogos é um ótimo recurso para alinhar Teoria e prática, abstrato e concreto.

Palavras-chave: Ensino da Matemática. Educação Matemática. Jogos.

1. INTRODUÇÃO

A utilização de jogos como estratégia de ensino-aprendizagem na sala de aula é um recurso pedagógico que tem apresentado bons resultados em sala de aula, pois resultam em situações que permitem ao aluno desenvolver o seu raciocínio, praticando assim, métodos de resolução nos problemas propostos, com isso estimulando a sua criatividade e participação no ambiente escolar.

Atualmente vemos uma problemática imensa e bastante difícil quando analisamos o ensino e aprendizagem da matemática. Nota-se que existe um déficit que requer muita atenção, pois, aumenta gradativamente as estatísticas de mau desempenho tanto de discentes com a aprendizagem matemática, quanto de docentes com dificuldades de ensino. Uma das alternativas para diminuir tal déficit, pode-se fazer em programas de capacitações para docentes, é o que aponta o estudo Formação Continuada de Professores no Brasil, do Instituto Ayrton Senna e do Boston Consulting Group, lançada dia, 7 de julho de 2014, em São Paulo. E os jogos matemáticos são um recurso muito importante que encabeça as estratégias para o ensino e a aprendizagem, no qual são uma fonte inesgotável de alternativas para o saber como também para o prazer da prática em si.

Nota-se que, a utilização de jogos e/ou brinquedos para o estímulo e aprendizagem da criança já vem de muitos anos. Didonet fala que em muitas culturas antigas, produziram e utilizavam brinquedos para o estimulo da criança. Por exemplo, a boneca e a bola, que são dos mais antigos que se tem notícia e mais difundidos em todas as culturas. Janice Bertoldo e Maria Ruschel afirmam que ”O brincar é algo tão espontâneo, tão natural, tão próprio da criança, que não haveria como entender sua vida sem brinquedo. Desde o começo, o brinquedo é uma forma de relacionar-se, de encontrar o mundo físico e social”.

A proposta dos jogos matemáticos como instrumentos para ensino tanto das operações matemáticas, quanto para resolução de problemas, pode desenvolver no aluno estratégias que ajudarão dentro dos jogos, somado a força de vencer, da competitividade, o envolvimento com as aplicações da Matemática, desenvolvendo e aprimorando as habilidades que compõem o raciocínio lógico.

A construção desses jogos será de bastante proveito, pois se podem aprimorar as habilidades construtivas e engenheiras dos alunos, com isso não perdendo a essência de todo o processo, que vai da construção do jogo até sua aplicação, extraindo teorias e conceitos, que seriam mais dificultosos extraí-los sem a utilização dos jogos. Cujo, os mesmos, nos permitem enxergar do abstrato para o físico, e ao professor, a oportunidade de criar um ambiente saudável, coletivo e dinâmico na sala de aula, em que a comunicação seja benéfica, propiciando momentos de interação entre alunos e professor; trocas de experiências e discussões.

Para Vital Didonet: "É uma verdade que o brinquedo é apenas o suporte do jogo, do brincar, e que é possível brincar com a imaginação. Mas é verdade, também, que sem brinquedo é muito mais difícil realizar a atividade lúdica, porque é ele que permite simular situações.”

Dessa forma a escolha desse tema se justifica pela dificuldade observada ao longo de muitos anos em relação ao ensino e aprendizagem da matemática,

e principalmente, pela observância da ideia de que os jogos matemáticos possam ser utilizados para o desenvolvimento da criatividade do aluno, fazendo com que a aprendizagem dos conteúdos matemáticos possa ser realizada de forma satisfatória, eficiente e prazerosa.

Estudos mostram, de um lado, que a consideração pela criança no processo de aperfeiçoamento da pedagogia implica um olhar sobre o jogo, embora este permaneça fundamentalmente uma atividade fútil que só tem valor educativo se valorizado pelo professor. (Brougère, 1998 p.58)

O jogo pode ser utilizado para permitir um relaxamento necessário, em todo o peso causado pelo medo da disciplina, cujo objetivo é propiciar um novo esforço intelectual, ou então tornar lúdico um exercício didático, como por exemplo, o aprendizado das quatro operações, termos algébricos, funções etc. Com isso pode-se traçar e alcançar com esse trabalho alguns objetivos como observar, identificar e analisar o desempenho dos alunos frente às atividades de jogos (observação), como acontece à interação com o professor, com os discentes, e como os alunos administram e resolvem as situações-problema que vão sendo gerados no decorrer do desenvolvimento das atividades.