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Os Ratos

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Por:   •  26/3/2015  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  292 Visualizações

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Os Ratos

Naziazeno, um homem de baixa condição financeira, deseja quitar sua dívida com um leiteiro. Pensa, então, em solicitar a um senhor chamado Romeiro, diretor do local onde trabalha, que já o socorreu outras vezes quando seu filho estava doente.

Ao chegar ao trabalho ele tentou várias vezes encontrar Romeiro, mas todas as tentativas foram sem sucesso. Ficou horas a esperar pelo diretor, procurou no canteiro de obras, na repartição e tudo em vão.

Ele dividiu sua preocupação com Alcides, que propôs ajudá-lo e disse a ele para procurar Andrade, que lhe devia uma comissão. Após andar sob o sol por vários quarteirões e chegar à casa de Andrade, corretor da rua quinze, este lhe disse que não devia nada a Alcides e disse para ele recorrer ao subgerente do New York Bank, dizendo que quem deveria pagar a comissão era ele. O protagonista, então, vai embora frustrado, pois já passa da hora do almoço e ainda não tem uma solução para seu problema. Pensou em procurar o subgerente para receber a comissão, mas achou melhor conversar primeiro com Alcides, sem sucesso. Resolveu ir à procura do subgerente que estava de viagem para o Rio.

Como o horário de almoçar já havia passado, Naziazeno tinha fome. Porém, não tinha dinheiro para o almoço. A caminho do local para encontrar o subgerente, se deparou com uma conhecida, a quem pediu dez mil réis para almoçar. Ela lhe dá uma quantia, porém Naziazeno fica na dúvida se irá almoçar devido ao horário em que se encontrava. Ao andar pela rua e observar os restaurantes, se deparou com uma roleta nos fundos de uma tabacaria. Vendo a fome tomar cada vez mais conta de si, apenas tomou uma água e decidiu tentar a sorte num jogo. Ele perde então o pouco que tinha e fica sem saber o que fazer.

Sai andando pelas ruas sem rumo e se depara com um senhor de meia idade a quem já recorrera antes. Contou o que estava passando e pediu um novo empréstimo, sem sucesso. O homem apenas disse que entendia sua dificuldade, mas que não poderia ajudar. O senhor, então, sobe num bonde e o deixa para trás.

Perdido mais uma vez, ele fica a andar sem rumo. Passa por ruas com pequenas construções, se depara com um rio e areia e continuar a vagar perdido. A tarde chega.

No limite de seu desespero ele consegue penhorar uma jóia de um amigo, resolvendo seu problema temporariamente. Compra presentes para a esposa e para seu filho, indo para casa no início da noite. Após o jantar ele se deita, mas não consegue dormir e pensa em ratos roendo seu dinheiro. Sua frio, pois ele tem a certeza de novas inquietações e angústias. Sabe que outros dias o esperam com novas preocupações, dívidas para pagar e decisões a tomar.

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